segunda-feira, 28 de março de 2011

Vezzani - Primitivo di Salento - 2009

Na adolescência muitas vezes fazemos amizades com algumas pessoas porém com interesse em conhecer outras. Ficar amigo da irmã, prima ou outras colegas da garota que se quer paquerar é um artifício muito utilizado. Esta é uma forma discreta e na maioria das vezes eficiente de conhecer e aproximar-se. Se isto é correto ou não, já são outros quinhentos. Utilizar estratégias para alcançar o que queremos é um exercício de inteligência e criatividade.
Já faz algum tempo que venho pesquisando sobre a Zinfandel, tipo de uva que encontrou na Califórnia o ambiente ideal para demonstrar toda sua qualidade. O grande problema é que os rótulos dos Estados Unidos, principalmente com esta cepa, alcançam preços demasiadamente altos por aqui. Assim, utilizando a estratégia de aproximação, parti para a Primitivo, sua parente italiana.

Pensando no inconfundível formato que a Itália possui, Salento, que faz parte do território de Puglia (Apúlia), fica exatamente no salto da bota.

Quanto a Vezzani, cantina produtora deste rótulo, continuo buscando informações na web, mas ainda sem sucesso (relembre outro vinho desta vinícola).
Já o vinho foi uma grata surpresa. Possui uma coloração escura, forte e com pouco brilho. Chamou atenção sua viscosidade quando permanece "agarrado" as paredes da taça, formando lágrimas grossas e lentas.
No nariz muita fruta vermelha madura e couro. Conforme foi evoluindo durante a decantação de 1/2 hora mostrou algumas notas herbáceas que não consegui definir (!). No paladar o primeiro ataque dos taninos é bastante marcante e causa adstringência excessiva. Baixa acidez, final médio e bom corpo. Acredito que pode descansar por mais dois ou três anos. O alcool (13%) não destacou em nenhum momento. Agora além da curiosidade sobre a Zinfandel, também pretendo experimentar outro rótulo da Primitivo com mais "pedigree".
Esta garrafa comprei por R$17 na rede Carrefour.






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