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segunda-feira, 4 de março de 2013

247. Canepa - Novísimo - Carmenere - 2011

Outro dia, conversando com um conhecido, ele reclamava de sua posição na empresa em que estava trabalhando. Foi contratado para exercer a função de gerente de contas e ainda coordenar a equipe de atendimento ao cliente. Com muita experiência na área, conhecimento técnico de sobra, ótimo perfil para cativar e fazer as pessoas trabalharem em equipe, nada poderia dar errado. Ledo engano. Pelo que pude entender a empresa não estava preparada para ter mais um gerente em suas fileiras e foi "achatando" o seu espaço até colocá-lo no mesmo nível de todos os outros funcionários. Olhando de fora, acredito que o erro foi dos dois lados: dele, por não ter se posicionado corretamente, assumindo o papel de gerente e exigindo o cumprimento do que foi firmado em sua contratação e da empresa, por não cumprir com o acordado e ainda colocar de lado uma peça importante da engrenagem corporativa. Ambos estão perdendo.
Após este meu rompante a la Max Geringer, voltemos ao vinho.
A Viña Canepa tem o início de sua história em 1930 quando Giuseppe Canepa chega ao Chile e encontra neste país o terroir ideal para suas vinhas. No anos 80 foi umas das pioneiras na implantação de tanques de aço inoxidável na produção de vinhos. Em 2007 firmou uma parceria estratégica com a gigante Concha y Toro que possibilitou a aquisição de novas tecnologias e elevou seu status para uma corporação de nível mundial.
O Novísimo Carmenere 2011 é um vinho que reflete muito bem o estilo jovem e moderno da Canepa. Na taça é intenso e brilhante. Apresenta aroma frutado com ameixas, cerejas e amoras. Algumas notas mentoladas dão um toque de frescor e vivacidade. Na boca continua sua mostra alegre com taninos macios e acidez contida. Final médio e agradável. Indicação de corte com 85% de Carmenere e 15% de Cabernet Sauvignon com potencial de guarda de 3 anos.


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sábado, 2 de março de 2013

246. Luis Felipe Edwards - Gran Reserva - Carmenere - 2011

Este é o segundo rótulo desta vinícola que passa pelo Mundo Vitis. O anterior foi um Cabernet Sauvignon Reserva muito bem feito e que entregou boa qualidade (relembre). Também naquele post escrevi algumas linhas sobre a  Luis Felipe Edwards, que atualmente possui um complexo vinícola com capacidade de produção de 25 milhões de litros. Possui vinhas em Conchagua, Leyda, Maule e Casablanca, seu escritório (administração e exportação) está em Santiago e a unidade de produção está em San Jose Puquillay, sul do Colchagua. O vinho ícone da LFE é o Doña Bernarda, um Cabernet Sauvignon com pequenos cortes de Carmenere, Syrah e Petit Verdot, que tem suas proporções alteradas a cada ano de produção. Logo abaixo estão os premium LFE900 (também um corte) e o Marea de Leyda (Pinot Noir).
Quanto ao nosso Carmenere Gran Reserva, que também é conhecido como Reserva de Família, está posicionado na terceira escala hierárquica da linha da vinícola. É produzido com uvas selecionadas provenientes do Vale Colchagua, conhecido por seu clima mediterrâneo com forte influência da brisa marinha e dos ventos dos Andes. Somado ao bom índice pluviométrico e as altas amplitudes térmicas, torna-se região ideal para frutos carregados de sabor e aromas. A garrafa é pesada e o rótulo bastante discreto, tendo indicação de 100% Carmenere. No aroma trouxe um pequeno destaque para o álcool, indicando que deveria ser aerado ou talvez devesse descansar mais algum tempo na adega. Frutas vermelhas maduras, baunilha e algumas notas vegetais discretas sobre um fundo que lembra tabaco. Ao paladar mostrou intensidade, volume e certo "calor". Bom corpo com final bastante persistente, deixando retrogosto amadeirado e agradável.


