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terça-feira, 24 de março de 2015

258. Casa Amada - Cabernet Sauvignon - 2014

Agora meu amigo/compadre/irmão Fabiano também está trilhando os caminhos tortuosos para encontrar vinhos bons e baratos. Desta vez o cara acertou na mosca com esse ilustre desconhecido. Produzido pela famosa vinícola Casa Silva, uma das mais conceituadas e tradicionais bodegas do Chile, não tem nenhuma referência no site oficial. As pesquisas na web também mostram que este rótulo é absolutamente novo e, provavelmente direcionado ao mercado externo. Comprado no Muffato por R$19,90 é a verdadeira pechincha que todos procuramos.
Um vinho muito bem feito, simples, justo e com o claro propósito de ser o vinho do dia a dia.
Na taça é límpido, brilhante e vívido. Este Cabernet não é muito aromático mas possui o toque vegetal esperado nesta casta. No paladar é firme, regular, comportado e muito discreto. A grande sacada deste vinho realmente é sua modéstia. O winemaker estava totalmente convencido de que seu produto final seria apreciado pela grande parcela de consumidores do varejo.
Estou me sentindo muito bem por bebericar este vinho pensando em analisa-lo para esta postagem.... fazia tempo que isto não acontecia.


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segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

256. Latitud 33 - Syrah - 2011

Depois de sete meses sem postar nada no blog não fiquei surpreso por ter esquecido a senha de acesso.
Problemas técnicos a parte, o maior impeditivo para que eu simplesmente abandonasse a escrita sobre vinhos foi minha rotina diária. Neste período, não deixei de forma alguma de beber vinhos. Continuei experimentando e aceitando as mais diversas ofertas enológicas, bebericando e oferecendo minha modesta opinião sobre os diversos rótulos. Porém, as gêmeas estão crescendo e o Felipe está na fase mais crítica,  pois se acha um mini-homem absoluto e cheio de razão, com quatro anos. Nossa nova casa está quase pronta em contraponto a nossa conta bancária, que já está no vermelho. Depois de um período de muita apreensão meu novo emprego está se mostrando exatamente o que eu esperava e a expectativa agora é a melhor possível. Muitas novidades, novos amigos e colegas, estrepolias das crianças, são tantas coisas novas que decidi reativar o blog imediatamente para partilhar novamente minhas histórias.
Voltando para o assunto vinho, este Latitud 33 realmente é surpreendente. Muito simples e absurdamente honesto, traz todas as características positivas que eu aprecio: bom preço (cerca de R$30), discrição, equilíbrio e principalmente caráter.
Não é o tipo de vinho que arranca elogios rasgados entre os convivas, porém se torna unânime e uníssono no tocante ao conjunto harmonioso. Aos olhos é de cor intensa e brilhante. No nariz é capaz de oferecer um orgulhoso bouquet de frutas vermelhas e chocolate. Ao cair sobre a língua oferece ao palato um dulçor agradável e com ótima duração.
Realmente um vinho muito interessante.


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domingo, 28 de abril de 2013

252. Hemisfério - Cabernet Sauvignon - 2011

Comprei este rótulo na Wine.com por R$27 e posso afirmar que foi um bom negócio. Aliás, aqui vale uma consideração pois tenho utilizado frequentemente este portal para adquirir vinhos, algo muito possível pois o frete não é cobrado. A grande barreira para compra de vinhos on-line sempre foi o alto valor de entrega.
Produzido pela vinícola Miguel Torres é um varietal 100% Cabernet Sauvignon com uvas provenientes do Vale Central e metade da produção com passagem em barricas de carvalho francês por 06 meses. Tanto a madeira quanto seus 14% de alcool estão muito bem integrados ao conjunto. Não é dos mais aromáticos mas ainda assim entrega frutas negras frescas sobre uma sutil nota vegetal. Na boca mostra mais intensidade com bom corpo, final médio e bastante agradável. Gostei da proposta onde a passagem por madeira apenas afinou o vinho e não chegou a atribuir-lhe características de baunilha ou tabaco. O vinho é jovem, fresco, frutado e muito equilibrado. A indicação é de guarda entre 3 e 5 anos.
Outro ponto interessante é a preocupação da Miguel Torres com a sustentabilidade e o meio ambiente. A garrafa é bem mais leve que o habitual, a papelaria do rótulo é feita a partir de material reciclado e em suas vinhas utilizam técnicas de manejo orgânico.



