Mostrando postagens com marcador Itália. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Itália. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 26 de março de 2013

250. Cantine Di Ora - Nero D'Avola - 2010

Fazia algum tempo que eu não incluía uma nova variedade de uva no blog. Comprei este vinho de forma muito despretensiosa no Supermercado Mercadorama por R$16,50 e ele mostrou que realmente não vale mais do que isso.
A Nero D'Ávola é originária da Sicília e conhecida também como Calabrese. É cultivada principalmente no sul da ilha e é responsável por produzir ótimos tintos e participar do corte do famoso Marsala. Apresenta grande dificuldade de amadurecimento em regiões altas, sendo que regiões com maior predominância de calor e sol favorecem seu cultivo.
Não encontrei referências da Cantine di Ora na web, portanto esta marca passa como desconhecida pelo Mundo Vitis.
O vinho é bastante simples e todas as suas características organolépticas são discretas. Nos aromas de frutas vermelhas, ameixa e framboesa madura tentam destaque sem sucesso. Na boca é leve, com adstringência muito sutil e acidez baixa. É rápido em sua persistência e final trazendo novamente as frutas e algum vegetal (quase imperceptível). Gastronomicamente teríamos que classificar como tinto "bem" leve, para acompanhamento de pratos igualmente simples e pouco condimentados.



Avaliação ..:: Mundo Vitis ::.. :

sábado, 29 de dezembro de 2012

238. Rosso di Montalcino - Castello Banfi - 2010

A Castello Banfi é propriedade da família Mariani e detém grande reputação na produção de vinhos na Itália, principalmente na Toscana onde produz os famosos Brunellos. Com seus vinhedos chegando a impressionante extensão de 3.000 hectares foi pioneira no processo de aprimoramento genético da uva Sangiovese com pesquisas iniciadas a mais de 20 anos. Também estuda a redução de sulfitos (conservantes), manejo orgânico das vides, possui tanoaria (produção de barricas) própria e investe pesadamente na implementação tecnológica. Em sua principal edificação, o Castello Banfi, que na verdade é o Castello di Poggio alle Mura, foram criados um museu, adega, enoteca e uma luxuosa hospedaria (para no máximo 14 casais com diárias a partir de 400,00 Euros).

Esse Rosso di Montalcino é produzido a partir da uva Sangiovese passando entre 10 e 12 meses em barris/barricas de carvalho, descansando mais 6 meses na garrafa antes de ser colocado a venda. Nas pesquisas que fiz sobre este tipo de vinho, foi possível constatar que ele é uma alterantiva comercial para os produtores da região. Como os Brunellos demoram mais tempo para chegarem ao mercado (o processo de produção é longo) e algumas partes dos vinhedos não são utilizados em sua composição, o Rosso entra como "opção" alternativa e rentável.
A bela coloração rubi muito brilhante e seu aroma extremamente frutado já demonstram seu potencial. Cereja, ameixa vermelha e mirtilo, com notas de baunilha criam um ótimo conjunto olfativo. Médio corpo, elegante, equilibrado e com um frescor bastante interessante. A madeira é pouco percebida no paladar, final longo e agradável. É o tipo de vinho que não percebemos quando acabou e fica o gostinho de quero mais. Aproveito para agradecer o confrade Anderson por ter compartilhado este rótulo.

Um excelente final de ano a todos os amigos e seguidores do Mundo Vitis
Que 2013 continue trazendo alegrias, saúde, paz e novos rótulos para nossas adegas!!!



Avaliação ..:: Mundo Vitis ::.. :




