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quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

243. Tsantali - Naousa - 2008

Este é o quinto vinho grego que passa pelo Mundo Vitis e foi oferecido pelo confrade Fabiano. Todos os anteriores também são do mesmo produtor (Tsantali) e foram comprados no Carrefour por preços bastante acessíveis. Assim se você gosta de conhecer e experimentar vinhos de várias regiões do mundo fica a dica.
A vinícola Tsantali foi fundada em 1890 por Evangelus Tsantalis no leste da Trácia (sudoeste da Europa que corresponte atualmente a Turquia). Em 1970 foi inaugurada a adega em Naousa (região central da Grécia e denominação de origem protegida) e três anos depois iniciou a exportação de vinhos. Desde 1996 é comandada pela terceira geração da família. 
Este Naousa 2008 é produzido a partir da uva Xinomavro e possui boa tipicidade. O solo calcário, arenoso e rico em magnésio onde as vinhas são cultivadas está presente no toque mineral incorporado ao conjunto do vinho. Nariz discreto com alguma fruta vermelha muito madura. A passagem por madeira é quase imperceptível, boa acidez e taninos com certo destaque. A indicação de servir a temperatura de 19 graus é uma curiosidade.


Indicações onde a Tsantali possui vinhas.




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sábado, 15 de outubro de 2011

138. Tsantali - Nemea - 2008

Parafraseando o poeta português Fernando Pessoa e ajustando ao contexto enocultural do blog eu diria que "experimentar é preciso". Já se vão pelo menos dois anos que dificilmente repito um rótulo em minhas experimentações no Mundo Vitis. Ao olhar para a barra lateral onde temos a divisão por países e contar doze locais diferentes onde o vinho é produzido, fico imaginando o quanto é global a vitinicultura. Rapidamente é possível sentir falta de alguns países como Estados Unidos, Alemanha, Áustria e Hungria. Vou tentar corrigir este lapso o mais breve possível.
Aproveitando a questão dos países produtores segue o ranking mundial de produção de vinho: França(1) e Itália(2) travam uma briga histórica e constantemente alternam a primeira posição, na sequência temos Espanha(3), EUA(4), China(5), Argentina(6), Austrália(7), África do Sul(8), Chile (9), Alemanha(10), Romenia(11), Portugal(12), Rússia(13), Grecia(14), Brasil(15), Hungria(16), Austria(17), Ucrania(18), Servia(19) e Nova Zelandia(20).
Mas agora o assunto é a Grécia, mais especificamente o Tsantali Nemea 2008. Já falei sobre outros rótulos deste produtor (Tsantali). Já Nemea é uma famosa região produtora do sul da Grécia com clima tipicamente mediterrâneo e solo calcário. Produzido com a uva Agiorgitiko mostrou coloração rubi bastante fechada e boa formação de lágrimas na taça. O aroma ficou inicialmente fechado e depois evoluiu um pouco, ainda assim discreto com alguma fruta vermelha madura, cereja e talvez cravo (muito sutil). No paladar é bem mais característico com taninos marcantes e boa acidez. Bom corpo e final médio. É um vinho muito interessante e, apesar de ter bebido sem acompanhamento, me pareceu bastante gastronômico (um espaghetti ala carbonara seria perfeito).

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domingo, 25 de setembro de 2011

