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sexta-feira, 18 de maio de 2012

196. Baron de Ducville - 2010

Noite dessas fui convocado para buscar a Karla no supermercado Extra aqui em Curitiba. Após estacionar e retirar o Felipe dormindo do carro, subi a rampa já com o celular no ouvido para localizar a cara-metade. Ela estava na seção de frutas e verduras que, por questões que fogem ao meu conhecimento, fica muito próxima as gôndolas de vinhos.
Assim resolvi dar aquela passadiha no corredor de bebidas e dar uma olhada nos rótulos disponíveis. Apesar de achar as opções muito limitadas resolvi comprar este francês com preço abaixo dos R$20.
Este é mais um Vin de Pays, que podemos considerar como uma categoria imediatamente acima do vinho de mesa. São vinhos muito acessíveis, leves e fáceis de beber. Resumindo: a opção ideal para o consumo no dia a dia, durante as refeições ou no happy hour.
O Baron de Ducville tem sua origem no do Languedoc-Roussillon e sua composição traz as uvas típicas desta região como a Carignan, Grenache Noir, Cinsaut, Mourvèdre e Syrah. Mostra muita transparência e limpidez, com uma coloração cereja suave. O aroma é delicado trazendo frutas vermelhas silvestres com toques de baunilha. Na boca é agradável com uma secura interessante, compartilhando boa acidez e taninos redondos. Ligeiro e com pouco corpo certamente agrada paladares femininos e iniciantes no Mundo Vitis. Porém, para aqueles que estão acostumados com os potentes chilenos e argentinos certamente irão torcer o nariz para este franzino francês.

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segunda-feira, 7 de maio de 2012

193. Réserve Sainte Olive - Cabernet Sauvignon - 2009

Os vinhos franceses para mim ainda são um grande ponto de interrogação. Estou certo de que será necessário dedicar mais tempo e "recursos" na busca de um melhor entendimento. Este rótulo é produzido pela Vignerons de La Mediterranée que fatura cerca de 50 milhões de euros e produz mais de 25 milhões de garrafas por ano. São 2.000 produtores, formados por mais de 85 "châteaux" e "domaines" e ainda 15 cooperativas de produção.
Quanto a sua classificação, Vins de Pays d’Oc, são produzidos no sul da França em Languedoc-Roussillon em quatro subregiões certificadas: Pyrénées Orientales, Aude, Hérault e Gard.
Este vinho me pareceu entrar na categoria "de mesa", pois mostrou-se bastante simples em todas as suas características. Pouco corpo, um tanto ligeiro e com aromas discretos. O alcool inicialmente ficou em destaque. Boa acidez porém pouco tânico. No site do importador (www.barrinhas.com.br) consegui algumas informações adicionais como a indicação de guarda para dois anos, volume alcóolico de 13 graus, sem passagem por barrica e a confirmação de 100% Cabernet Sauvignon.
Possui tampa rosqueável e foi comprado no Carrefour em Curitiba por R$19.


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sexta-feira, 16 de março de 2012

184. La Beliere - Bordeaux - 2008

Confesso que fiquei intrigado quando meu compadre Anderson me entregou a taça sem nenhuma palavra sobre o vinho. É o tipo de situação onde o teste parece inevitável. Fiquei conjecturando sobre as características principais e marcantes que pudessem identificar aquele tinto. Inicialmente ficou claro que não era do "Novo Mundo" pois mostrava elegância, leveza e certa timidez. Italiano, apesar de todas as características não parecia encaixar; espanhol, não tinha tanta personalidade; português nem pensar. Sim, sobrou a França, mas o álcool parecia um pouco destacado, quase desequilibrado. Sinceramente fiquei com um friozinho na barriga. A cor estava bastante fechada, apesar de seu corpo médio. No aroma fruta muito madura com um final levemente tostado. Fresco, limpo, longo e com o alcool ainda destacado. De qualquer forma era uma calda bordalesa e pelo minha pouquíssima experiência não consegui identificar de pronto.
Produzido pela recomendada Baron Philippe de Rothschild, possui em sua composição Merlot(55%), Cabernet Sauvignon(30%) e Cabernet Franc(15%). A indicação de guarda é de cinco anos. Acredito que a relação entre preço e benefício seja bastante justa para este rótulo.