segunda-feira, 16 de julho de 2012

213. Maestri Cantinieri - Montepulciano D'Abruzzo - 2010


Maestri Cantineli é umas das várias linhas da gigante italiana Casa Vinicola Caldirola. Já comentei um Chianti (relembre) desta vinicola e fui bastante duro na avaliação. Inclusive eu ter comprado outro vinho deste produtor foi uma espécie de "segunda chance". Este Montepuciano também comprei no Supermercado Muffato e paguei cerca de R$20.
A região de Abruzzo está na parte centro-oriental da Itália, formada por um extenso conjunto de montanhas e colinas. Possui clima marítimo e continental, com temperatura média anual variando entre 8 - 12 graus nas montanhas e 12 - 16 graus na região costeira (Mar Adriático).
É claro que são uvas e regiões diferentes, que produzem vinhos com características bastante distintas. Apesar de ser mais intenso que o Chianti, este Montepulciano parece ter a mesma característica negativa: falta personalidade. Mostra coloração fechada e brilhante. Aroma levemente frutado e algumas notas mais rústicas (musgo, couro e palha seca) bem distantes. Na boca as notas acima desaparecem. Isto causa certa confusão nos sentidos pois pelo aroma era esperada mais intensidade no sabor. Apesar disso é um vinho que deve funcionar gastronomicamente com massas de molho branco e pratos menos pesados a base de carne branca (frango).

Avaliação ..:: Mundo Vitis ::.. :

sexta-feira, 15 de junho de 2012

208. Bellosguardo - Rosso - 2010

Almoço de domingo: espaguete a bolognesa, polenta frita recheada com queijo, risoto de frango, costelinhas de porco e galeto primo canto. O segredo de tudo isso está na embalagem para viagem da Galeteria Caxias aqui em Curitiba. Além de ficar a 5 minutos de minha casa, o preço é justo e o atendimento impecável. A especialidade da casa é justamente o famoso galeto primo canto, que leva este nome por seu abate coincidir com os primeiros cantos da ave. Apresenta carne bastante clara, suculenta e macia, que absorve com facilidade os temperos, oferecendo sabor inigualável. Cardápio especial, mesa pronta e todos com fome, vamos a luta!
Com o repertório gastronômico acima, seria impossível pensar em um vinho que não fosse italiano. Este Bellosguardo é produzido na região da Toscana, famosa por suas paisagens, vinhedos, clima propício e produtores de muita tradição e qualidade. É um corte de Sangiovese, Canaiolo Nero, Cabernet Sauvignon e Merlot. Não demonstra toda a explosão púrpura com reflexos em violeta dos argentinos e chilenos neste típico representante italiano, sua coloração rubi é elegante e com muito brilho. Seu aroma é discreto com frutas vermelhas, além de passas e algum vegetal ao fundo. Na boca é firme, com taninos aparentes e ótima acidez. Não se pode dizer que é rustico mas mostra um pouco do estilo italiano de fazer vinhos. Foi o par mais do que adequado para o delicioso almoço de domingo em família.

Avaliação ..:: Mundo Vitis ::.. :


sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

166. Chianti - Ruffino - 2010

Praticamente um mês sem postar nada no blog! Realmente um fato inédito.
Porém a quantidade de anotações que tenho vão "pipocar" por aqui muito em breve. Agora vou priorizar o pedido da primeira dama e comentar este Chianti.
Dois fatores são especiais com relação a este vinho: foi o acompanhamento perfeito para o delicioso risoto de funghi e mignon na mostarda feito pela Karla. O segundo foi a companhia do casal de amigos Fernando e Patrícia que moram em Manaus e estão matando a saudades de Curitiba. Outro fato interessante é qe esta é a primeira vez que vou postar um mesmo vinho mas com safra diferente (relembre o Chianti - Ruffino - 2007).
Produzido na região central da Toscana com 75% de Sangiovese e 25% de Canaiolo, amadurece quatro meses em tanques de inox com temperatura controlada. Na taça mostrou-se bastante fechado, diria até mesmo tímido se comparado ao 2007. No aroma amoras e cereja, bastante frutado. Na boca a melhor palavra para descrever seria equilíbrio. Taninos redondos, boa acidez, corpo médio com final um pouco curto mas muito intenso. Ficou um pouquinho abaixo em relação ao sabor do risoto mas sem comprometer a harmonização.


Avaliação ..:: Mundo Vitis ::.. :


terça-feira, 15 de novembro de 2011

155. Caldirola - Chianti - 2007

Comprei este vinho meio no susto no Supermercado Mercadora para um almoço de domingo na casa de meu sogro. Com a cestinha em um braço e o Felipinho pendurado no outro a escolha do vinho ficou bem comprometida. Restando o belo rótulo e a sobriedade da garrafa como principais fatores para chamaram minha atenção.