Doña Bernarda a frente da ótima linha de produtos da LFE.



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sábado, 13 de outubro de 2012

229. De Martino - Legado - Carmenere - 2010


Elas chegaram! 
Hoje, 13 de outubro de 2012 o jardim de nossa família ficou mais colorido, nossas duas florzinhas nasceram! A Larissa com pouco mais de dois quilos e a Marina com um quilo e oitocentas gramas vieram ao mundo perfeitas e com muita saúde. Nossa mamãe foi guerreira durante toda a gestação e apesar de um pequeno susto na recuperação pós-anestesia também está super bem. Todos estamos bem e muito felizes. Obrigado aos amigos e família que ajudaram e pensaram positivo nestes últimos meses.
O primeiro a chegar na maternidade foi o compadre Adriano e sua esposa Ana, eles são os padrinhos da Larissa e cancelaram a viagem no feriado para participar deste momento tão especial de nossa família. Assim, não poderia fazer este post com outro vinho que não fosse o presente que recebi deles (Adriano e Ana) em meu aniversário mês passado.
A Vinícola De Martino foi fundada em 1934 pelo italiano Pietro De Martino Pascualone. Atualmente a terceira e quarta geração da família é que conduzem a propriedade com mais de 300 hectares. A característica mais marcante deste produtor certamente está em seus vinhedos cultivados com modernas técnicas orgânicas. Com práticas sustentáveis como tratamento e reaproveitamento da água, redução da emissão de carbono e agricultura biológica, tornou-se referência na produção de vinhos orgânicos no Chile. Este rótulo é feito com 100% Carmenere de vinhas plantadas entre 1992 e 1998. É um vinho de coloração muito fechada e escura. O aroma é contido, sério, que lembra frutas negras maduras com cassis sobre um fundo sutil de tabaco. Na boca repete a sobriedade do olfato. O retrogosto de média persistência remete a uma última nota de baunilha. Certamente mais dois ou três anos de garrafa fariam muito bem a este ótimo representante da casta ícone do Chile.

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quarta-feira, 10 de outubro de 2012

228. Casas Patronales - Reserva Particular - Carmenere - 2008


O tempo realmente é implacável. Este já é o terceiro post para registro, além do vinho, da data do meu aniversário. Em setembro de 2010 o blog ainda engatinhava na web com seus quatro meses de vida, enquanto o rótulo era apenas o segundo vinho francês que eu experimentara. A história daquele post é bastante particular e não consigo esconder um sorriso sempre que a recordo (relembre).
Já em 2011 o momento foi muito diferente pois eu havia mudado de emprego, o Felipe completará dois anos e a comemoração foi com um delicioso jantar com a primeira dama. Tudo perfeito, inclusive o vinho (relembre). Este ano também foi diferente e animado, pois meus grandes parceiros de taça apareceram em  minha casa para o brinde. Os compadres Adriano e Fabiano, os amigos Junior e Jeferson, bem como suas respectivas famílias preencheram o ambiente com muita conversa e boas risadas. Também não posso esquecer a presença do meu sogro e sogra, obrigado a todos! 
Entre os vários rótulos da noite o primeiro foi um Reserva Particular Carmenere da Casas Patronales. Com uvas plantadas na região chilena do Vale do Maule, famoso por seu solo argiloso e clima tipicamente andino. Extremamente aromático, trazendo frutas escuras, ameixa preta, tabaco e também notas de baunilha. Na boca continua entregando muita fruta (agora compotada), especiarias sobre um fundo amadeirado. 
Inicialmente a madeira parece sobrepor o conjunto, mas a medida que o vinho é aerado o equilíbrio é restabelecido  O final é prolongado e agradável. Indica estágio de 12 meses em barricas de madeira e potencial de guarda de 5 anos. Um ótimo vinho, talvez o melhor da noite.

