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domingo, 19 de maio de 2013

254. Aromo - Merlot - 2011

Quase dois anos se passaram desde a ultima vez que tomei o Aromo Carmenere (relembre).
Este é o tipo de vinho que devemos ter várias garrafas guardadas para o consumo do dia a dia. É bastante simples mas muito correto. 
Não me recordo exatamente o que fui comprar no Supermercado Mercadorama, aqui em Curitiba, mas na passagem obrigatória pela seção de vinhos a etiqueta de R$12 chamou minha atenção. Comprar quatro garrafas e desembolsar menos de R$50, mesmo sendo um vinho básico é um bom negócio atualmente. Tanto é verdade que retornei ao mercado no outro dia e encontrei apenas um espaço vazio na prateleira onde as garrafas estavam. 
Mostrou coloração rubi bastante fechada e muitos reflexos violeta. No aroma frutas negras bem maduras, terra molhada e alguma nota vegetal ao fundo. Na boca é leve com média persistência. Alcool com pequeno destaque e taninos bastante contidos. Um vinho para ser bebido jovem e uma boa opção para o cotidiano.
Outro dia fomos ao aniversário de uma coleguinha do Felipe e conversando com o anfitrião da festa, tocamos no assunto preço do vinho. Inevitavelmente sempre é citada a compra além de nossas fronteiras, normalmente no Paraguai ou na Argentina, onde é possível adquirir rótulos pela metade do preço praticado no Brasil. Um bom exemplo é o argentino La Linda, que já passou aqui no blog (relembre) e pode ser comprado por US$6 enquanto seu preço do lado de cá da fronteira fica na casa dos R$30.
Aproveito para agradecer ao Leandro, papai da Letícia, pelo convite e reforçar nosso grande parabéns a simpática família.

Em tempo: também já passou pelo Mundo Vitis o Aromo Sauvignon Blanc (relembre) onde indiquei maiores detalhes sobre a Vina el Aromo.


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segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

241. Lauquita - Merlot - 2010


Como fazia algum tempo que estava pesquisando e tinha alguns bônus disponíveis resolvi experimentar uma compra on-line de vinhos.
Utilizei o portal do Selo Reserva pois o namoro era antigo e achei que mereciam este privilégio. O desconto disponível em meu usuário era referente a convites que enviei para amigos sugerindo o site e praticamente serviu apenas para "quebrar" o frete. Cauteloso, optei por uma aquisição menos custosa e que contemplou três meias garrafas: o Lauquita Merlot, Lauquita Cabernet Sauvignon e o Sauvignon Blanc.
Produzidos pela chilena Lauca Wines no Vale do Maule, conta com mais de 600 hectares de vinhas e tem como "garota propaganda" a simpática lhama. A Lauquita é a linha de entrada da vinícola e sequer tem passagem por madeira. É o tipo de vinho fresco e jovem para ser bebido em até 2 anos.
Este Merlot mostrou boa tipicidade e muita simplicidade. Com coloração rubi escura muito fechada aparenta mais corpo do que realmente tem. Aroma vegetal contido que acabou não abrindo com o passar do tempo na taça. Ao paladar é bastante limpo, com certa picância (vegetal), com acidez média e taninos contidos. É um vinho simpático e bem feito, mas eu esperava um pouquinho mais. Vamos aguardar o Cabernet Sauvignon.



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terça-feira, 25 de setembro de 2012