Pesquisado na web fiquei sabendo que a Caldirola é patrocinadora oficial do Milan e da Internazionale. Distribui seus vinhos para 48 países e possui três empresas que cobrem toda a produção, cultivo, vinificação, engarrafamento e distribuição.
Este rótulo, um Chianti DOCG, é um corte de Sangiovese, Canaiolo, Trebbiano e Malvasia que procurei muito mas não encontrei as proporções de cada casta. Sua coloração é de um vermelho cereja com muito brilho. Pouco aromático. Ao paladar é agradável, acidez equilibrada, muita fruta seca e azeitona preta, formando um agridoce bem interessante. Um bom vinho mas sem nada de especial. Paguei R$30 mas deveria custar bem menos(!)


Avaliação ..:: Mundo Vitis ::.. :




domingo, 6 de novembro de 2011

150. Rupestro Cardeto - Merlot/Sangiovese - 2009

Para comemorar (com atraso) o Aniversário do compadre Adriano nos reunimos na Pizzaria Casa Buzzi. A pizza é boa mas o principal está no excelente atendimento. Basta saber que todos os vinhos que pedimos vieram na temperatura correta e a cada garrafa uma nova leva de taças era trazida. Também conta com o Clube do Albert para a criançada, um lugar reservado, com brinquedos educativos e monitoras. Bebericamos, em meio ao animado papo, três garrafas: este Rupestro Cardeto, o Artero Tempranillo e o Finca La Linda Malbec. Todos foram devidamente catalogados e serão publicados nos próximos posts.

A Cantina Cardeto foi fundada em 1949 com uma área de 800 hectares para produção na região de Orvieto (DOC). Faz parte da Umbria, província de Terni, com cerca de 20.600 habitantes. Uma curiosidade sobre Orvieto são suas galerias de túneis subterrâneos, esculpidas ao longo de 3000 anos de história. Os etruscos começaram as escavações e construção dos túneis com fins militares. Na idade média, com o crescimento descontrolado de sua população o subsolo foi continuamente ampliado para fins produtivos: prensas de azeitona, estocagem de azeite, produção de vinho, criação de pombos para abate (a carne de pombos era muito apreciada e abundante na época). Além disso os incontáveis poços armazenavam água para consumo da população. Mas sem dúvida a mais impressionante obra subterrânea é o Poço de São Patrício com 58 metros de profundidade e 13 de diâmetro, formando uma espécie de torre invertida. Possui 70 janelas flanqueadas por duas escadas em caracol que nunca se encontram, feitas dessa forma para que o fluxo de pessoas e animais que subiam e desciam não perdesse a fluidez. Durante a II Guerra algumas galerias também serviram de ponto de abrigo e esconderijo para os militares italianos.

Algumas fotos do Poço de São Patrício impressionam.

Com um corte 80% Merlot e 20% Sangiovese entregou exatamente o que eu esperava. No nariz muita fruta mais do que madura, ameixas negras, uvas secas e uma nota floral alegre mas contida. Saboroso, envolvente, com a Sangiovese "cortando" a seriedade da Merlot de forma muito equilibrada. Seu final é longo e agradável, convidando ao próximo gole.
A reação na mesa foi surpreendentemente unânime, pois agradar os paladares masculinos e femininos é tarefa difícil para qualquer vinho.

Avaliação ..:: Mundo Vitis ::.. :

domingo, 11 de setembro de 2011

127. Boccantino - Montepulciano d'Abruzzo - 2006

Após o jantar decidimos abrir este Boccantino para acompanhar o bate-papo na última noite em Águas Mornas. Já falei de todas as qualidades do hotel nos posts anteriores e as crianças confirmam os dias agitados com um sono intenso. Porém, não posso deixar de destacar alguns pontos nem tão positivos como as banheiras dos quartos, feitas de pedra escura, formato quadrado que mais parecem um "túmulo". O atendimento podemos dividir como muito bom das camareiras que são prestativas e procuram atender os pedidos da melhor maneira possível. Quanto ao pessoal da recepção atras do balcão parecem estar sempre de péssimo humor.
Já comentei outro Montepulciano (relembre) e também outro rótulo da Boccantino (relembre).
Atualmente a produção mundial está voltada para vinhos para consumo ainda muito jovens, entre 2 e 3 anos. Assim uma garrafa com 5 anos é sempre uma surpresa. Desta vez contamos com a boa capacidade de envelhecimento tanto da uva quanto na forma que o produtor concebeu este vinho. Após abrir a garrafa foi possível observar pela coloração com tendência ao tom mais terroso (cobre) que este italiano havia perdido sua juventude e transformou-se em um senhor. O bouquet frutado também ficou menos evidente e foram substituidos por aromas terciários de terra e couro. Algumas notas de especiarias negras também começaram a aparecer. Na boca ainda entregou alguma fruta e muita consitência. Final médio e agradável. Certamente a boa acidez ajudou no amadurecimento deste tradicional corte italiano.

