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quarta-feira, 6 de março de 2013

248. Messias - Bairrada - 2009

Mesmo depois de ter ido dormir muito tarde, próximo a uma da madrugada, acordei antes das seis horas. Dei mamadeira para as gêmeas, tomei banho e café, vesti o Felipe e preparei sua mochila. Poucas vezes me senti tão disposto e animado para começar um dia. Pena que o Felipe seguiu dormindo no caminho para a escolinha, normalmente nossas conversas são bem animadas e damos boas risadas. Poucas quadras após deixar o Felipe, observei um pequeno cachorro atravessando a rua, diminui a velocidade para não correr nenhum risco. Logo na sequencia veio outro carro que não gostou da minha atitude defensiva e levei uma bela buzinada. Não satisfeito o cidadão ainda gritou e xingou o pobre animal, seguiu cantando os pneus e acelerando muito. Fiquei com muita pena... não do cachorro mas do motorista. Aumentei o volume e segui com meu ótimo dia (estava escutando a música abaixo).
Este bom representante português é produzido pela Cave Messias. Fundada em 1926, com sede em Mealhada, região da Bairrada, iniciou comercializando aguardente. Anos depois adquiriu a Quinta do Cachão e passou a produzir vinho do porto. Atualmente fatura 9 milhões de euros anuais e exporta principalmente para o Brasil, Estados Unidos e Canadá.
Composto por Touriga Nacional, Baga e Merlot mostrou boa estrutura. Aroma muito sutil e frutado. Ótima acidez com taninos bastante marcantes, bem gastronômico. Final médio e retrogosto seco, mas agradável. Aproveito para agradecer o grande camarada Julio que me presenteou com esta garrafa.

Ben Harper & The Innocent Criminals - With my Own Two Hands


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sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

239. Reguengos - Alentejo - 2010


É produzido pela Carmim - Cooperativa Agrícola de Reguengos de Monsaraz, fundada em 1971 por um grupo de 60 viticultores.
Atualmente é a maior adega da região do Alentejo com capacidade de receber mais de um milhão e duzentos mil quilos de uvas por dia, envazar quinze mil garrafas por hora e armazenar até trinta e dois milhões de litros. Outro rótulo da Carmim que já passou pelo Mundo Vitis foi o Monsaraz (relembre).
Atualmente Portugal ocupa o quinto lugar em número de vinhos degustados aqui no blog, ficando atras de Argentina, Chile, Itália e Brasil. Porém, acredito que muito em breve esta situação será alterada, pois os exemplares portugueses mostram-se ótimas compras na relação preço x qualidade.
Produzido a partir das uvas Trincadeira (40%), Aragonez(40%) e Castelão (20%), mostra brilho e limpidez, além de uma coloração que denota muita jovialidade. Como bom representante alentejano apresenta aroma frutado intenso e cativante.
A cada novo gole recebemos o convite de nossa memoria olfativa para cheirá-lo e é quase um movimento automático levar a taça próximo ao nariz. Ao paladar já não é tão contagiante, mas ainda assim extremamente agradável. Taninos bem definidos e perceptíveis, acidez moderada e álcool sem destaque no conjunto. Corpo leve e equilibrado com final de média duração.
Um vinho bastante versátil e certamente um bom investimento para manter disponível na adega.



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terça-feira, 4 de setembro de 2012

224. Redondo - Alentejo - 2009

O Alentejo talvez seja a maior e mais famosa região vitivinícola de Portugal. No passado suas vinhas foram cultivadas por fenícios e romanos, agora são os grandes produtores e cooperativas que comandam a maior fatia da produção de vinhos. As principais características desta região são as extensas planícies e o clima mediterrâneo. Possui várias sub-regiões, sendo que na DOC Redondo a composição dos vinhos tintos deve seguir as seguinte determinação: Alfrocheiro, Aragonez (Tinta Roriz), Castelão, Tinta Caiada e Trincadeira, no conjunto ou separadamente com um mínimo de 70%, Alicante Bouschet, Cabernet Sauvignon, Carignan, Grand Noir e Moreto.
Este rótulo é produzido pela Roquevale Sociedade Agrícola da Herdade da Madeira e possui a indicação das castas Aragonez, Castelão, Moreto, Trincadeira sem mencionar as proporções exatas. A Roquevale passou a produzir com sua própria marca a partir de 1989 com uvas provenientes de duas propriedades: Monte Branco e a Herdade da Madeira Nova de Cima. Atualmente exporta cerca de 15% de sua produção para países como Macau, Filândia, Holanda, Luxemburgo, Bélgica e Brasil.
O vinho mostrou-se bastante equilibrado e versátil. Na cor rubi com nuances em granada, limpidez e ótimo brilho já demonstra elegância.
Aromas frutados com notas maduras e algum caramelo bastante contido. Na boca apresenta boa estrutura e tanicidade interessante. Leve, descomplicado e que pode acompanhar uma boa conversa sem ficar chato.