226. Marques del Nevado - Merlot - 2011

Esta semana tive nova oportunidade de beber o controverso rótulo espanhol Toro Loco (relembre). Meu compadre Anderson adquiriu duas garrafas na Wine.com, ainda no primeiro lote trazido com exclusividade e com cerca de 120 mil unidades. Segundo informações que encontrei na web o segundo lote já está negociado, porém a quantidade de garrafas negociadas segue em segredo. Acessei o portal da Wine.com e não existe referência ao Toro Loco em nenhum local do site, pelo menos nas áreas abertas a não assinantes. No meu comentário sobre o Toro Loco, feito duas semanas antes de sua explosão midiática, indicava que talvez fosse um estilo mais moderno em relação a outros rótulos do velho mundo. Nesta nova oportunidade pude comprovar isso com a opinião da Karla, que as cegas, pois o Anderson propositalmente escondeu a garrafa, indicou que talvez aquele vinho fosse chileno. Quanto a mim, fiquei intrigado e com  aquela sensação de Déjà vu, mas sem apostar em chileno ou argentino. Minha memória organoléptica não conseguiu referenciar sequer a Tempranillo, quanto mais o rótulo específico. Depois de desmascarado consegui lembrar de algumas características e a mudança mais marcante, certamente pela aeração no decanter, foi a diminuição da presença do alcool. Porém, também foi embora a nota de baunilha que destaquei na primeira degustação.
Na sequência abrimos o Marques del Nevado para colocar a prova o polêmico espanhol. Neste caso foi covardia, pois o Merlot chileno mostrou muito desequilíbrio principalmente no alcool e tanicidade. Tudo bem que a faixa de preço era desigual (Marques - R$13 e Toro - R$25) mas de qualquer forma foi uma lavada. Eu havia experimentado o Carmenere (relembre) desta linha e até indiquei como boa relação preço x qualidade. Mas com a Merlot ficou bem abaixo do esperado, me deixando de certa forma surpreso. Inicialmente pouco aromático e bastante agressivo no paladar, quente e com alcool em evidência. Não vai melhorar com tempo de garrafa, certamente esta não é a proposta do produtor.

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terça-feira, 5 de junho de 2012

203. Tenta - Merlot - 2010

Podemos indicar este rótulo como mais um "coringa" dos vinhos na faixa de R$15.
Coloração intensa, vibrante, de fundo rubi com reflexo violeta destacado. Jovem, frutado, fresco, com aromas de amora, ameixa, nectarina, todas muitos maduras. Macio, fácil de beber e com um leve traço doce. Exatamente isso: "adocicado". Observando com calma seu contra-rótulo observamos a indicação demi-sec (meio seco).
Não é exatamente o estilo que gosto, pois o residual de açúcar inevitavelmente torna o vinho um pouco enjoativo e menos gastronômico. Mas como mencionei inicialmente, será uma ótima pedida se servido um pouco mais resfriado em encontros menos formais e com um público feminino maior. É produzido pela Vina Maipo, fundada em 1948, que atualmente exporta para mais de 70 países e possui grande notoriedade em produtos premium.
Esta garrafa foi bebericada com o compadre Fabiano, que está se tornando grande garimpador de vinhos nas prateleiras dos supermercados. Ele afirmou ter pago R$11 neste rótulo chileno.


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terça-feira, 29 de maio de 2012

201. Oak Leaf - Merlot


Já comentei a versão Cabernet Sauvignon deste rótulo (relembre). Encontrei algumas referências na web, mais especificamente na rede Walmart dos Estados Unidos, indicando entre suas principais características o "gosto de vinho" (!). Outro ponto em destaque é seu preço em torno de U$2 (+ impostos). Sobre o fato de não indicar safra nos rótulos continuarei com este pequeno mistério, pois em nenhuma pesquisa esta questão é mencionada.
Visualmente já mostra coloração rubi um pouco pálida e translúcida. Seu aroma é frutado, muito discreto e com o álcool destacado. Pouco corpo e na boca é muito leve. Acidez razoavel, taninos macios e de média persistência. Minha sugestão é a mesma do Cabernet Sauvignon: sirva a vontade um pouco mais resfriado do que o normal.
Vai fazer uma reunião com um número um pouco maior de amigos, este vinho é bacana para isso. Claro que os enochatos vão torcer o nariz e ter pequenos ataques histéricos, mas a maioria vai gostar!
Paguei R$15 no Walmart em Curitiba.