Avaliação ..:: Mundo Vitis ::.. :





Clique para mais detalhes e preço nas lojas on-line:

sábado, 13 de agosto de 2011

117. Caldora - Sangiovese - 2009

Este varietal feito com uma das minhas uvas prediletas foi presente de minha esposa.
Já comentei no blog outro rótulo da vinícola Caldora, um Montepulciano D´Abruzzo de muito respeito (relembre). A maioria dos vinhedos da Caldora, cerca de 1.200 hectares, estão localizados na comuna italiana de Ortona região de Abruzos. Além de possuir um microclima bastante propício para o cultivo da vide, seus processos de vinificação além de modernos buscam sempre a máxima expressão da fruta.
Na taça mostrou cor fechada em um vermelho terroso sem muito brilho. O aroma permaneceu fechado por mais de meia hora. Depois notas de frutas secas, morango maduro e terra molhada começam a aparecer. No paladar mostra um agridoce bastante caracterísitico da Sangiovese, tambem presente no Chianti. Final médio e bom corpo. Acidez e taninos em perfeito equilíbrio, com o alcool bastante ajustado ao conjunto. Um vinho muito bem acabado que deve ser bebido ainda jovem (entre dois e quatro anos).

Avaliação ..:: Mundo Vitis ::.. :



Clique para mais detalhes e preço nas lojas on-line:

sábado, 16 de julho de 2011

112. Boccantino - Pinot Noir - 2008

Este Boccatino é uma das várias marcas representadas pela gigante Schenk Itália. Sobre a Cantina Boccaitino não consegui informações na web, já a Schenk foi fundada em 1952 em Reggio Emilia e atualmente tem capacidade de envaze de 30.000 garrafas por hora. Atua nas regiões do Veneto, Piemonte, Toscana, Abruzzo e Sicília.
Interessante nesta garrafa é que o rótulo frontal indica Pinot Noir e no contra-rótulo Pinot Nero. Relembre o post aqui do Mundo Vitis onde explico a diferença entre estas duas cepas. Também possui a inscrição IGT que significa indicazione geografica tipica que é uma classificação que substituiu a antiga Vini Tipici. O conjunto externo é bastante discreto e a rolha sintética traz a inscrição do produtor. Na taça mostra cor cereja sem muito brilho. o aroma traz notas frutadas e vegetais com algum final tostado. Na boca é simples, leve e com boa acidez. Corpo médio e final curto. Foi comprado no Supermercado Condor aqui em Curitiba por R$19.


Avaliação ..:: Mundo Vitis ::.. :





Clique para mais detalhes e preço nas lojas on-line:

domingo, 3 de julho de 2011

109. Chianti - Ruffino - 2007


Este talvez tenha sido o único vinho não canadense que tomei em Toronto.
No caminho entre nosso apartamento e a estação Wellelsley do subway, diariamente passávamos pela simpática construção em estilo inglês. Na entrada algumas mesas que ficavam quase na calçada sempre haviam alguns clientes que, na sua grande maioria, era formada por senhores e senhoras da melhor idade. Como esse pessoal mais experiente sempre sabe das coisas, decidimos experimentar o jantar. Na chegada fomos muito bem recebidos e escolhemos uma mesa no pequeno salão elevado no fundo do restaurante. O estilo sóbrio da fachada era repetido no interior com mobiliário clássico em madeira escura, muita prataria, quadros, cortinas e luz indireta. Duas curiosidades: nos restaurantes canadenses a água não é cobrada e geralmente é servida fresca com folhas de hortelã (opcional). Outro aspecto interessante é que os carros não devem ficar estacionados em vias públicas após determinado horário. Por isso quando você chega em um restaurante a noite a primeira pergunta é sobre seu carro, pois existem tickets pagos que permitem uma maior permanência do veículo. Alguns fornecem esses tickets como cortesia aos clientes. Na periferia de Toronto a regra é a mesma, deixar o carro estacionado na rua em frente a sua casa é passivo de multa e até recolhimento do veículo. Lugar de carro é na garagem.