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terça-feira, 24 de julho de 2012

217. Viu Manent - Carmenere - 2009

Este rótulo experimentei no aniversário de meu afilhado, o "Lui". Inteligente, educado e coxa-branca, este garoto vai longe. Frequenta o estádio Couto Pereira desde muito pequeno, era uma espécie de talismã e recebia o carinho da torcida quando chegávamos nas cadeiras inferiores. Foram muitos invernos, noites frias e chuvosas, dias de sol, jogos da série B e A do brasileirão, Copa do Brasil e Paranaense, mas estávamos sempre lá, uniformizados e com a esperança de um bom jogo. Para o Lui a obrigatoriedade era o pastel de carne, o copo de refrigerante e as vezes uma pipoquinha para fechar. Com as boas lembranças desta época fico ansioso para levar o Felipe no estádio e assitir um jogo do Coritiba, quem sabe ainda este ano.
No caso do vinho é fabricado pelo vinícola chilena Viu Manent, fundada em 1935 pelo catalão Miguel Viu-Garcia. A cidade escolhida inicialmente foi a capital chilena e somente em 1996 comprou uma propriedade na região de Cunaco em Colchagua, distante 150km de Santiago. Encontrei algumas referências na web sobre a ótima característica turística da vinícola, com passeios guiados pela propriedade, restaurantes e salas de degustação.
Durante uma festa de aniversário certamente não é a ocasião mais adequada para analisar um vinho, porém a qualidade deste rótulo é bastante aparente. Ótima coloração, fechada e brilhante. Aromas de temperos escuros, frutas negras maduras com fundo tostado. Algumas notas de baunilha também aparecem muito sutilmente. Na boca é elegante e aveludado. Álcool na medida certa e final médio.
Segundo o site é composto de 100% Carmenere com amadurecimento de 25% do vinho em barricas de carvalho francês e americano de segundo e/ou terceiro uso.


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domingo, 8 de julho de 2012

212. Marques del Nevado - Carmenere - 2010

Quando pagamos R$12 por uma garrafa de vinho logo pensamos: lá vem bomba!
Esta pré-concepção de que o barato não é bom está enraizada no mundo do vinho de maneira quase cancerígena. É evidente que os vinhos com preços mais baixos são oriundos de processos industrializados em verdadeiras linhas de produção dentro das vinícolas. As uvas não foram selecionadas e desengaçadas manualmente, nem o proprietário experimentou uma uva de cada videira ou utilizou processos artesanais seguindo tradições familiares. Porém, atualmente a tecnologia empregada da fabricação de vinhos, principalmente no Novo Mundo, permite produzir grandes quantidades com ótima qualidade. Quando falamos em tecnologia não é apenas uma referências ao maquinário empregado na colheita, produção e engarrafamento, mas também aos avanços genéticos das plantas, o melhor entendimento e monitoramento nas condições do solo e clima, melhoramentos nos processos químicos e biológicos da fermentação, maturação e conservação do vinho, além das observâncias nas questões ambientais na produção dos vinhos orgânicos. Bem, todo este discurso pode ser resumido no seguinte: este vinho de R$12 é muito bom.
Na taça uma ótima cor rubi brilhante e límpida. No aroma muita fruta vermelha jovem, ervas frescas e alguma nota herbácea mais ao fundo. Médio corpo, taninos equilibrados, boa persistência e apenas um pequeno destaque do álcool que inicialmente incomoda. Nada que algum tempo de taça não resolva e bebê-lo sem pressa parece ser o segredo. Fiquei satisfeito com o vinho e feliz, pois ressurgiu minha esperança de beber bons vinhos a preços honestos.