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segunda-feira, 14 de maio de 2012

195. Table Mountain - Merlot - 2010

Além das seis crianças na família, agora o pequeno Gustavo chegou para somar ao time dos primos. Particularmente não vejo motivo melhor para abrir um vinho do que a chegada de um novo integrante no clã. As mulheres "babavam" sobre o pequeno, tentavam identificar e associar cada traço a alguém da família; os olhos da mãe, a boca da vovó, o nariz do avô, o queixinho da bisa e por ai vai. Quanto aos homens, que por questões genético-evolutivas não conseguem visualizar semelhanças entre um recém nascido e um adulto, resta sorrir, balançar positivamente a cabeça e sair de fininho. Esta retirada é estratégica e necessária pois a qualquer momento alguém pode perguntar sua opinião sobre a semelhança e, nestes momentos, a sinceridade masculina pode quebrar todo o clima.
Agora na sala e acomodados para um bate-papo, o compadre Anderson sacou este simpático vinho sul-africano. Seu nome faz referência a famosa região bem ao sul do país no encontro dos dois oceanos. A formação rochosa propicia uma proteção natural do vento frio que sopra do Atlântico na primavera e os vinhedos encontram um excelente micro-clima.
Na taça boa coloração rubi com reflexos cereja, límpido e brilhante. Aromas típicos da Merlot com fruta muito madura e alguma nota vegetal ao fundo. Na boca é agradável com médio corpo e retrogosto frutado.


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sexta-feira, 16 de março de 2012

184. La Beliere - Bordeaux - 2008

Confesso que fiquei intrigado quando meu compadre Anderson me entregou a taça sem nenhuma palavra sobre o vinho. É o tipo de situação onde o teste parece inevitável. Fiquei conjecturando sobre as características principais e marcantes que pudessem identificar aquele tinto. Inicialmente ficou claro que não era do "Novo Mundo" pois mostrava elegância, leveza e certa timidez. Italiano, apesar de todas as características não parecia encaixar; espanhol, não tinha tanta personalidade; português nem pensar. Sim, sobrou a França, mas o álcool parecia um pouco destacado, quase desequilibrado. Sinceramente fiquei com um friozinho na barriga. A cor estava bastante fechada, apesar de seu corpo médio. No aroma fruta muito madura com um final levemente tostado. Fresco, limpo, longo e com o alcool ainda destacado. De qualquer forma era uma calda bordalesa e pelo minha pouquíssima experiência não consegui identificar de pronto.
Produzido pela recomendada Baron Philippe de Rothschild, possui em sua composição Merlot(55%), Cabernet Sauvignon(30%) e Cabernet Franc(15%). A indicação de guarda é de cinco anos. Acredito que a relação entre preço e benefício seja bastante justa para este rótulo.

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sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

178. Santa Alicia - Merlot - 2010

A Vina Santa Alicia foi fundada em 1954 por Maximo Valdes com seus vinhedos compostos por Cabernet Sauvignon, Merlot, Sauvigno Blanc e Chardonnay. Atualmente, passado meio século e quatro gerações, a empresa continua familiar mantendo a tradição e experiência adquirida ao logo do tempo. Somando seu prestígio na região com as modernas técnicas de vinificação produz excelentes vinhos com ótima reputação no mercado. Possui trê principais vinhedos: Pirque, com altitude de 690 metros com clima semi-arido mediterrâneo de solo rochoso e profundo; Maria Pinto, pouca altitude (aprox. 200m), clima mediterrâneo com temporadas secas prolongadas e solo bastante mineralizado; Melipilla, ainda mais baixo que Maria Pinto com clima bastante quente e umido. Nste último concentram-se as castas Syrah, Malbec, Petit Verdot e Carmenère.
Consultando o site da vinícola encontramos sua linha de produtos: Millantu, Gran Reserva, Anke, Reserva, Special Selection, Late Harvest e Varietais. Já nos varietais indica os rótulos com Sauvignon Blanc, Chardonnay, Cabernet Sauvignon e Merlot.
Este Merlot é um vinho simples e leve. Na taça demonstra boa cor rubi, brilhante e límpido. No aroma lança notas vegetais e frutas vermelhas muito maduras. Os 13,5% de alcool inicialmente incomodaram um pouco. Médio corpo, pouca persistência e retrogosto frutado. Não apresenta nenhuma característica relacionada a madeira, o que éalgo muito difícil em se tratando de exemplares chilenos. Enfim, um vinho sem maiores compromissos para ser bebido de bermuda e chinelo.