Voltando ao nosso jantar optamos por massas: a Karla e o Felipe escolheram um Penne Rose (Penne com cubos de frangos salteados com legumes em molho rose - CA$16); eu escolhi uma Lasagna al Forno (massa caseira de quatro camadas com carne moida ao molho ragu e queijo fresco - CA$15). A carta de vinho era bastante variada e com opções interessantes para taça.
Como estávamos passeando pela gastronomia italiana aquela noite decidi pelo Chianti Ruffino. Produzido na região da Toscana, no centro da Itália, as regras quase sempre obrigam uma grande proporção da Sangiovese, minha uva preferida, na produção do Chianti. Na chegada a generosa taça estilo globe francês já transbordava aromas de frutas e flores. A cor é de um rubi intenso, pouca transparência e um brilho contido. Ao aproximar do nariz muita fruta, notas de avelâ e uvas passas. Algumas notas florais mistas também completavam o complexo bouquet e convidavam ao primeiro gole. Na boca intenso, completo, refrescante e fresco. É difícil descrever o paladar de um vinho tão completo. Álcool imperceptível e a acidez na medida certa para a gastronomia. A profusão de sabores passa do frescor da fruta até o retrogosto picante que lembra pimenta branca. Certamente não tem passagem por madeira.

Avaliação ..:: Mundo Vitis ::.. :


Clique compare preços e leia mais detalhes:

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Casal del Ronco - Pinot Nero - 2008

A Karla está se preparando para sua viagem de um mês em Toronto. Arrumar as malas, preparar toda a logística e muita ansiedade pois a data que parecia tão longa chegou. A familia também esta no clima e todos querem dar um abraço de boa sorte antes da partida. Na ultima quarta-feira minha mãe, meu irmão mais novo, esposa e a pequena Bibi vieram se despedir. Aproveitamos para pedir uma pizza e, é claro, abrir um vinho.
Eu ainda não havia experimentado a Pinot Nero que teve seu primeiro registro na Itália em 1894. Sempre acreditou-se que seria um clone da Pinot Noir francesa, mas estudos recentes apontaram como o resultado do cruzamento entre a Pinot Meunier e Gewürztraminer. Normalmente é utilizada em pequenas proporções em assemblages ou em vinhos frisantes, quando utilizado de forma varietal produz vinhos leves e frescos.
O Casal del Ronco é produzido pela Cantina Castellargo na região de Friuli no nordeste italiano. Sua cor é de um cereja brilhante com boa transparência que demonstra visulamente sua leveza. Possui aroma sutil e delicado. Na boca é fresco, equilibrado e com ótima acidez. Estou certo que este é o típico vinho que pode agradar os iniciantes ou bebedores ocasionais , inclusive pode ser servido um pouco mais resfriado do que habitualmente estamos acostumados (algo entre 13 e 15 graus). Seu preço também é muito convidativo, paguei R$14 no supermercado Condor.

Avaliação ..:: Mundo Vitis ::.. :



Clique para mais detalhes e preço nas lojas on-line:

domingo, 17 de abril de 2011

Vezzani - Sangiovese Rubicone - 2009

Este vinho é produzido na zona típica de Rubicone, uma comuna dentro da região de Emilia-Romagna situada ao norte da Itália.
A uva Sangiovese, que tambem é conhecida por outros nomes como Brunello, Morellino, Prugnolo, Sangioveto, entre outros, possui cachos muito carregados e bagos com casca muito grossa. Estas caracteristicas podem agir negativamente na vinificação, principalmente se o tempo de maturação não for corretamente observado. Normalmente o resultado são vinhos rústicos e grosseiros. O inverso também é verdadeiro, pois com os devidos cuidados do produtor esta cepa pode gerar vinhos fantásticos como o Chianti, Brunello di Montalcino e os Supertoscanos.