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sexta-feira, 18 de maio de 2012

197. Morandé - Carmenere - 2007

Este vinho escolhi com bastante carinho para presentear o compadre Adriano em seu aniversário no mês de outubro do ano passado (2011). Ele é um grande apreciador da Carmenere e tentei oferecer um rótulo que demonstrasse a essência desta emblemática cepa chilena. Escolhi a Vina Morandé por ter encontrada ótimas referências em minhas pesquisas na web e a safra 2007 por ser minha predileta. Fundada em 1996 é conduzida com sucesso pelo enólogo Pablo Morandé que é considerado um ícone da vinicultura chilena, tendo como principal objetivo desenvolver os melhores terroirs e produzir vinhos de caráter único.
Antes de experimentar ofereci uma prova a Karla para a tradicional opinião direta e sincera. "É chileno", com esta afirmação bastante objetiva ouvi o que eu queria. A coloração é fechada com um rubi escuro e brilhante. Absurdamente aromático com notas frutadas e florais amparadas por um fundo de baunilha tostada. Na boca é intenso, macio e preenche o paladar de forma uniforme. A concentração de fruta e o equilíbrio com a madeira completam o conjunto. Final prolongado e muito agradável. É produzido a partir de uvas selecionadas, em safras excepcionais e quantidades limitadas, além de estagiar 18 meses em barricas de carvalho.
Acredito ter acertado na escolha.


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domingo, 25 de setembro de 2011

132. Castillo de Molina - Carmenere - 2006

Este vinho foi mais uma "roleta russa" comprado no WallMart por apenas R$20 (normalmente seu preço fica entre R$35 e R$40). Comprar rótulos com mais de cinco anos nos supermercados é sempre uma aventura. Mas novamente levei sorte e o que poderia ser um grande mico tornou-se uma ótima compra. Já comentei outro rótulo da Vina San Pedro, porém um Cabernet Sauvignon da linha 35Sur (relembre).
As uvas deste Carmenere vem do Vale de Lontué, região de Molina. As vinhas tem irrigação por gotejamento e as uvas são colhidas manualmente ao final de abril. No site da vícola indica que sua composição é de 90% Carmenere e 10% Cabernet Sauvignon com passagem de 12 meses em barricas de carvalho francês e americano (30% delas novas). A cor demonstra sua maturidade com um rubi muito intenso, sem brilho e tendendo ao cobre. O aroma também mostra muita seriedade com pouca fruta e muita madeira, baunilha e algum tempero escuro. Corpo médio com certa sedosidade. Seu sabor traz novamente o tostado da madeira muito forte sobrepondo a fruta. Os taninos estão perfeitos e a acidez é boa. Acredito que o longo período que o vinho estagiou em madeira ajudou a afinar e suportar o tempo na garrafa.

O site da linha Castillo de Molina possui várias receitas para acompanhar seus vinhos e algumas são muito simples e parecem ótimas. A indicação para acompanhar este Carmenere é o Pisto Manchego Grelhado. Vou deixar registrada a receita para quem quiser experimentar:

Ingredientes
- 2 Abóboras Italianas
- 2 Pimentões
- 2 Cebolas grandes
- 2 Tomates
- 8 Col. de Azeite de Oliva
- 1 Col. de Açúcar
- 4 Ovos fritos
- Sal e Pimenta
- Fatias de pão frito para decorar

Modo de preparo
1. Descasque as abóboras e corte-as em pedaços pequenos.
2. Faça o mesmo com os pimentões, tomates e cebolas.
3. Salteie tudo no azeite de oliva e manteiga em fogo baixo, durante vinte ou trinta minutos.
4. Adicione o açúcar, o sal, a pimenta e deixe cozinhar por mais dez minutos.
5. Acompanha ovo, fatias de pão e também torradas.

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sábado, 24 de setembro de 2011