131. Tsantali - Rapsani - 2007

A história real do vinho é carregada de contradições e desencontros cronológicos. Porém, o vinho na sua forma mitológica é carreado de contos, personagens e poesias que cultivam a alegria, o amor e a elevação da mentalidade. Na famosa lenda de Gilgamesh, um rei Sumérico que seria filho de um fantasma e seu reinado teria durado 126 anos, ao entrar no reino do sol encontrou um vinho encantado que, se pudesse bebê-lo, teria a imortalidade que procurava. A história de Gilgamesh tem outras passagens que sugerem que seria a versão babilônica de Nóe. Outra epopéia que cita o vinho está no conto persa de Jamshid, um rei semi-mitológico que teria construído um gigantesco muro para salvar os animais do dilúvio (Noé de novo...!). Certa vez uma jarra cheia de suco de uvas começou a espumar e foi considerado um veneno mortal. Uma donzela que tentava se matar consumiu aquele líquido e, ao invés da morte encontrou a felicidade e um sono reconfortante. Agora sim, falando de Noé, o Velho Testamento indica que após desembarcar os animais no Monte Ararat ele plantou a vide, fez o vinho e se embriagou. Merecido.
Quanto aos gregos, sua predilação pelo vinho pode ser observada nos famosos "simpósios" que eram reuniões para conversar e filosofar, regadas a muio vinho. Acho que é muito interessante a colocação de Eubulus, por volta de 375 a.c., que diz o seguinte: "Eu preparo tres taças para o moderado: uma para a saúde, uma para o amor e a terceira para o sono. Quando essa taça acaba, os convidados sábios vão embora. A quarta taça é a menos demorada, mas é a da violência; a quinta é a do tumulto, a sexta da orgia, a sétima a do olho roxo, a oitava é a do policial, a nona da ranzinzice e a décima a da loucura e da quebradeira."
Já comentei outro tinto grego da Tsantali aqui no blog (relembre). Este Rapsani é produzido com as uvas Xinómavro, Krassáto e Stavrotó plantadas na encosta sul do Monte Olympus, a famosa montanha dos Deuses. O solo com muita pedra, areia e argila exige grande esforço da videira para se desenvolver. Isto, ao contrário do que muitos pensam é extremamente positivo pois a planta sempre tenta armazenar reservas em seus frutos.
O vinho mostrou bela coloração cereja com muito brilho e alguma transparência. Ao girá-lo na taça podemos presumir pouco corpo e leveza. Seu aroma é sutil e traz algumas notas de fruta madura, couro e terra. No paladar é bem mais generoso do que no olfato. Macio, equilibrado, leve, com ótima acidez e taninos marcantes na medida correta. Boa persistência, final agradável com alguma lembrança mineral. É um estilo absolutamente diferente de fazer vinho. Gostei bastante.

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segunda-feira, 4 de abril de 2011

Tsantali - Retsina - 2009

Esse é o típico vinho comprado por um curioso do Mundo Vitis. Dificilmente alguém trocaria seu vinho tradicional do dia a dia ou do final de semana por uma experiência imprevisível com um rótulo desconhecido. Antes de comprar esta garrafa no Carrefour por R$17 executei uma pesquisa na web. O Retsina tem seu nome protegido por uma Denominação de Origem Protegida registrada na União Européia. Assim, outros vinhos que contenham alguma resina em sua composição, também existe na Austrália, podem ser chamados de Resinados mas não de Retsina. É produzido principalmente na região central da Grécia, sendo tradicional, emblemático e muito consumido em restaurantes típicos e festivais locais. Durante o processo de vinificação são adicionadas pequenas quantidades de resina de pinheiro ao mosto. O que hoje é uma técnica de fabricação já foi uma forma de garantir longevidade ao vinho. Conta a história que as ânforas onde era armazenado tinham suas tampas vedadas com resina de pinheiro, que acabavam conferindo o aroma e sabor característico.

Este Tsantali (relembre outro rótulo deste produtor) é fabricado com as uvas Roditis e Savatiano e possui 11,5% de alcool. Chama atenção a bela cor amarelo-ouro muito brilhante. No nariz é muito discreto, sendo que inicialmente mostra notas vegetais muito contidas. Com um
pouco mais de tempo na taça é possível perceber o aroma da resina. Com sabor bastante típico apresenta algo mineral, fresco, mentolado e picante. No final de boca um certo amargor tostado de curta persistência. Sinceramente esperava mais menta. Talves toda minha leitura preliminar tenha deixado uma expectativa muito grande quanto a tipicidade deste vinho, mas de qualquer forma a experiência foi muito válida.

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domingo, 25 de julho de 2010

Tsantali - Limno/Merlot - 2007

Algumas das inscrições mais antigas sobre vinhos datam de 2.500 a.c. na Grécia Antiga. Nesta época era utilizado não só como bebida, mas também como remédio. Era armazenado em ânforas e servido em copos dos mais variados formatos e tamanhos.
Atualmente a Grécia produz uvas para consumo in natura e vinho. As vinhas são cultivadas em quase todo o território greco com cerca de 250 variedades diferentes. Diante de tanta história eu não poderia ficar indiferente a bela garrafa na prateleira do Carrefour por apenas R$15,80.
Halkidiki é uma importante região produtora do norte da Grécia e Tsantali é o nome de uma tradicional família de vinicultores.
O vinho tem uma cor vermelho terracota, muito brilhante e sutil transparência. O aroma é muito frutado. No paladar apresentou-se suave e com pouca acidez. É um vinho muito divertido por ser leve e fácil de beber. Bastante diferente dos encorpados argentinos e chilenos que estamos acostumados. Foi uma agradável surpresa e pretendo experimentar outros rótulos gregos.


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