Este Vezzani rubicone apresentou coloração fechada com tons quase grená. Pouco brilho, nenhuma transparência e ótima viscosidade. Não é muito aromático trazendo fruta madura, tomate e algum tempero escuro. No paladar também mostrou-se fechado, picante e herbáceo. Porém a característica mais marcante foi o sabor de azeitona verde que ficava mais evidente no retrogosto. Corpo médio, boa persistência com taninos e acidez em equilíbrio. Seu preço está na faixa de R$17. Este rótulo foi mais um de tantos já "patrocinados" pelo compadre Fabiano.

Avaliação ..:: Mundo Vitis ::.. :



Clique para mais detalhes e preço nas lojas on-line:

segunda-feira, 28 de março de 2011

Vezzani - Primitivo di Salento - 2009

Na adolescência muitas vezes fazemos amizades com algumas pessoas porém com interesse em conhecer outras. Ficar amigo da irmã, prima ou outras colegas da garota que se quer paquerar é um artifício muito utilizado. Esta é uma forma discreta e na maioria das vezes eficiente de conhecer e aproximar-se. Se isto é correto ou não, já são outros quinhentos. Utilizar estratégias para alcançar o que queremos é um exercício de inteligência e criatividade.
Já faz algum tempo que venho pesquisando sobre a Zinfandel, tipo de uva que encontrou na Califórnia o ambiente ideal para demonstrar toda sua qualidade. O grande problema é que os rótulos dos Estados Unidos, principalmente com esta cepa, alcançam preços demasiadamente altos por aqui. Assim, utilizando a estratégia de aproximação, parti para a Primitivo, sua parente italiana.

Pensando no inconfundível formato que a Itália possui, Salento, que faz parte do território de Puglia (Apúlia), fica exatamente no salto da bota.

Quanto a Vezzani, cantina produtora deste rótulo, continuo buscando informações na web, mas ainda sem sucesso (relembre outro vinho desta vinícola).
Já o vinho foi uma grata surpresa. Possui uma coloração escura, forte e com pouco brilho. Chamou atenção sua viscosidade quando permanece "agarrado" as paredes da taça, formando lágrimas grossas e lentas.
No nariz muita fruta vermelha madura e couro. Conforme foi evoluindo durante a decantação de 1/2 hora mostrou algumas notas herbáceas que não consegui definir (!). No paladar o primeiro ataque dos taninos é bastante marcante e causa adstringência excessiva. Baixa acidez, final médio e bom corpo. Acredito que pode descansar por mais dois ou três anos. O alcool (13%) não destacou em nenhum momento. Agora além da curiosidade sobre a Zinfandel, também pretendo experimentar outro rótulo da Primitivo com mais "pedigree".
Esta garrafa comprei por R$17 na rede Carrefour.






Clique para mais detalhes e preço nas lojas on-line:

segunda-feira, 21 de março de 2011

Vezzani - Trebbiano D'Abruzzo - 2009

Esta uva branca é muito famosa pela sua alta produção, rápido amadurecimento e resistência ao frio. Os principais países produtores são Itália e França, que além da vinificação tradicional também utilizam para produção de aguardente e acetato balsâmico. Suas principais características são a alta acidez e certa neutralidade no sabor. Não encontrei o site da vinícola e poucas referências sobre esse rótulo na web.

Chamou a atenção a coloração amarelo-palha muito límpido e brilhante. Não é um vinho aromático e apresentou discretas notas cítricas que foram embora em menos de meia hora. Na boca é seco e refrescante. Trouxe no paladar algo que lembrou amêndoas e azeitonas verdes. Possui boa acidez com pouca persistência. É ligeiro, delicado e pode ser uma boa pedida com carnes brancas e até um peixe sem muitos condimentos. Comprei esta garrafa no Carrefour em Curitiba por R$15.