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terça-feira, 1 de novembro de 2011

148. Grand Theatre - Bordeaux - 2007

Meu grande amigo Fabiano também entrou no circuito de comprar sempre vinhos diferentes. Talvez contagiado pela minha empolgação mas principalmente por sua própria vontade em conhecer novos rótulos, aromas, sabores e estilos de vinho. A experimentação constante é a única forma para definir o que gostamos e o que não gostamos, pois dizer que um vinho não é bom pode ser uma faca de dois gumes. O grupo de pessoas que preferem os vinhos feitos a partir de uvas americanas, sejam secos ou suaves, normalmente levam algum tempo para "mudar" ou simplesmente não apreciam os vinhos conhecidos como finos. Gosto amarrento, cheiro de uva podre ou estragada, normalmente são adjetivos comuns nas primeiras tentativas de mudança. Paciência e respeito as opiniões contrárias devem fazer parte do repertório de um enófilo. Devemos ter sempre em mente que não existe vinho ruim, apenas gostos pessoais diferentes.
Quanto a este Bordeaux tanto seu nome quanto seu rótulo fazem referência a um dos maiores teatros da França. O Grand Théâtre foi construído em 1773 e atualmente é um dos últimos teatros do século XVIII no mundo. Sua fachada é formada por 12 colunas com suas coroas identificadas por divindades e musas esculpidas por Pierre Berruer. Chega de conversa e vamos ao vinho.
Este corte Bordalês (Cabernet Sauvignon, Merlot e Cabernet Franc) mostrou-se jovem e vibrante na taça. Corpo médio, levemente frutado, com aroma pouco complexo e notas bem definidas. É leve, sem muito álcool, fácil de beber e bastante saboroso. Final médio e retrogosto agradável. É um daqueles vinhos certinhos que não conseguimos encontrar um defeito. A faixa de preço em torno dos R$30 ajuda na composição do ótimo conjunto.
Valeu Fabiano!

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sábado, 10 de setembro de 2011

125. Cellier du Rhône - Millésime - 2009

Parece que tomar um vinho no meio do dia, principalmente tinto, é uma espécie de ritual. Na sacada do apartamento com uma bucólica paisagem ao fundo este rótulo francês pareceu bastante apropriado. A chuva continuava, agora bem fraca e constante, bebericar um vinho e jogar conversa fora estava como a principal atividade. Já havíamos enrugado os dedos na piscina térmica durante toda a tarde e o jantar também prometia. Assim, decidimos abrir o apetite com esta garrafa.
A vinícola produtora deste rótulo é conhecida como Princess Cellier em referência ao seu passado medieval. Desde 1960 trabalha em um sistema de cooperativa na área de produção de Chateauneuf du Pape. O solo argiloso e o microclima bastante particular conferem característica muito peculiar ao vinho. Feito com 70% Grenache, 15% Mourvèdre e 15% Syrah, mosta uma bela cor rubi brilhante e intensa. Ao nariz é elegante com muita fruta madura, passas, especiarias e um toque terroso muito sutil como última nota. No paladar entrega e confirma o olfato com muita fruta, volume, taninos firmes porém com muita sedosidade. Seu final é médio e o retrogosto picante. Outro detalhe que chama muita atenção é o formato da garrafa, uma espécie de quadrilátero em sua base com inscrições do produtor em relevo logo acima do rótulo.

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sexta-feira, 18 de março de 2011

Aimery - Pinot Noir - 2009


Após dois Pinot argentinos resolvi buscar na origem a essência deste elegante vinho. A tarefa de encontrar um vinho francês nos supermercados não é nada fácil, principalmente quando colocamos um limite baixo para o preço. Pesquisei na web e descobri que a região do Languedoc, sul da França, é uma das maiores produtoras de vinho porém com pouca notoriedade mundial. Provavelmente os fatores que relegaram o Languedoc a uma segunda escala foram : o estrelato de outras regiões como Bordeaux e Borgonha e a "fama" de produzir vinhos médios (vinho do Midi) que por muitos anos atribuiu-se aquela região. Atualmente com a troca de grande parte dos vinhedos por plantas de maior qualidade, implementações tecnológicas na fabricação do vinho e a nova geração de enólogos, ampliou o status da região e despertou o interesse de grandes companhias como Philippine de Rotschild e a australiana BRL Hardy.