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quarta-feira, 3 de abril de 2013

251. Balbo - Malbec - 2011

O risoto de funghi e os medalhões de mignon ao molho de mostarda não são um almoço tão complexo para se preparar. Quando feitos a quatro mãos, como eu e a Karla fizemos torna-se ainda mais tranquilo. O mignon seria feito na churrasqueira, mas com o tempo nada agradável com vento, chuva e um friozinho fora de época, o jeito foi colocar azeite e manteiga na frigideira e mandar bala na fritura. Sabemos que esta modalidade além de não ser a mais saudável, também provoca uma certa sujeira no fogão. Mas de qualquer forma o resultado foi melhor que o esperado e o conjunto da obra compensou a pequena bagunça na cozinha.
O companheiro para este saboroso almoço foi um Malbec simples e com ótima relação preço x qualidade. 
Com uvas provenientes do Valle de Uco, San Carlos e La Consulta, que possuem diferentes solos e climas o vinho é bastante correto. Sua cor mostra intensidade, pouca transparência e tonalidade rubi fechada. Aroma agradável trazendo boa fruta madura e alguma passa. O alcool inicialmente incomoda um pouco. Com mais tempo de taça, apesar do aroma diminuir de intensidade o vinho fica mais equilibrado. Não tem muito corpo porém apresenta persistência regular, o retrogosto traz um certo amargor que não encaro como defeito e sim característica deste jovem argentino.


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terça-feira, 26 de março de 2013

250. Cantine Di Ora - Nero D'Avola - 2010

Fazia algum tempo que eu não incluía uma nova variedade de uva no blog. Comprei este vinho de forma muito despretensiosa no Supermercado Mercadorama por R$16,50 e ele mostrou que realmente não vale mais do que isso.
A Nero D'Ávola é originária da Sicília e conhecida também como Calabrese. É cultivada principalmente no sul da ilha e é responsável por produzir ótimos tintos e participar do corte do famoso Marsala. Apresenta grande dificuldade de amadurecimento em regiões altas, sendo que regiões com maior predominância de calor e sol favorecem seu cultivo.
Não encontrei referências da Cantine di Ora na web, portanto esta marca passa como desconhecida pelo Mundo Vitis.
O vinho é bastante simples e todas as suas características organolépticas são discretas. Nos aromas de frutas vermelhas, ameixa e framboesa madura tentam destaque sem sucesso. Na boca é leve, com adstringência muito sutil e acidez baixa. É rápido em sua persistência e final trazendo novamente as frutas e algum vegetal (quase imperceptível). Gastronomicamente teríamos que classificar como tinto "bem" leve, para acompanhamento de pratos igualmente simples e pouco condimentados.



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quarta-feira, 6 de março de 2013

248. Messias - Bairrada - 2009

Mesmo depois de ter ido dormir muito tarde, próximo a uma da madrugada, acordei antes das seis horas. Dei mamadeira para as gêmeas, tomei banho e café, vesti o Felipe e preparei sua mochila. Poucas vezes me senti tão disposto e animado para começar um dia. Pena que o Felipe seguiu dormindo no caminho para a escolinha, normalmente nossas conversas são bem animadas e damos boas risadas. Poucas quadras após deixar o Felipe, observei um pequeno cachorro atravessando a rua, diminui a velocidade para não correr nenhum risco. Logo na sequencia veio outro carro que não gostou da minha atitude defensiva e levei uma bela buzinada. Não satisfeito o cidadão ainda gritou e xingou o pobre animal, seguiu cantando os pneus e acelerando muito. Fiquei com muita pena... não do cachorro mas do motorista. Aumentei o volume e segui com meu ótimo dia (estava escutando a música abaixo).
Este bom representante português é produzido pela Cave Messias. Fundada em 1926, com sede em Mealhada, região da Bairrada, iniciou comercializando aguardente. Anos depois adquiriu a Quinta do Cachão e passou a produzir vinho do porto. Atualmente fatura 9 milhões de euros anuais e exporta principalmente para o Brasil, Estados Unidos e Canadá.
Composto por Touriga Nacional, Baga e Merlot mostrou boa estrutura. Aroma muito sutil e frutado. Ótima acidez com taninos bastante marcantes, bem gastronômico. Final médio e retrogosto seco, mas agradável. Aproveito para agradecer o grande camarada Julio que me presenteou com esta garrafa.

Ben Harper & The Innocent Criminals - With my Own Two Hands


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sábado, 23 de fevereiro de 2013

244. Lindemans - Shiraz/Cabernet - 2009

Resolvi impor um pequeno desafio a minha capacidade de comprar vinhos de custo acessível. Com R$25 no bolso entrei na adega da Casa da Azeitona, em Curitiba, determinado em encontrar a melhor relação de qualidade até este valor. Inicialmente, por impulso, identifiquei alguns argentinos e chilenos bem interessantes. Logo percebi que ficaria relativamente fácil transitar entre estes compadres sul americanos, pois uma das suas principais características é agradar nosso viciado paladar oferecendo ótimos preços. Franceses e italianos bons e "baratos", quase lenda. Briga boa entre portugueses e espanhóis, principalmente por serem vinhos com muita personalidade e tipicidade. Mas ainda não era o desafio que esperava e continuei buscando. Parado diante da prateleira com a identificação da Austrália e observando os poucos rótulos disponíveis, lembrei que o blog também é bastante carente de exemplares da terra  dos cangurus. Assim, encontrei este Lindemans por R$26,50 e na minha grande inocência, imaginei que não seria difícil conseguir um descontinho de R$1,50 no caixa. Ainda bem que eu tinha algumas moedas no console do carro que fecharam o valor, caso contrário este post não existiria.
Henry Lindeman plantou as primeiras vinhas (Riesling, Verdelho e Shiraz) em 1843 na região de Hunter Valley, Austrália. Dez anos depois seu galpão de produção e adega estavam prontos , começando oficialmente a comercializar seus vinhos. Devido a grande expansão das atividades, em 1870 transferiu seus negócios para Sydney. Nas Olimpíadas de 2000 foi o vinho oficial do evento. Atualmente é um dos maiores produtores do país.
Este rótulo é produzido com o corte de Shiraz (65%) e Cabernet Sauvignon (35%) mostrando ótima coloração rubi e brilho intenso.  No aroma muita fruta com ameixa e cereja maduras, notas temperadas com baunilha e algum tabaco (muito sutil). Bom corpo, agradável ao paladar com taninos redondos e acidez muito equilibrada. Final médio.


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quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

243. Tsantali - Naousa - 2008

Este é o quinto vinho grego que passa pelo Mundo Vitis e foi oferecido pelo confrade Fabiano. Todos os anteriores também são do mesmo produtor (Tsantali) e foram comprados no Carrefour por preços bastante acessíveis. Assim se você gosta de conhecer e experimentar vinhos de várias regiões do mundo fica a dica.
A vinícola Tsantali foi fundada em 1890 por Evangelus Tsantalis no leste da Trácia (sudoeste da Europa que corresponte atualmente a Turquia). Em 1970 foi inaugurada a adega em Naousa (região central da Grécia e denominação de origem protegida) e três anos depois iniciou a exportação de vinhos. Desde 1996 é comandada pela terceira geração da família. 
Este Naousa 2008 é produzido a partir da uva Xinomavro e possui boa tipicidade. O solo calcário, arenoso e rico em magnésio onde as vinhas são cultivadas está presente no toque mineral incorporado ao conjunto do vinho. Nariz discreto com alguma fruta vermelha muito madura. A passagem por madeira é quase imperceptível, boa acidez e taninos com certo destaque. A indicação de servir a temperatura de 19 graus é uma curiosidade.


Indicações onde a Tsantali possui vinhas.




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segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

241. Lauquita - Merlot - 2010


Como fazia algum tempo que estava pesquisando e tinha alguns bônus disponíveis resolvi experimentar uma compra on-line de vinhos.
Utilizei o portal do Selo Reserva pois o namoro era antigo e achei que mereciam este privilégio. O desconto disponível em meu usuário era referente a convites que enviei para amigos sugerindo o site e praticamente serviu apenas para "quebrar" o frete. Cauteloso, optei por uma aquisição menos custosa e que contemplou três meias garrafas: o Lauquita Merlot, Lauquita Cabernet Sauvignon e o Sauvignon Blanc.
Produzidos pela chilena Lauca Wines no Vale do Maule, conta com mais de 600 hectares de vinhas e tem como "garota propaganda" a simpática lhama. A Lauquita é a linha de entrada da vinícola e sequer tem passagem por madeira. É o tipo de vinho fresco e jovem para ser bebido em até 2 anos.
Este Merlot mostrou boa tipicidade e muita simplicidade. Com coloração rubi escura muito fechada aparenta mais corpo do que realmente tem. Aroma vegetal contido que acabou não abrindo com o passar do tempo na taça. Ao paladar é bastante limpo, com certa picância (vegetal), com acidez média e taninos contidos. É um vinho simpático e bem feito, mas eu esperava um pouquinho mais. Vamos aguardar o Cabernet Sauvignon.



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sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

239. Reguengos - Alentejo - 2010


É produzido pela Carmim - Cooperativa Agrícola de Reguengos de Monsaraz, fundada em 1971 por um grupo de 60 viticultores.
Atualmente é a maior adega da região do Alentejo com capacidade de receber mais de um milhão e duzentos mil quilos de uvas por dia, envazar quinze mil garrafas por hora e armazenar até trinta e dois milhões de litros. Outro rótulo da Carmim que já passou pelo Mundo Vitis foi o Monsaraz (relembre).
Atualmente Portugal ocupa o quinto lugar em número de vinhos degustados aqui no blog, ficando atras de Argentina, Chile, Itália e Brasil. Porém, acredito que muito em breve esta situação será alterada, pois os exemplares portugueses mostram-se ótimas compras na relação preço x qualidade.
Produzido a partir das uvas Trincadeira (40%), Aragonez(40%) e Castelão (20%), mostra brilho e limpidez, além de uma coloração que denota muita jovialidade. Como bom representante alentejano apresenta aroma frutado intenso e cativante.
A cada novo gole recebemos o convite de nossa memoria olfativa para cheirá-lo e é quase um movimento automático levar a taça próximo ao nariz. Ao paladar já não é tão contagiante, mas ainda assim extremamente agradável. Taninos bem definidos e perceptíveis, acidez moderada e álcool sem destaque no conjunto. Corpo leve e equilibrado com final de média duração.
Um vinho bastante versátil e certamente um bom investimento para manter disponível na adega.



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quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

233. Salton Brut


No final de 2011 prometi que colocaria mais postagens sobre espumantes e afins aqui no blog. Não que eu tenha passado em branco as festas de final de ano, mas escrever sobre eles me pareceu uma tarefa bastante difícil. A época que são lembrados e bebidos está chegando novamente, assim decidi voltar a carga e estourar algumas rolhas.
Quando meu irmão Wesley chegou para o almoço de domingo abraçado em um saco gigante com ostras, visualizei a possibilidade de fazer a famosa e didática harmonização entre frutos do mar e espumantes. Confesso que sempre associei as ostras a cerveja bem gelada na beira da praia. Mas funcionou bem e até mesmo o velho e bom cervejeiro aprovou a combinação.
Este espumante da Salton é produzido a partir das uvas Chardonnay e Riesling com o método Charmat (este processo consiste na segunda fermentação em tanques pressurizados  enquanto que no método Champenoise a segunda fermentação é feita na própria garrafa). Na taça cor brilhante de um palha de média tonalidade. Boa formação de espuma e bolhas. Aromas discretos de flores e frutas cítricas. Na boca é seco, acidez interessante e bastante refrescante. 
Outra questão que sempre causa dúvida é com relação a característica Brut, Extra-Brut, Demi-Sec, etc. Esta classificação refere-se a quantidade de açucar em gramas por litro e a ordem do "seco" para o "doce" é a seguinte:
- Nature: 0 grama/litro de açúcar
- Extra-brut: até 6g/l de açúcar
- Brut: até 15g/l de açúcar
- Extra-dry: entre 12-20g/l de açúcar
- Sec: entre 17-35g/l de açúcar
- Demi-sec: entre 33-50g/l de açúcar
- Doux: acima de 50g/l de açúcar

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sexta-feira, 16 de novembro de 2012

231. Antaño - Crianza - Rioja - 2007


Ufa! Finalmente consegui um tempinho para escrever algumas linhas no blog. Agora que as meninas já estão em casa e conseguimos estabelecer uma certa "rotina", vou tentar tirar as anotações do celular e organizá-las por aqui. 
Este espanhol foi bebericado na noite do meu aniversário em setembro. É produzido pela Bodegas y Viñedos Marqués de Carrión, fundada em 1890 inicialmente para exportar para a vizinha França. Atualmente produz vinhos com mais de 10 denominações de origem, sendo sua marca registrada a alta qualidade dos produtos com preços bastante justos. Empregando muita tecnologia, diversificando na linha de produtos e atuando em mais de 130 países a Marqués de Carrion se consolida como a maior indústria de vinho e suco da Espanha. Produzido com Tempranillo, Mazuelo, Graciano e Garnacha tem passagem de 18 meses em barris de carvalho, mostrando ótima coloração, de um rubi escuro e intenso. No nariz frutas vermelhas, amendoas, frutas secas e algo esfumaçado, muito sutil. No paladar o que mais impressiona é a maciez dos taninos, o equilíbrio na acidez e o final incrivelmente agradável, trazendo alguma lembrança de cacau (torrado!).
Um vinho com estas características e com seu preço entre R$20  R$25 é realmente um achado.
Agradou e impressionou a todos.

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quarta-feira, 10 de outubro de 2012

228. Casas Patronales - Reserva Particular - Carmenere - 2008


O tempo realmente é implacável. Este já é o terceiro post para registro, além do vinho, da data do meu aniversário. Em setembro de 2010 o blog ainda engatinhava na web com seus quatro meses de vida, enquanto o rótulo era apenas o segundo vinho francês que eu experimentara. A história daquele post é bastante particular e não consigo esconder um sorriso sempre que a recordo (relembre).
Já em 2011 o momento foi muito diferente pois eu havia mudado de emprego, o Felipe completará dois anos e a comemoração foi com um delicioso jantar com a primeira dama. Tudo perfeito, inclusive o vinho (relembre). Este ano também foi diferente e animado, pois meus grandes parceiros de taça apareceram em  minha casa para o brinde. Os compadres Adriano e Fabiano, os amigos Junior e Jeferson, bem como suas respectivas famílias preencheram o ambiente com muita conversa e boas risadas. Também não posso esquecer a presença do meu sogro e sogra, obrigado a todos! 
Entre os vários rótulos da noite o primeiro foi um Reserva Particular Carmenere da Casas Patronales. Com uvas plantadas na região chilena do Vale do Maule, famoso por seu solo argiloso e clima tipicamente andino. Extremamente aromático, trazendo frutas escuras, ameixa preta, tabaco e também notas de baunilha. Na boca continua entregando muita fruta (agora compotada), especiarias sobre um fundo amadeirado. 
Inicialmente a madeira parece sobrepor o conjunto, mas a medida que o vinho é aerado o equilíbrio é restabelecido  O final é prolongado e agradável. Indica estágio de 12 meses em barricas de madeira e potencial de guarda de 5 anos. Um ótimo vinho, talvez o melhor da noite.