Clique para mais detalhes e preço nas lojas on-line:

sexta-feira, 4 de março de 2011

Livio Pavese - Barbera D'Asti - 2004

O fato de acender a churrasqueira no domingo normalmente provoca o ato involuntário de abrir uma cervejinha. Por um desses motivos que somente o acaso explica me envolvi com outras tarefas e não finalizei este movimento.
Agora sim, carne no fogo, mesa pronta, petiscos a postos e o Felipinho brincando distraído com um formiga. Fui até o congelador para retirar com carinho a cerveja e o copo gelados quando ouvi a buzina anunciando nossos convidados. Assim que vi o compadre Anderson lembrei do vinho Barbera que eu o havia presenteado em seu aniversário. Estava pronto para perguntar se tinha gostado e ao mesmo tempo torcendo para que ainda não tivesse aberto, quando para minha surpresa ele colocou a garrafa quase cheia sobre a mesa. Ele abriu o vinho na noite anterior e guardou uma generosa porção para que eu pudesse experimentar. O destino é mesmo um brincalhão, pois ainda não havia conseguido tomar cerveja nem comer sequer um amendoim, azeitona, pasta de berinjela ou qualquer outro aperitivo que contaminasse meu paladar até aquele momento.

A uva Barbera é muito famosa na Itália e na região do Piemonte dividindo com a Nebbiolo o estrelato. Suas principais denominações de origem são Alba, Monferrato e Asti.
Quanto ao produtor Livio Pavese, após muita garimpagem na web, encontrei apenas uma referência em um site americano indicando ser uma propriedade na área de Monferrato, província de Alexandria. Possui 26 vinhos com denominação do Piemonte (DDOC) com vinhedos antigos e como principal mercado os EUA.
Na taça este Barbera D'Asti mostrou uma profunda cor rubi, pouco brilho e uma tendência terracota que normalmente demonstra a idade adulta do vinho. Muito frutado e complexo em seus aromas. Notas com ameixa preta, cassis e um final que lembra baunilha. Possui corpo médio e ótima persistência. Taninos calmos, serenos com ótima acidez. Um ótimo representante da tradição italiana de fazer excelentes vinhos.
Relembre o post sobre uma vinho de Barbera nacional .

Avaliação ..:: Mundo Vitis ::.. :


Clique compare preços e leia mais detalhes:


quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Poggio al Casone - Chianti Superiore - 2007

Quando fiz o primeiro post de Chianti (relembre) afirmei que buscaria rótulos com maior qualidade. Já melhorou bastante neste segundo exemplar. A Familia Castellani tem muita experiência na produção deste "Toscano". Possui um dos mais belos e valorizados imóveis da região e contempla três vinhedos: Vigna Gobba, Vigna degli Apostoli e L'Angolo d'Oro. As principais uvas são a Sangiovese, Canaiolo e Ciliegiolo. Além da Cabernet Sauvignon e Syrah também criaram um pequeno vinhedo experimental com clones nativos daquela região.

O vinho na taça mostrou bela cor rubi com muito brilho e algum reflexo terroso (granada). Formou muitas lágrimas rápidas com alguma cor. O aroma ficou fechado por um bom tempo e depois apresentou mineral e baunilha. No sabor algo de vegetal e chocolate. A indicação de passagem por doze meses em barrica de carvalho eslavo é pouco percebida tanto no nariz quanto na boca. O tostado também é muito sutil e se apresenta no retrogosto de maneira agradável. Boa acidez, taninos firmes que geram boa persistência.
A referência do produtor para a composição é de 90% sangiovese e 10% canaiolo. A indicacao para beber entre 2009 e 2013. Comprei no Angeloni por R$35.

Avaliação ..:: Mundo Vitis ::.. :





Clique para mais detalhes e preço nas lojas on-line:

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Frassine - Inzolia - 2009

Passeando pela adega do supermercado Angeloni que, diga-se de passagem, possui uma incrível variedade de rótulos, a Karla encontrou este vinho. Uma garrafa alegre com rótulo colorido e uma uva que ainda não conhecíamos: a inzolia. Nativa da região da Sicília, Itália, é conhecida por orginar vinhos frescos, leves e com pouca acidez.
É produzido pela Cantine Soldo fundada em 1938 que está localizada no norte italiano, em Chiari, perto de Brescia, região de Franciacorta (DOC).
Possui coloração pálida com algum reflexo esverdeado. É realmente muito brilhante e límpido, sugerindo muito frescor e leveza. Ao nariz é muito sutil com frutas secas e algo de vegetal. Na boca entregou alguma fruta, mas também muito discreta. Pouca acidez e com final curto e agradável. Utilizamos 1/2 taça para compor a receita de risoto 4 queijos e, consequentemente, serviu de acompanhamento ao nosso delicioso almoço de domingo. Seu preço é de R$17.