130. Aromo - Carmenere - 2010

As grandes personalidades que conheci sempre possuiram qualidades muito específicas. Para cada uma dessas pessoas guardo uma recordação de uma frase ou atitude que podem resumir seu temperamento e filosofia de vida. Pessoas com forte veia artística tendem a ser dos extremos, muito temperamento com pouca paciência ou muita temperância, equilíbrio, luminosidade própria e carisma. Meu grande amigo Edson Noldin é a personificação deste segundo grupo. Um cara absolutamente positivo e simpático, que parece ter defenestrado o mau humor e vive de maneira simples e altruísta. "Pai fresco" e de bem com a vida nos fez uma visita com sua esposa Monique para iluminar nossa casa com um tranquilo jantar. Há muitos anos vivenciando o mundo das artes plásticas parece que recebeu um chamado de sua inspiração interior e sucumbiu ao dom artístico. Como todo artista de coração é humilde e reservado, tendo muita preocupação com o aspecto da repercussão que sua obra tem com seu público. Vou respeitar isso e apenas dizer que seu primeiro trabalho é fantástico.
Durante o jantar conversamos bastante, inclusive sobre artes e a possibilidade de uma dobradinha em uma possível obra de arte futura. Além de ótima pessoa é um convidado exemplar, pois o vinho ficou por sua conta.
Já comentei outro rótulo do Aromo (relembre) e realmente a qualidade é o forte desta marca. Este Carmenere mostrou muita cor e brilho na taça. No aroma muita fruta e alguma leva de álcool. No paladar é leve e fácil de beber. Boa acidez e taninos bastante equilibrados. Retrogosto frutado e de média persistência. Acredito que não tenha passagem por madeira. Certamente um descanso de dois ou três anos farão muito bem a este jovem chileno.

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domingo, 7 de agosto de 2011

115. Sibaris - 2008 - Carmenere

Produzido pela Vina Undurraga, que possui mais de 120 anos de tradição e exporta para 60 países, é o quarto ícone das nove linhas apresentadas no site. Também é possível acessar a ficha técnica completa com informações sobre a colheita e o tipo de clima na época da safra, dados do solo e detalhes da vinificação. Indica passagem de 100% do vinho por barricas de carvalho francês e americano por 8 meses. Quanto ao nome Sibaris foi uma antiga cidade da Grécia, muito próspera e rica. O termo Sibarita era usado como adjetivo para indicar a pessoa dada aos prazeres da vida.
O vinho na primeira prova já mostrou bastante personalidade. Após decanter de quase uma hora foi devidamente servido. Possui muito brilho e cor rubi intensa. No nariz trouxe algo mentolado e fruta vermelha madura. As notas de madeira aparecem apenas no fundo da taça. Na boca é macio e equilibrado. Um ótimo representante da emblemática cepa chilena.
Esta garrafa ganhei em setembro de 2010 e ficou descansando por quase um ano em minha adega. Foi o acompanhamento perfeito para o risoto de mignon e funghi feito pelo compadre Anderson.

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sábado, 9 de julho de 2011

110. Casa Silva - Carmenere - 2010

A última vez que jantamos com o Anderson e a Elis sem as crianças, segundo nossas lembranças, foi na viajem para Santiago do Chile. Parece que foi ontem, mas se passaram quase três anos, que estávamos no restaurante Como Água para Chocolate bebericando ótimos vinhos e dando boas risadas. Este restaurante é uma visita obrigatória em Santiago e possui uma decoração muito particular e excêntrica. Logo na entrada uma enorme armação de bronze de uma antiga cama serve como mesa. A alta gastronomia que combina tradicionais pratos a base de frutos do mar com massas e carnes, aliada ao ambiente lúdico, cria uma experiência única ao mexer com nossos sentidos. Hoje, desfrutando um fantástico rodízio de fundue no Restaurante Chateau Gazon em Curitiba, recordamos com carinho nossa passagem pelo país andino. O ponto comum nestas duas histórias está no fato de termos escolhido o mesmo vinho, o Casa Silva Carmenere.
A história desta tradicional vinícola tem seu início em 1892 com Emilio Bouchon que chegou ao Chile vindo de Bordeaux, França. Na bagagem trazia, além de muitos sonhos, mudas de videiras de alta qualidade. Quatro gerações depois, em 1977, Mario Silva Cifuentes, casado com Maruja
Bouchon, renovou as cansadas videiras, remodelou a bodega e iniciou movimentações com o mercado externo. Porém, somente em 1997 passou a engarrafar e rotular os vinhos com sua própria marca, surgia assim a Viña Casa Silva.
Este Carmenere apesar de jovem possui muita personalidade. Os aromas de ameixa, chocolate e caramelo se destacam. No paladar apresenta certa doçura e muita leveza. Apesar de passar por barris de carvalho frances por 6 meses (20% do vinho) a madeira é muito sutil e está bem integrada a fruta. Final médio. Foi aerado antes de ser servido.
Outro rótulo da Casa Silva que já passou pelo Mundo Vitis é o Dona Dominga (relembre).