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quarta-feira, 26 de setembro de 2012

227. Las Moras - Malbec - 2011


Alguns itens importantes para abrir este post: primeiro paguei R$18 nesta garrafa na Casa da Azeitona, certamente uma pechincha. Segundo, eu já havia experimentado outro rótulo da Finca Las Moras, também Malbec porém Reserve, com passagem por madeira (relembre). Como último e mais importante detalhe, este é o vinho inaugural de minha nova adega climatizada. O modelo da Electrolux para oito garrafas foi meu presente de aniversário antecipado e não tenho palavras para agradecer minha cara metade por mais esta surpresa! Inicialmente pode parecer que uma adega para oito ou doze garrafas é insuficiente no quesito quantidade. Mas quando evocamos o saudoso Saul Galvão e lembramos de uma famosa frase sua "Garrafas de vinho devem ser abertas e não guardadas", certamente pensamos melhor no assunto armazenamento. Recordo ainda que o ponto alto de minha coleção de vinhos foi quando retornamos do Vale dos Vinhedos e somei 18 garrafas em minhas fileiras. Não duraram três meses. Vamos ao vinho...
Este Malbec faz parte da linha de entrada da Finca Las Moras que também disponibiliza outros varietais nas cepas Bonarda, Cabernet Sauvignon, Shiraz, Shiraz Rosé, Chardonnay, Sauvignon Blanc, Viognier e Pinot Grigio. Apesar de ser bastante básico mostra em sua produção com garrafa, rótulo e fecho uma ótima apresentação. A rolha mesmo sendo sintética é de boa qualidade. Visualmente límpido, brilhante e com bela cor rubi  escura. Formação de lágrimas grossas que escorrem lentamente pelas paredes da taça. Aroma frutado intenso trazendo frutas negras maduras, cravo com alguma nota herbácea ao fundo, muito discreta. Na boca mostra intensidade com taninos equilibrados e boa acidez. Encontrei uma promoção na Adega Curitibana deste rótulo por R$30 duas garrafas, vale muito a pena.

Sobre a adega climatizada fica uma dica para a compra de produtos da Electrolux via e-commerce. No programa chamado "Quem indica amigo é" funcionários oferecem senhas de acesso e compra com descontos interessantes. Abaixo algumas senhas para o caso de consultas e compras.
0026783012756 ou
0026783012725 ou
0026783012718

PS.: caso apresente mensagem que as senhas já foram utilizadas posso fornecer outras.


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terça-feira, 18 de setembro de 2012

225. Santa Carolina - Shiraz - 2011

Faltam três semanas para a chegada das gêmeas. A ansiedade fica evidente quando tento escrever algum fato ou história interessante para abrir a postagem. Na minha cabeça passam apenas fraldas, chupetas, mamadeiras, noites insones e toda a logística que teremos que criar para atender estes dois anjinhos que teremos a felicidade de receber. O Felipe também sentiu a proximidade das meninas e já demonstra alguns sinais claros de ciúmes. Com seu reinado acabando aumentam as manhas, choros, pedidos de colo e dificilmente consigo fazer alguma coisa em casa sem que ele esteja junto. A Karla demonstra que a reta final se aproxima com muitas dores e cansaço. Mas todas estas dificuldades passageiras são pequenas se comparadas a enorme alegria que tomou conta de nossa casa e de nossa família.
Este vinho foi bebericado no chá de fraldas e apenas agora consegui tempo para comentá-lo. Me chamou a atenção eu nunca ter visto a uva Shiraz na linha Reservado desta vinícola chilena. É um vinho simples, honesto e com uma proposta bastante clara: passar juventude e frescor. Muita fruta e temperos negros nos aromas. Na boca alguma intensidade com acidez e taninos em harmonia. Acredito que apenas o alcool ficou um pouco destacado, mas posso até creditar isso a temperatura incorreta de serviço, pois deveria tê-lo resfriado um pouco mais.