Avaliação ..:: Mundo Vitis ::.. :



Clique para mais detalhes e preço nas lojas on-line:

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Yume - Montepulciano D'Abruzzo - 2006

Este vinho é produzido pela vinícola Caldora na província de Ortona, região de Abruzo, Itália. É feito com 100% de uvas montepulciano. A garrafa escura e pesada, demonstra um visual sóbrio, o rótulo tem predominância do preto e detalhes em dourado. A longa rolha é de cortiça maciça e personalizada. O conjunto rótulo e garrafa mostra elegância, seriedade e a preocupação de passar uma impressão de austeridade.
Possui coloração muito escura, quase negra com reflexos roxos e nenhuma transparência. Ótima formação de lágrimas, lentas e contínuas. Não utilizo o termo untuoso pois acho muito "forçado" e esnobe, mas este vinho apresenta muito corpo.
Mostrou aroma intenso e penetrante com frutas negras muito maduras, principalmente amoras-pretas, com notas de tabaco e baunilha. Senti ainda outra nota muito marcante que não consegui identificar (algo que lembra palha seca). Possui bouquet floral e convidativo ao primeiro gole.
A análise gustativa é muito prazerosa entregando tudo que apresentou no nariz. Indicou grande potencial. Ótima acidez e taninos arredondados criaram uma sensação de adstringência agradável e correta. A madeira, assim como o álcool, está integrada, em perfeita harmonia com o conjunto. Se o compadre Fabiano queria impressionar com o presente, conseguiu!
É com vinhos como este que o Velho Mundo(*) mostra sua força e tradição, restando ao Novo Mundo(**) tentar equiparar as coisas com muita tecnologia e disposição.

(*)Europa
(**)África do Sul, Austrália, EUA, Brasil, Chile, Argentina

Avaliação ..:: Mundo Vitis ::.. :


Clique compare preços e leia mais detalhes:

domingo, 26 de setembro de 2010

Valdorella - Chianti - 2006

O Chianti é um vinho tinto produzido na região da Toscana, Itália. É muito popular e facilmente encontrado nos restaurantes italianos em todo o mundo. Existem vários tipos de Chianti: Clássico, próprio da região de Toscana entre Florença e Siena; Colli Aretini, de Arezzo; Colli Senesi, da província de Siena; Colli Fiorentini da região de Florença; Colli Pisani da provincia de Pisa; e também o Montalbano, o Montespertoli e o Rufina. Comum entre todos eles é a cepa Sangiovese, que deve participar da composição dos vinhos em mais de 80%, sendo que o restante, variando para cada região, pode conter ainda a Canaiolo, Malvasia Rossa e Trebbiano Toscano. Esta garrafa que adquiri no Carrefour por R$24 tem indicação da região de Arezzo.

A sigla D.O.C.G. quer dizer Denominazione di Origi Controllata e indica o padrão italiano para controle de qualidade dos vinhos.

Na taça mostrou cor rubi opaca avançando para um tom mais terroso, possivelmente acentuado pelo tempo na garrafa. Apresentou pouca formação de lágrimas, finas que escorregam lentamente pelas paredes do cristal. Muito límpido porém com pouca transparência. O aroma entregou algo de terra molhada, couro e azeitona verde (esperava mais frutas!). Ao final senti uma leve nota frutada, talvez romã. Corpo médio e boa estrutura, com acidez controlada e taninos equilibrados. Promove na boca uma adstringência agradável com retrogosto suave e ótima persistência.
Pelo preço que paguei achei um vinho justo, sendo muito superior ao Bardolino (relembre) da mesma cantina. Fiquei bastante curioso para degustar um Chianti mais jovem e com maior reputação.

Avaliação ..:: Mundo Vitis ::.. :





Clique para mais detalhes e preço nas lojas on-line: