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domingo, 14 de outubro de 2012

230. Don Pascual - Tannat - 2010


O Uruguai ocupa a 27a. posição no ranking mundial de produção de vinhos, sendo a variedade Tannat o grande ícone do país. Ela aparece em mais de 30% dos rótulos e normalmente produz caldos escuros, potentes e com altos níveis de tanino. O Don Pascual certamente é um dos vinhos uruguaios mais vendidos no mundo. Foi lançado em 1996 sendo seu nome uma homenagem a Don Pascual Harriague, um dos grandes responsáveis pela introdução da Tannat no país. O Estabelecimento Juanicó, pertencente ao Grupo Deicas, possui mais de 250 vinhedos espalhados em 350 hectares nas regiões de Canelones, Paysandu e San José. Atualmente é considerado monumento histórico pelo Ministério de Educação e Cultura do Uruguai. Sua linha é composta por 30 vinhos diferentes e aqueles com característica de consumo ainda jovem são todos com tampa rosqueável. O Don Pascual Tannat 2010 tem cor escura, fechada de um rubi intenso e com certo brilho. O aroma é bastante contigo com notas de ameixa em compota e temperos escuros. Na boca a adstringência é evidente, os taninos são firmes e presentes, seco, com final médio de boa intensidade. Aredito que seja um ótimo exemplo de Tannat para que quer conhecer as características do vinho uruguaio. Também é acompanhamento ideal para um suculento churrasco.

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segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

174. Ysern Roble - Tannat/Tannat - 2008

Produzido pela Bodegas Carrau, tradicional produtor uruguaio de vinhos, é composto 100% com uvas Tannat. Sua particularidade está na utilização de vinhedos distintos: parte da região de Cerro Chapéu, com solo arenoso e clima continental; e parte de Las Violetas que possui solo argiloso e clima marítimo. Esta linha faz referência a Margarita Ysern, esposa de Jaime Carrau, patriarca e fundador da vinícola nos idos de 1700. Estagia em barricas de carvalho por nove meses e apresenta indicação de guarda de cinco anos.
Na taça mostra uma coloração menos intensa demonstrando visualmente pouco corpo, porém com boa formação de lágrimas. No aroma alguma fruta (framboesa), côco, tabaco e madeira. Boa acidez e taninos bastante contidos. Final curto, seco com o tostado em destaque. É um vinho fácil de beber. O que chama a atenção além do pouco corpo é sua personalidade tranquila, bem diferente dos Tannat uruguaios que estou acostumado a beber.

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domingo, 23 de outubro de 2011

142. Filgueira - Tannat - 2007

Pesquisando sobre a Bodega Filgueira na web encontrei uma curiosidade sobre o vinho no Uruguai: dos 100 milhões de litros produzidos apenas 10% são de vinhos finos, mas diferente do Brasil, os 90% restantes são de mesa porém feitos a partir de vitis-vinífera e não espécies americanas e híbridas. Outro fator que chama atenção é a sua localização, pois está na mesma latitude que as melhores regiões vitivinícolas da Argentina, Chile, Africa do Sul e Austrália. O país apresenta consumo de aproximadamente 33 litros anuais por habitante, enquanto que no Brasil, por exemplo, chega a duras penas nos 3 litros. Neste último item posso garantir que tenho pessoalmente tentado melhorar os números nacionais. Quanto a pequena Bodega Filgueira é bastate preocupada com a qualidade e no site indica várias certificações entre elas a 9.000 e 14.000. Esta última totalmente voltada totalmente ao sistema de gestão ambiental. Está localizada na região sul do Uruguai e possui cerca de 80 anos.
O vinho é escuro, fechado, com pouco brilho e transparência. No aroma muita fruta vermelha madura, baunilha e terra molhada. É interessante pois seu bouquet é complexo ao ponto de não conseguir identificar as últimas notas (terra molhada?). No paladar a primeira impressão traz taninos suavizados pela madeira, mas certamente eram agressivos e selvagens antes da passagem por barricas. Boa persistência com final longo e agradável. Indica passagem por barricas sem informar a proporção e tempo de guarda de 8 anos. Cortesia do compadre Adriano.


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domingo, 16 de outubro de 2011

139. Marichal - Merlot - 2006

Este rótulo uruguaio apresentado pelo compadre Fabiano foi uma grata surpresa. Composto 100% de uva Merlot é produzido pela Bodega Marichal e Hijos, fundada e 1938 em Etchevarría, Canelones, sul do Uruguai. Atualmente é comandada pela quarta geração da família que colhe os frutos de uma administração sempre voltada para a qualidade e nunca a quantidade. Possui reservatórios subterrâneos com capacidade de 250 mil litros e aproximadamente 50 barricas de carvalho francês e americano. A vinícola mantém suas características nas raízes familiares com apenas 26 funcionários (na época da colheita sobre para 60).
Sem nenhuma relação com a família Marichal mas com aquela pontada provocativa, me veio lembrança da "briga" entre Argentina e Uruguai pelas origens do tango. Basta ver o recalque dos hermanos quanto a famosa "La Cumparsita" composição do músico uruguaio Gerardo Matoz Rodrigues que é considerado o tango mais difundido no mundo (lembre dele aqui).