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sexta-feira, 1 de abril de 2011

Sonata - Carmenere - 2010


Quarta-feira a noite tem futebol na TV e normalmente a melhor opção é uma cervejinha com amendoim torrado. Porém, com a chuva e o frio que está fazendo em Curitiba um vinho me pareceu uma ótima idéia.
Abrindo a garrafa lembrei do tempo em que achar o abridor na gaveta da cozinha era uma aventura. Entre peneiras, conchas, pegadores e facas afiadas normalmente ele estava lá no fundo, embaixo de tudo. Meu primeiro saca-rolhas foi o famoso modelo "T", também chamado de bate-coxa pois normalmente colocamos a garrafa entre as pernas antes de começar a fazer força. Me lembro de algumas vezes, com a mão doendo e as veias do pescoço saltando de tanto esforço, pensar em desistir de abrir a garrafa. Sem contar os inúmeros acidentes quando a rolha é arrancada bruscamente: cotovelo na parede, pulso deslocado e vinho para todos os lados. Apesar de toda essa triste e real descrição, sempre me pareceu um luxo desnecessário comprar um saca-rolhas decente. O tempo foi passando e começamos (eu e a Karla) a consumir mais vinho. Como minha profissão me obrigava a viajar bastante e antes que a Karla resolvesse pedir para algum vizinho para abrir o vinho, compramos uma saca-rolhas de alavanca dupla.
Mesmo não sendo o melhor modelo, quando usamos pela primeira vez foi como descobrir o fogo ou inventar a roda. Desta forma, mesmo eu não estando em casa ela poderia abrir o vinho sozinha. Somente muito recentemente, por curiosidade adquiri o modelo de alavanca simples e o alavanca simples com dois estágios, meu preferido. Este último é conhecido como modelo sommelier ou amigo do garçom. Também existem os modelos contra-rosca (screwpull) que com apenas um movimento a hélice penetra e retira a rolha.

Outros acessórios como o cortador de cápsula e a gola (salva gotas) que não deixa o vinho escorrer pela garrafa, procuro manter sempre por perto. Deixando as ferramentas de lado vamos ao vinho.

Olhando o rótulo observei que é produzido pela Vina Maipo. Fundada em 1948 e está localizada no vale de mesmo nome, fica a 40km de santiago e na década de sessenta foi comprada pela Concha y Toro. Atualmente exporta para 60 países principalmente para Inglaterra, Suécia, Estados Unidos, Japão e México. O site é muito bacana e tem alguns vídeos bem interessantes, vale uma visita.
Sua coloração é violeta e brilhante mostrando sua juventude. No aroma muita fruta, baunilha e madeira. Na boca é leve e bastante mentolado. O álcool incomoda no final. Pouco corpo e persistência mediana. O excesso de madeira talvez seja um ponto negativo, porém de maneira geral é um vinho barato (R$12 no Wallmart) e fácil de beber.

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domingo, 6 de março de 2011

Frontera - Carmenere - 2009

Quando visitamos a Concha y Toro em junho de 2008 eu e a Karla ainda estávamos iniciando no Mundo Vitis. Não que tenhamos nos tornado experts em vinho, mas certamente hoje teríamos aproveitado muito mais aquele momento.
Não creio que seja possível falar ou manter um blog sobre vinhos e não mencionar esta gigante chilena. Por aqui já comentei vários rótulos e todos passaram ótimas impressões. Neste ponto continuo devendo o marcador por produtor/vinícola que os amigos que acompanham o blog tanto pedem (!)