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domingo, 6 de novembro de 2011

150. Rupestro Cardeto - Merlot/Sangiovese - 2009

Para comemorar (com atraso) o Aniversário do compadre Adriano nos reunimos na Pizzaria Casa Buzzi. A pizza é boa mas o principal está no excelente atendimento. Basta saber que todos os vinhos que pedimos vieram na temperatura correta e a cada garrafa uma nova leva de taças era trazida. Também conta com o Clube do Albert para a criançada, um lugar reservado, com brinquedos educativos e monitoras. Bebericamos, em meio ao animado papo, três garrafas: este Rupestro Cardeto, o Artero Tempranillo e o Finca La Linda Malbec. Todos foram devidamente catalogados e serão publicados nos próximos posts.

A Cantina Cardeto foi fundada em 1949 com uma área de 800 hectares para produção na região de Orvieto (DOC). Faz parte da Umbria, província de Terni, com cerca de 20.600 habitantes. Uma curiosidade sobre Orvieto são suas galerias de túneis subterrâneos, esculpidas ao longo de 3000 anos de história. Os etruscos começaram as escavações e construção dos túneis com fins militares. Na idade média, com o crescimento descontrolado de sua população o subsolo foi continuamente ampliado para fins produtivos: prensas de azeitona, estocagem de azeite, produção de vinho, criação de pombos para abate (a carne de pombos era muito apreciada e abundante na época). Além disso os incontáveis poços armazenavam água para consumo da população. Mas sem dúvida a mais impressionante obra subterrânea é o Poço de São Patrício com 58 metros de profundidade e 13 de diâmetro, formando uma espécie de torre invertida. Possui 70 janelas flanqueadas por duas escadas em caracol que nunca se encontram, feitas dessa forma para que o fluxo de pessoas e animais que subiam e desciam não perdesse a fluidez. Durante a II Guerra algumas galerias também serviram de ponto de abrigo e esconderijo para os militares italianos.

Algumas fotos do Poço de São Patrício impressionam.

Com um corte 80% Merlot e 20% Sangiovese entregou exatamente o que eu esperava. No nariz muita fruta mais do que madura, ameixas negras, uvas secas e uma nota floral alegre mas contida. Saboroso, envolvente, com a Sangiovese "cortando" a seriedade da Merlot de forma muito equilibrada. Seu final é longo e agradável, convidando ao próximo gole.
A reação na mesa foi surpreendentemente unânime, pois agradar os paladares masculinos e femininos é tarefa difícil para qualquer vinho.

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domingo, 16 de outubro de 2011

139. Marichal - Merlot - 2006

Este rótulo uruguaio apresentado pelo compadre Fabiano foi uma grata surpresa. Composto 100% de uva Merlot é produzido pela Bodega Marichal e Hijos, fundada e 1938 em Etchevarría, Canelones, sul do Uruguai. Atualmente é comandada pela quarta geração da família que colhe os frutos de uma administração sempre voltada para a qualidade e nunca a quantidade. Possui reservatórios subterrâneos com capacidade de 250 mil litros e aproximadamente 50 barricas de carvalho francês e americano. A vinícola mantém suas características nas raízes familiares com apenas 26 funcionários (na época da colheita sobre para 60).
Sem nenhuma relação com a família Marichal mas com aquela pontada provocativa, me veio lembrança da "briga" entre Argentina e Uruguai pelas origens do tango. Basta ver o recalque dos hermanos quanto a famosa "La Cumparsita" composição do músico uruguaio Gerardo Matoz Rodrigues que é considerado o tango mais difundido no mundo (lembre dele aqui).

A região de Canelones possui solo argiloso, calcário e permeável, com clima bastante temperado (dias ensolarados e noites frescas). Está a menos de 30 quilômetros do oceano Atlântico o que coloca uma suave brisa marinha a sua disposição. Em seus vinhedos também são cultivadas a Tannat, Cabernet Sauvignon, Pinot Noir, Chardonnay, Semillón e Sauvignon Blanc.
Inicialmente o vinho mostrou uma seriedade excessiva com aroma muito fechado. Somente após quinze minutos começou a abrir um discreto bouquet. Visualmente de cor escura, pouca transparência e com halo aquoso bastante evoluido, mostrando sua idade. Eleganárioste, intenso e com ótimas camadas gustativas que vão se sobrepondo gradativamente. Certamente teríamos conseguido mais de suas características com uma aeração prévia. Acredito que seu preço esteja na faixa de R$20.