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terça-feira, 4 de setembro de 2012

224. Redondo - Alentejo - 2009

O Alentejo talvez seja a maior e mais famosa região vitivinícola de Portugal. No passado suas vinhas foram cultivadas por fenícios e romanos, agora são os grandes produtores e cooperativas que comandam a maior fatia da produção de vinhos. As principais características desta região são as extensas planícies e o clima mediterrâneo. Possui várias sub-regiões, sendo que na DOC Redondo a composição dos vinhos tintos deve seguir as seguinte determinação: Alfrocheiro, Aragonez (Tinta Roriz), Castelão, Tinta Caiada e Trincadeira, no conjunto ou separadamente com um mínimo de 70%, Alicante Bouschet, Cabernet Sauvignon, Carignan, Grand Noir e Moreto.
Este rótulo é produzido pela Roquevale Sociedade Agrícola da Herdade da Madeira e possui a indicação das castas Aragonez, Castelão, Moreto, Trincadeira sem mencionar as proporções exatas. A Roquevale passou a produzir com sua própria marca a partir de 1989 com uvas provenientes de duas propriedades: Monte Branco e a Herdade da Madeira Nova de Cima. Atualmente exporta cerca de 15% de sua produção para países como Macau, Filândia, Holanda, Luxemburgo, Bélgica e Brasil.
O vinho mostrou-se bastante equilibrado e versátil. Na cor rubi com nuances em granada, limpidez e ótimo brilho já demonstra elegância.
Aromas frutados com notas maduras e algum caramelo bastante contido. Na boca apresenta boa estrutura e tanicidade interessante. Leve, descomplicado e que pode acompanhar uma boa conversa sem ficar chato.


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quarta-feira, 1 de agosto de 2012

218. Etchart - Privado - Malbec - 2010

A Bodegas Etchart foi fundada em 1850 em Cafayete, província de Salta. Situada na base da Cordilheira dos Andes, a 1.800 metros de altitude, teve a uva Torrontes (branca) como as primeiras mudas plantadas. Posteriormente adquiriu vinhedos em Luján de Cuyo (Mendoza) sendo considerada uma das mais importantes vinícolas da Argentina. Nos anos 90 foi vendida ao grupo frances Pernord Ricard.
Este rótulo "Privado" é uma linha básica e possui uma apresentação bastante simples. Com indicação de 100% Malbec não tem passagem por madeira.
Na taça mostra cor violeta de boa intensidade. Aroma frutado com ameixa preta, passas e cassis. No paladar decresce e não demonstra a mesma característica aromática. Também incomoda o excesso de açúcar (residual) que deixa o vinho chato. Sinceramente não gostei. Tentarei repetir este rótulo para dar uma segunda chance a esta renomada vinícola.
Experimentei este vinho quando jantamos no Restaurante Dona Ambrozina, famoso pelo seu buffet de sopas aqui em Curitiba.

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segunda-feira, 16 de julho de 2012

213. Maestri Cantinieri - Montepulciano D'Abruzzo - 2010


Maestri Cantineli é umas das várias linhas da gigante italiana Casa Vinicola Caldirola. Já comentei um Chianti (relembre) desta vinicola e fui bastante duro na avaliação. Inclusive eu ter comprado outro vinho deste produtor foi uma espécie de "segunda chance". Este Montepuciano também comprei no Supermercado Muffato e paguei cerca de R$20.
A região de Abruzzo está na parte centro-oriental da Itália, formada por um extenso conjunto de montanhas e colinas. Possui clima marítimo e continental, com temperatura média anual variando entre 8 - 12 graus nas montanhas e 12 - 16 graus na região costeira (Mar Adriático).
É claro que são uvas e regiões diferentes, que produzem vinhos com características bastante distintas. Apesar de ser mais intenso que o Chianti, este Montepulciano parece ter a mesma característica negativa: falta personalidade. Mostra coloração fechada e brilhante. Aroma levemente frutado e algumas notas mais rústicas (musgo, couro e palha seca) bem distantes. Na boca as notas acima desaparecem. Isto causa certa confusão nos sentidos pois pelo aroma era esperada mais intensidade no sabor. Apesar disso é um vinho que deve funcionar gastronomicamente com massas de molho branco e pratos menos pesados a base de carne branca (frango).