Sobre o vinho que comprei no Condor por R$18, a indicação é de produção em Limoux, comuna francesa que administra a região de Languedoc-Roussilon com 100% de uva Pinot Noir da safra 2009. Busquei mais informações técnicas mas no site da vinícola Aimery Sieur D'Arques não faz referência a este rótulo.
A garrafa e a rotulagem são bastante simples e a rolha sintética com material de qualidade questionável. Mostrou cor rubi brilhante com limpidez e alguma transparência. Formou muitas lágrimas finas e lentas (bom sinal) nas paredes da taça. Visualmente era isso que eu esperava de um pinot. Já no nariz a expectativa continua pois os aromas de morango e ameixa estão muito discretos. Alguma nota de baunilha ao fundo é quase imperceptível.
Na boca tem boa acidez e taninos equilibrados. É leve, ligeiro, discreto e muito fácil de beber. Para acompanhar a segunda taça as fatias de gouda casaram perfeitamente.

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quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Chateau Cluzan - Bordeaux - 2007

A Karla tem me cobrado bastante o fato de eu dedicar muito mais espaço nos textos sobre as características do vinho, uva, região e vinícola do que ao momento em que ele foi degustado. É uma colocação pertinente.
Já se vão vários meses que não viajo a trabalho. Para desenferrujar um pouco e não perder a "mão" no atendimento ao cliente, uma semana cheia com treinamento na área contábil me pareceu razoável. Como no futebol, durante uma viagem o imponderável pode aparecer e gerar grandes surpresas, algumas boas e outras nem tanto. Após um dia duro de trabalho na chuvosa Joinville, fui deixado na pousada onde passarei a semana. Uma simpática senhora me recebeu e depois acompanhou-me até o quarto. Ao abrir a porta comentou: "Tem gente porca nesse mundo... fumar dentro do quarto." Olhou para mim e emendou: "O senhor fuma?". Percebi que a pergunta não era retórica e apenas balancei a cabeça negativamente. Ao entrar no quarto a exclamação fez sentido e tudo ficou claro, escuro, amarelo, não sei ao certo, mas o terrível cheiro de cigarro era nauseante. Ainda assim entrei, abri as janelas e liguei o ventilador de teto. Ainda parada na porta, a senhora parecia esperar a inevitável pergunta: existe outro aposento disponível? "Estamo lotados!".
Nós admiradores de vinhos precisamos depurar nosso olfato e, nesse sentido, pude praticar bastante. As toalhas tinham um cheiro de vinagre, acetona e água sanitária. O travesseiro parecia exalar alguma coisa como gaiola de papagaio e cabeça suja. As cobertas apresentavam um bouquet de mofo e bolor. Sem ar-condicionado e frigobar, o velho chuveiro elétrico com seus pingos esparços fechou a análise sensorial.
No dia seguinte, antes de voltar a pousada, passei no BIG e comprei este vinho para comemorar meu aniversário. Exatamente, estou completando mais uma primavera esta semana. Além do vinho comprei um saca-rolha e uma taça (foto). Este rótulo Francês, da região de Bordeaux, possui corte de Cabernet Sauvignon, Cabernet Franc e Merlot (não informa a proporção). Encontrei na web o site do produtor (veja) com alguns comentários sobre o vinho: "Produzido a partir das vigorosas vinhas cuidadas pelo Sr. Guy Cluzan. Frutado, boa estrutura, com sabor puro, sincero e direto. Engarrafado cedo sem passar por madeira para conservar seu frescor".

Apresentou boa formação de lágrimas, próximas e lentas. Uma coloração rubi bastante intensa e pouca transparência. No paladar muitas frutas negras, pimentão e alguma especiaria que não consegui identificar. Alta acidez e taninos um pouco agressivos. Retrogosto médio e um certo amargor no final de boca. Bom corpo, bastante envolvente e o álcool (12%) não incomoda. É meu primeiro Bordeaux e a impressão foi razoável. Paguei R$29 nesta garrafa.

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domingo, 2 de maio de 2010

J.P. Chenet Cabernet-Syrah 2006

É um dos vinhos franceses mais populares em nossos supermercados, com faixa de preço entre R$20 e R$25. Produzido na região sul da França, chamada de Languedoc, que faz divisa com a Espanha e o Mediterrâneo.
Tem cor bastante intensa, puxando para o roxo, porém sem intensidade no aroma (+frutas). Pouquíssima acidez com final agradável. Vinho muito simples, bom para o dia-a-dia.

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