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domingo, 9 de outubro de 2011

135. Dona Dominga - Merlot - 2009

É muito difícil eu comprar o mesmo rótulo duas vezes. Porém com este Dona Dominga foi diferente, pois achei o Cabernet Sauvignon muito intrigante (relembre). Diferente do anterior, este Merlot é bem mais aromático com notas frutadas e menos picantes. O aroma mais terroso e de fruta muito madura caracterizam a casta. Na boca é agradável e o álcool imperceptível. Macio, sedoso e fácil de beber. Realmente é uma ótima relação preço x qualidade. Esta característica inclui regularmente a linha Dona Dominga no Descorchados. A famosa publicação chilena sobre vinhos é elaborada por Patrício Tapia, formado em Enologia e pós-graduado na Universidade de Bordeaux, na França. Também é autor do livro Vinho sem Segredos que recomendo para quem está começando no Mundo Vitis pois utiliza uma linguagem simples e direta. Durante a leitura você conhece todo o processo de produção, serviço, tipos de uvas e terroirs, além de dicas muito interessantes para degustar e comprar vinhos.
Enquanto escrevo este post me vieram as ótimas lembraças da viagem que fizemos a Santiago em 2008. Foram somente quatro dias e conhecemos a vinícola boutique Aquitânia e a gigantesca Concha y Toro. Nossos outros roteiros incluiram as cidades litorâneas de Vina del Mar e Valparaiso, as montanhas do Vale Nevado e todas as principais atrações da própria capital chilena. Nosso retorno foi por Buenos Aires, onde ficamos outros três dias, mas essa já é outra história.

Ótimas lembranças de nossa passagem pela Vina Aquitânia nos
arredores de Santiago, sempre com a Cordilheira como pano de fundo.


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sexta-feira, 1 de julho de 2011

108. Durigan - Merlot - 2009

Já comentei outro rótulo da Durigan (relembre) aqui no blog. Naquela oportunidade havia experimentado o Cabernet Sauvignon e não foi totalmente aprovado pelo meu paladar. Retornamos recentemente na loja para comprar "quentão", pois iremos comemorar o aniversário de dois anos do Felipe com uma festinha junina. Aproveitando a visita e decidido a dar uma nova oportunidade a Durigan, comprei um Merlot com safra 2009 por R$17.
A história da família Durigan, que chegou ao Brasil em 1845 vinda de Treviso, é muito parecida com a maioria dos imigrantes italianos que desembarcaram no porto de Paranaguá. Inicialmente instalaram-se no litoral mas como as condições climáticas, geográficas e também as características do solo não ajudavam nas principais culturas, estes italianos decidiram subir a serra em direção a Curitiba. Mesmo com diversas dificuldades conseguiram prosperar e adquirir alguns lotes na colônia de Santa Felicidade. Infelizmente o site da Durigan não inforam detalhes da evolução da família e da vinícola, mas certamente a produção inicial de vinho era artesanal e para consumo próprio. Atualmente a loja é uma atração turística importante de Curitiba e além dos vinhos, grapas, espumantes, sucos, oferece uma grande quantidade de produtos coloniais como queijos, salames e compotas.
Quanto ao vinho que comprei mostrou-se melhor que o anterior. Na taça a mesma cor fechada porém com aromas mais frutados. O bouquet evolui muito bem com alguns minutos de espera e aida mostrou notas defumadas e com madeira no final de taça. Na boca, diferente do nariz, continua com a linha mais agressiva que pode não agradar a todos os paladares. É bastante tânico e rústico, deixando um certo amargor no retrogosto. Mostrou final médio e uma acidez acentuada que pode ser amenizada com alguma combinação gastronômica mais robusta. Uma pasta com molho ragu ou uma lasanha bolonhesa certamente combinam.

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domingo, 26 de junho de 2011

105. Tarapaca - Gran Reserva - Merlot - 2004

Minha "carreira" de bebedor de vinho se deve em muito a insistência e paciência de meu amigo Anderson. Aliás, ele não detém apenas o título de amigo, é também cunhado, confrade e na minha opinião, se optasse pelo futebol, seria um camisa cinco clássico: excelente na marcação, posicionamento impecável, ótimo passe com uma finalização forte e precisa. Como colaborador do Mundo Vitis regularmente apresenta grandes rótulos, como foi o caso deste Merlot.
Já comentei outro vinho deste produtor (relembre) e tive uma ótima impressão. Este Gran Reserva tem passagem em barricas de carvalho francês por 14 meses com 92% de Merlot e os outros 8% de Cabernet Sauvignon. Segundo a ficha técnica que baixei no site possui potencial de guarda de 10 anos e não é filtrado antes de ser envazado. Sabendo desta característica o vinho foi decantado por cerca de 40 minutos antes de ser servido.
Na taça seus sete anos de garrafa eram demonstrados pela cor fechada e pouco brilho. As lágrimas grossas e lentas eram outro indicativo importante de sua qualidade. No nariz muita sobriedade com notas de ervas secas, especiarias e carvalho tostado. Um vinho com este tempo de guarda perde os aromas primarios frutados. No paladar também demostra sua elegância com muitas frutas secas, cereja madura e algum tempero que talvez lembre nóz-moscada. Aveludado e muito bem acabado possui um final longo e agradável. Acredito que estava em seu ponto ideal para consumo.

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domingo, 24 de abril de 2011

Nieto Senetier Reserva - Merlot - 2006

Esta vinícola situada em Lujan de Cuyo, Mendoza, Argentina, foi fundada em 1888 por imigrantes italianos. Somente em 1969 foi adquirida pela família Nieto Senetier e teve suas instalações ampliadas e modernizadas. Atualmente possui alguns rótulos reconhecidos e muito bem pontuados internacionalmente, como por exemplo o Don Nicanor - Malbec - 2008 que ganhou 90 pontos com Robert Parker.
Já o nosso Reserva Merlot apresentou cor muito intensa com um violeta bastante marcante. Visualmente já demonstra que possui corpo e muita intensidade. O aroma é de frutas roxas com amoras muito maduras e alguma nota que lembrou cassis. No paladar é que demonstra sua linhagem diferenciada com volume e seriedade. Seco, firme, com boa acidez e taninos muito ajustados a madeira formando um elegante conjunto. O alcool nao incomoda nem um pouco. Encontrei indicação de que a linha Reserva desta bodega passa 12 meses em barricas de carvalho francês e tem potencial de guarda de 5 anos. Ou seja, estava agora em 2011 no seu ponto máximo de vida: maduro, descansado e todo o conjunto em perfeita harmonia.
Meu grande camarada Junior que me presenteou com esta garrafa definitivamente acertou na escolha!

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sábado, 19 de março de 2011

Baron Philippe de Rothschild - Merlot - 2009


Este nome é um ícone no mundo do vinho. Na região de Bordeaux, na França, esta família produz e cuida de suas próprias vinhas a mais de 150 anos. No comércio mundial também é muito conhecida por firmar parcerias (joint venture) com grandes nomes do setor. Em 1979, juntamente com Robert Mondavi produziu na Califórnia o Opus One, considerado por muitos um dos melhores vinhos do mundo. Duas décadas mais tarde, em 1998, seguindo essa mesma linha, associou-se a Concha y Toro para produzir o rótulo Almaviva. Este último alcança facilmente a casa dos R$600 a garrafa enquanto o Opus One pode chegar a R$2.000 dependendo da safra.

Muito bem... vamos as impressões desta garrafa que paguei R$13 no supermercado Condor em Curitiba. O rótulo é um dos mais feios que já vi e, se vinhos fossem vendidos em lojas de 1,99 certamente ele seria perfeito.
Como não devemos "julgar um vinho pelo rótulo" e precisava muito matar minha curiosidade abri a garrafa e servi as taças. Exatamente, taças no plural, eu não estava sozinho pois os confrades Paulo e Fabiano participaram da experiência. Na taça um violeta tendendo para o roxo. Poucas lágimas, bastante espassadas. No nariz o alcool destacou bastante antes das notas de pimentão e couro. No paladar é picante com taninos agressivos e baixa acidez. Ainda na boca tem boa persistência porém com retrogosto onde um certo amargor incomoda. Sinceramente não me causou uma boa impressão. No site da vinícola informa que este vinho não passa por madeira e apenas estagia (estabiliza) de 6 a 8 meses em cubas de inox, para depois ser engarrafado rapidamente para maior destaque da fruta e do frescor natural.

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domingo, 6 de março de 2011

RAR - Collezione Merlot - 2009

Já comentei outro RAR aqui no blog (relembre) e realmente o cuidado com que este rótulo é produzido fica claro em cada detalhe. Este empreendimento da Miolo Wine Group traz as uvas produzidas na fria região de Muitos Capões, nordeste do Rio Grande do Sul, para vinificação na Serra Gaúcha.

A garrafa possui um belo visual sóbrio, discreto e charmoso. O material metálico da cápsula e a longa rolha de curtiça maciça completam o elegante conjunto.
É de vermelho ruby muito escuro com lágrimas espessas que mancham as paredes da taça. No nariz traz muita amora, fruta vermelha madura e alguma nota de madeira. Possui bom corpo com acidez na medida e taninos marcantes. A adstringência característica do terroir onde é produzido mais uma vez fica evidente. Também chama atenção o final prolongado e persistente.
Esta garrafa foi mais um presente do compadre e confrade Fabiano.


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segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Traversa - Merlot - 2008

Passar um final de semana sem tomar vinho é tarefa hercúlea para quem gosta do nectar de baco. Nesta época do ano são jantares, churrascos, amigo secreto, muitos eventos onde a cerveja está sempre em primeiro plano. De qualquer forma abrir esta garrafa de vinho na segunda-feira a noite amenizou minha ansiedade e trouxe uma boa surpresa.
O Grupo Traversa está em franca expansão e coloca o vinho uruguaio em alguns mercados pouco tradicionais nas exportações como o Japão, Russia e China. Pelo que percebi pesquisando na web, estão investindo pesado em marketing e participações nas feiras internacionais. Outro fator importante foi adaptar as embalagens para cada diferente mercado. Para a Rússia, por exemplo, apresentou a venda do Bag-in-Box de três litros, já que os russos costumam beber maior quantidade, pois estão acostumados com bebidas com alto teor alcoolico.
Quanto ao vinho mostrou cor entre o rubi e o grená. Apesar do tom terroso mostrou bom brilho e alguma transparência. É bastante chorão e formou grande quantidade de lágrimas nas paredes da taça. Não é dos mais aromáticos, mas trouxe alguma fruta principalmente ameixa e amora pretas. Algumas notas vegetais muito sutis também estão presentes. No paladar superou o olfato e surpreende com a firmeza dos taninos e a acidez na medida certa. No final de boca apresenta um leve amargor que não compromete o conjunto. Possui persistência média e o alcool não se destacou em nenhum momento. Para finalizar paguei R$12 a adega Angeloni.

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sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Cremaschi Furlotti - Merlot - 2009


"Nos idos de 1800 a família Cremaschi Furlotti trouxe a experiência da industria vitivinícola para a América. No coração do Chile, no Vale Central, o enólogo Cristian Cremaschi continua com esta mesma tradição, selecionando e vinificando as mais finas uvas." Esse é o texto do contra-rótulo da garrafa. É um vinho de cor rubi escura com forte tendência ao violeta. Muito brilho, limpidez e boa transparência. Mostrou lágrimas finas e lentas que permanecem por um bom tempo nas paredes da taça (boa viscosidade).
No nariz um pouco de álcool ficou evidente. Aroma fechado, frutado e com algo vegetal que não consegui identificar. Certamente não tem passagem por madeira.
Na boca mostrou taninos marcantes, mas com certa acidez que provoca salivação excessiva. Particularmente não gosto dessa característica para os tintos. Agora o álcool incomodou mais do que no olfato. Estou preocupado pois não consigo encontrar adjetivos que qualifiquem esse rótulo. Bacana mesmo somente o preço de R$13.
Ainda fiz uma experiência buscando aproveitar a estranha acidez desse merlot: cortei um pão francês em fatias, reguei com mel e cobri com uma fina camada de pasta de gorgonzola. Acho a combinação por oposição sempre muito interessante. Mas nesse caso não foi suficiente para salvar o vinho.