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domingo, 8 de julho de 2012

211. Santa Carolina - Cabernet Sauvignon - 2010

Utilizar um determinado material para cada ano e indicar esta etapa com uma comemorção faz parte da cultura ocidental. Completando doze anos de casamento estamos (eu e a Karla) fazendo "Bodas de Seda". Passamos pelos últimos anos (alumínio e aço) com ótimas perspectivas e curtindo o crescimento do Felipe. Para os dois próximos anos (renda e marfim) o propósito é o mesmo, mas agora além do Felipe as gêmeas Marina e Larissa entraram nos planos. Deixamos o baixinho na casa da Vovó e partimos para um tranquilo jantar comemorativo. A dúvida estava entre comida japonesa e o fondue, mas a noite gelada de Curitiba decidiu por nós.
O restaurante Petit Chateau fica em Santa Felicidade, bairro sinônimo de gastronomia em Curitiba. Fundado em 2007 possui ótimas opções no meu a la carte e no inverno o tradicional rodízio de fondue. Este último inicia com o de queijo, acompanhado de pães e batatas, seguido pelo fondue de carne, frango e lombo suíno com vários tipos de molhos. O fechamento fica por conta dos doces: chocolate preto, branco e doce de leite com diferentes frutas e marshmallows. O único detalhe que o restaurante pode melhorar é a calefação, pois em noites frias com janelas fechadas o ar fica bastante pesado, principalmente pela "fritura" do fondue de carne.
Como a Karla não esta bebendo e ainda buscaríamos o Felipe a opção para o vinho ficou na meia garrafa. Diante de poucas opções escolhi o Santa Carolina - Cabernet Sauvignon - 2010. Confesso que fui bastante conservador pois o vinho esta noite estava em segundo plano.
De qualquer forma não decepcionou e mostrou-se digno representante dos cabernets chilenos. Sutil e discreto nos aromas (frutados). Na boca é leve, com a mesma fruta discreta do nariz, taninos suaves e agradável retrogosto. Eu já havia experimentado este vinho em outras oportunidades e realmente merece a fama de campeão de vendas nos supermercados. Já comentei um outro Santa Carolina no blog (relembre).

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sábado, 30 de junho de 2012

210. Mercedes Eguren - Syrah - Tempranillo - 2009

Finalmente a "confusão" causada pelo Toro Loco (relembre) parece ter acabado. Apenas atualizando quem eventualmente não acompanhou esta saga: fiz um post sobre este vinho algumas semanas antes dele ser escolhido um dos melhores do mundo em um evento na Grã-Bretanha. Não teria nada de especial não fosse seu preço muito menor do que seus adversários na degustação as cegas. Recebeu ainda um empurrão da mídia, leia-se internet, e o "sururu" estava formado. Recebi centenas de mensagens e dezenas de comentários de todos os tipos, além de quase 5 mil visitas ao blog em apenas duas semanas.
Quanto a este outro espanhol é produzido pela Bodega Eguren Ugarte. A família Ugarte está no mundo do vinho desde 1870 e possui suas raízes na região de La Rioja Alavesa. O site vale uma visita.
Este bi-varietal (50% Syrah e 50% Tempranillo) é muito interessante e de boa estrutura. Aroma frutado, levemente adocicado com um fundo que lembra caramelo. No retrogosto traz alguma baunilha e tostado (muito sutil, quase imperceptível). Não mostra defeitos, fácil de beber, com boa acidez para a gastronomia.
Esta garrafa, como tantas outras, foi um oferecimento do compadre Anderson e também não encontrei nenhuma referência deste rótulo para compra no Brasil.

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