Esta linha, Frontera, é a primeira da lista de produtos que aparecem no site e acredito tenha um pequeno diferencial, para melhor, em relação ao Reservado.

Mostra belíssima cor rubi, intensa e muito brilhante. É bastante aromático, frutado, com alguma nota que lembra chocolate. Muito diferente das notas vegetais de um Cabernet Sauvignon por exemplo. Na boca entrega certa doçura e as frutas vermelhas maduras continuam em destaque. Não possui tanto corpo mas apresenta ótima persistência. Acidez, taninos e álcool em perfeito equilíbrio. É um vinho redondo e muito fácil de beber.
Esta garrafa é mais uma que ganhei de presente do compadre/confrade Fabiano.






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terça-feira, 8 de junho de 2010

Reservado - Carmenere - 2008

A linha exportação básica da Conha y Toro impressiona. Esse é o tipo de vinho que você pode recomendar para aquele amigo que só toma vinho suave (doce, como é normalmente chamado). Este rótulo não tem essas características, mas é tão equilibrado que pode converter alguns incrédulos. Ou seja, quer apresentar alguem ao Mundo Vitis, comece com um Reservado da CyT.
Ganhei essa garafa de minha esposa e abri na noite em que meu irmão, futuro papai, veio comer uma pizza conosco.
Preparei com certo receio um aperitivo com torradas, brie (derretido), pistache e mel. Foi aprovado com louvor e proporcionou uma ótima entrada/aperitivo!
A casta Carmenere é original da região do Medoc, na França e foi considerada desaparecida até seu ressurgimeto no Chile em 1994. Atualmente é exclusiva desse pais andino.
De cor rubi intensa e aroma marcante, é um digno representante da exclusiva cepa chilena. Agrada, principalmente as mulheres, pelos taninos macios e facilidade de beber. Corpo médio e sabor pesistente mostram o bom equilíbrio no conjunto. Excelente custo / benefício.
Este rótulo tem preço médio de R$19.

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domingo, 6 de junho de 2010

Errázuris - Carmenere - 2009


Em rápida passagem pelo supermercado Jacomar, minha esposa sugeriu a compra deste vinho. Muitos não acreditam ou não compreendem o sexto sentido feminino... mais uma vez ele funcionou.
Antes de prová-lo, todo iniciante como eu, vai a web para pesquisar e conhecer um pouco mais sobre o rótulo. Minha ignorância foi novamente exposta quando acessei o site da Vina Errázuris. Não sabia absolutamente nada a respeito de mais esta propriedade secular chilena. Fundada em 1870 por Don Maximiano Errázuriz no Vale do Colchagua, atualmente é comandada por Eduardo Chadwick, sexta geração da família, sendo a maior empresa familiar de vinhedos do Chile.
Pelo que percebi no site, a Errázuris possue quatro grandes linhas de produtos: Iconos, Max Reserva, Reserva e Especialidades. Não encontrei a identificação de Reservado que consta no rótula da garrafa que comprei. Assim, acredito que seja uma linha para exportação próxima (inferior) a denominação Reserva. Chamou minha atenção também o nível de informações do site para cada linha, rótulo e safra. Detalhando desde o tipo de solo, formato do clima para aquela safra, características das cepas, formato da colheita, notas e comentários sobre o vinho. Inclusive indicando a composição de 91% Carmenere e 9% Petit Verdot para nosso exemplar.
Por falar nele, mostrou um roxo intenso na taça e aroma frutado. O sabor picante lembra pimenta e pimentão. Taninos equilibrados, final persistente e álcool bastante evidente. Não consegui identificar madeira.
Certamente voltarei ao mercado para adquirir mais uma ou duas garrafas deste vinho. Porém, vou deixar para guarda de pelo menos 18 meses. Ele tem potencial para isso. A faixa de preço está em torno de R$18.

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