A região de Canelones possui solo argiloso, calcário e permeável, com clima bastante temperado (dias ensolarados e noites frescas). Está a menos de 30 quilômetros do oceano Atlântico o que coloca uma suave brisa marinha a sua disposição. Em seus vinhedos também são cultivadas a Tannat, Cabernet Sauvignon, Pinot Noir, Chardonnay, Semillón e Sauvignon Blanc.
Inicialmente o vinho mostrou uma seriedade excessiva com aroma muito fechado. Somente após quinze minutos começou a abrir um discreto bouquet. Visualmente de cor escura, pouca transparência e com halo aquoso bastante evoluido, mostrando sua idade. Eleganárioste, intenso e com ótimas camadas gustativas que vão se sobrepondo gradativamente. Certamente teríamos conseguido mais de suas características com uma aeração prévia. Acredito que seu preço esteja na faixa de R$20.


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segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Traversa - Merlot - 2008

Passar um final de semana sem tomar vinho é tarefa hercúlea para quem gosta do nectar de baco. Nesta época do ano são jantares, churrascos, amigo secreto, muitos eventos onde a cerveja está sempre em primeiro plano. De qualquer forma abrir esta garrafa de vinho na segunda-feira a noite amenizou minha ansiedade e trouxe uma boa surpresa.
O Grupo Traversa está em franca expansão e coloca o vinho uruguaio em alguns mercados pouco tradicionais nas exportações como o Japão, Russia e China. Pelo que percebi pesquisando na web, estão investindo pesado em marketing e participações nas feiras internacionais. Outro fator importante foi adaptar as embalagens para cada diferente mercado. Para a Rússia, por exemplo, apresentou a venda do Bag-in-Box de três litros, já que os russos costumam beber maior quantidade, pois estão acostumados com bebidas com alto teor alcoolico.
Quanto ao vinho mostrou cor entre o rubi e o grená. Apesar do tom terroso mostrou bom brilho e alguma transparência. É bastante chorão e formou grande quantidade de lágrimas nas paredes da taça. Não é dos mais aromáticos, mas trouxe alguma fruta principalmente ameixa e amora pretas. Algumas notas vegetais muito sutis também estão presentes. No paladar superou o olfato e surpreende com a firmeza dos taninos e a acidez na medida certa. No final de boca apresenta um leve amargor que não compromete o conjunto. Possui persistência média e o alcool não se destacou em nenhum momento. Para finalizar paguei R$12 a adega Angeloni.

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quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Los Teros - Merlot - 2008

Comprei esse vinho por R$10 no hipermercado BIG em Joinville. Não foi nada fácil conseguir informações sobre ele na web. O contra rótulo indica que é um produto da Vinícola Aurora e na rolha traz também essa personalização. Porém no site da vinícola nenhuma referência, sequer ao empreendimento no Uruguai. Utilizando o endereço no rótulo cheguei ao site da Bodegas e Vinedos Fallabrino. Naveguei por todo o site e nada, nenhum comentário ou texto sobre parceria com a Aurora ou sobre esse rótulo.

O rótulo traz a simpática figura do quero-quero
ou tero como é chamado no Uruguay.

Aproveitei e atualizei meus conhecimentos sobre o vinho no Uruguay, onde até a década de setenta as uvas americanas eram predominantes. Já no início dos anos noventa, os produtores uruguaios começaram a investir em cepas nobres como a Tannat, a Cabernet Sauvignon, a Merlot, a Cabernet Franc, a Syrah e a Pinot Noir (tintas), a Sauvignon Blanc, a Chardonnay, Viognier, Sémillon, Gewürztraminer, Riesling e Ugni Blanc (brancas). Também foi criado o Instituto Nacional de Vitivinicultura e foram estabelecidas regras de produção e qualidade. A uva emblemática desse país é a Tannat que encontrou condições ideais para seu desenvolvimento. As principais regiões produtoras são Canelones, Montevideo e San Jose.

Quanto ao vinho, acredito ser uma boa opção para o consumo do dia a dia. Não vou colocar impressões detalhadas pois na verdade não degustei e sim "bebi" esta garrafa. É um vinho simples, possui cor escura e intensa. Não é dos mais aromáticos. Com pouco corpo, baixa acidez e retrogosto "amigável" é fácil de beber (...até demais!).

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segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Solar del Paso - Tannat - 2009

Esse é o primeiro rótulo uruguaio do ..::Mundo Vitis::..!
Encontrei referências na web indicando a produção deste vinho pela Cooperativa Vinícola Aurora. Pelo que consta foi instalada naquele país buscando ampliar sua linha de vinhos finos. O empreendimento foi bem sucedido e atualmente é uma das maiores exportadoras do Uruguai. Produz também o varietal Marcus James de corte Cabernet Sauvignon-Tannat, além do super-premium Solar del Paso Tannat-Merlot que é comercializado no Brasil e também para o mercado europeu.
Instalada na província de Canelones, no sul do país, é a segunda região mais populosa imediatamente após Montevideo, com quem faz fronteira. As principais cepas cultivadas são a Tannat, Cabernet Sauvignon, Pinot Blanc, Sauvignon Blanc, Chardonnay, Cabernet Franc e Merlot.
O vinho na taça apresentou cor rubi pálida, absoluta limpidez e certa transparência. Boa formação de lágrimas: espaçadas, lineares e lentas. Aroma bastante discreto, melhorou um pouco com 1/2 hora de oxigenação, lembrando frutas vermelhas muito maduras. Não percebi presença de madeira. Com taninos macios (demais!), 12% de alcool e final médio, não foi exatamente o que eu esperava. Apesar de não encontrar nenhuma referência nos rótulos da garrafa acredito que não seja 100% Tannat, talvez um corte com Merlot (ou Cabernet Franc, esta combinação menos provável).
Convidativo mesmo somente o preço de R$10,80.

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