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quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Los Teros - Merlot - 2008

Comprei esse vinho por R$10 no hipermercado BIG em Joinville. Não foi nada fácil conseguir informações sobre ele na web. O contra rótulo indica que é um produto da Vinícola Aurora e na rolha traz também essa personalização. Porém no site da vinícola nenhuma referência, sequer ao empreendimento no Uruguai. Utilizando o endereço no rótulo cheguei ao site da Bodegas e Vinedos Fallabrino. Naveguei por todo o site e nada, nenhum comentário ou texto sobre parceria com a Aurora ou sobre esse rótulo.

O rótulo traz a simpática figura do quero-quero
ou tero como é chamado no Uruguay.

Aproveitei e atualizei meus conhecimentos sobre o vinho no Uruguay, onde até a década de setenta as uvas americanas eram predominantes. Já no início dos anos noventa, os produtores uruguaios começaram a investir em cepas nobres como a Tannat, a Cabernet Sauvignon, a Merlot, a Cabernet Franc, a Syrah e a Pinot Noir (tintas), a Sauvignon Blanc, a Chardonnay, Viognier, Sémillon, Gewürztraminer, Riesling e Ugni Blanc (brancas). Também foi criado o Instituto Nacional de Vitivinicultura e foram estabelecidas regras de produção e qualidade. A uva emblemática desse país é a Tannat que encontrou condições ideais para seu desenvolvimento. As principais regiões produtoras são Canelones, Montevideo e San Jose.

Quanto ao vinho, acredito ser uma boa opção para o consumo do dia a dia. Não vou colocar impressões detalhadas pois na verdade não degustei e sim "bebi" esta garrafa. É um vinho simples, possui cor escura e intensa. Não é dos mais aromáticos. Com pouco corpo, baixa acidez e retrogosto "amigável" é fácil de beber (...até demais!).

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terça-feira, 10 de agosto de 2010

Marques de Casa Concha - Merlot - 2007

Esta linha foi lançada da década de setenta em homenagem a uma titulação recebida por José de Santiago Concha y Saltatierra do rei Felipe V, da Espanha, em 1718. O sétimo Marques da Casa Concha, Dom Melchor de Santiago Concha y Toro, que em 1883 fundou a vinícola Concha y Toro, era descendente direto de Jose de Santiago.
Este rótulo já recebeu por várias vezes pontuações excelentes na Wine Spectator, que é uma publicação norte-americana específica e considerada a mais influente no mundo vitis.
A safra 2007 é considerada histórica, tanto que a vinícula identifica com um rótulo no gargalo da garrafa: cosecha historica. O clima seco e as grandes amplitudes térmicas contribuiram para esse diferencial. Leva em sua composição cerca de 10% de Cabernet Sauvignon, certamente para auxiliar na longevidade. Este vinho fica descansando em barris de carvalho de 15 a 18 meses.
Decidi abri-lo para brindar uma ocasião mais do que especial: o aniversário de minha esposa.

A análise visual da pesada garrafa já faz parte desse experiência gratificante. O capricho no design dos rótulos, os detalhes em dourado, lacre superior feito em metal de ótima qualidade e a longa rolha de cortiça maciça completam o conjunto externo.
Na taça possui cor rubi escura, granada, praticamente sem transparência. Forma lágrimas grossas e lentas. Quanto ao aroma foi uma experiência interessante. Acredito que por não ter decantado e servido diretamente nas taças, o bouquet ficou "fechado" por quase dez minutos. Após esse tempo ele oxigenou e passou a preencher nosso olfato com marcantes notas de cereja, baunilha, tabaco e madeira. Ao paladar é bastante intenso com taninos finos e macios. Retrogosto com lembança de chocolate e excelente persistência. Fiquei muito impressionado com o equilibrio do conjunto: fruta, madeira, acidez e alcool. Neste último item deve estar o grande segredo, pois com 14,5 graus deveria ser mais agressivo e, ao contrário, é fácil de beber inclusive sem acompanhamento. Potência absolutamente controlada.
Sua faixa de preço está entre R$80 e R$90.


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