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quarta-feira, 18 de julho de 2012

215. Dom Divino - Dão - 2009

Trabalho coordenando projetos de implantação de sistemas (ERP) em empresas desde 1998. São paticamente 15 anos atuando na mesma área e acompanhando toda a evolução tanto tecnológica quanto dos profissionais que participam dos processos. Os avanços na informática, telecomunicação e automação são astronômicos e inegáveis. Porém, tenho notado que a evolução no material humano não acompanha as inovações no mesmo compasso. Jovens profissionais impacientes e despreparados brotam nas empresas ansiosos por facilidades e novidades que nem sempre estão disponíveis no ambiente corporativo. Trabalham por pouco tempo e já desistem perante a inevitável rotina que ronda a grande maioria das corporações. A famosa geração "Y" foi concebida no fervilhar dos bites e bytes, impaciente e faminta por novidades no mundo hightech, padecem de um mal bastante comum nos dias atuais: não conseguem estabelecer relações pessoais e "humanas" no ambiente de trabalho.
Digitando este texto, bebericando uma taça de vinho, lembro da época em que eu viajava para atender clientes fora de Curitiba. Sem celular, notebook ou internet, apenas com algum conhecimento e muita vontade de aprender. Tempo que não havia Google, apenas telefones de amigos e conhecidos que sabiam como as coisas funcionavam.
A propósito, o vinho em questão é um português de preço bastante acessível, comprado no Wallmart por R$14,00. Composto pelas uvas Tinta Roriz, Alfrocheiro, Jaen e Touriga Nacional, é uma ótima opção para o dia a dia. Cor fechada e pouca transparência na taça. Aroma interessante com alguma fruta e temperos negros. Na boca é equilibrado, sutil, macio e com boa acidez. Um vinho realmente simples mas com excelente relação preço x qualidade. Sem dúvida nehuma vale ter algumas grrafas deste representante lusitano na adega.

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sábado, 9 de junho de 2012

206. Monte da Peceguina - Alentejo - 2007

Produzido pela moderna Herdade da Malhadinha Nova, dedicada a criação de gado e vitinicultura no coração alentejano, é composto pelas castas Aragonês (50%), Alicante Bouschet (25%), Touriga Nacional (9%), Cabernet Sauvignon (8%) e Tinta Caiada (8%). A propriedade possui 20 hectares de vinhedos e capacidade de produção de 150.000 litros de vinho por ano. Na safra 2007 foram produzidas cerca de 85.000 garrafas que descansaram em carvalho francês durante 7 meses.
Este vinho comprei na Adega Franco para presentear meu grande amigo e compadre Fabiano em seu aniversário. Nós não temos uma confraria ou algo formalizado, porém sempre que temos em mãos um rótulo de mais "pedigree" procuramos compartilhar. Bebericamo com a agradável companhia do camarada Ernesto, que também está iniciando no Mundo Vitis.
Na taça apresenta cor fechada e escura com nuances de cobre envelhecido. Com halo aquoso bastante evoluído mostrou-se em sua idade máxima de consumo. Seus aromas são complexos com fruta madura, passas, chocolate amargo e algum tostado. Na boca é aveludado, equilibrado com certa cremosidade lembrando caramelo. No final uma ponta balsâmica dá o toque excêntrico ao conjunto. Este é o tipo de vinho que certamente vamos experimentar outra safra. Muito bom!

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segunda-feira, 7 de maio de 2012

192. Monsaraz - Alentejo - 2007

Situado a 90 minutos de Lisboa e com pouco mais de 7.000 habitantes, Reguengos de Monsaraz é uma cidade portuguesa do distrito de Évora na região do Alentejo. Esta pacata vila ainda mantém seu estilo arquitetônico medieval marcado por antigas torres, paços e a Igreja Matriz de Nossa Senhora da Lagoa, construída no século XVI. Monsaraz também empresta seu nome para este ótimo tinto alentejano composto pelas castas Castelão, Aragonês, Trincadeira e Moreto. Sua cor rubi é bastante fechada e seu aroma entrega muita fruta madura, groselha, cassis e algum tostado muito sutil. Corpo médio com paladar macio, equilibrado, e final prolongado. É uma composição agradável, elegante e ao mesmo tempo descontraída.
Após a fermentação de oito dias o vinho é separado em dois lotes, onde uma parte vai para as barricas de carvalho e a outra permanece em tanques de aço inoxidável. Não encontrei referência quanto ao tempo de descanso deste vinho antes de ser engarrafado.
É produzido pela Carmim - Cooperativa Agrícola de Reguengos de Monsaraz, fundada em 1971 que atualmente possui cerca de 1.000 associados e exporta para mais de 20 países. Paguei módicos R$20 por esta garrafa na Casa da Azeitona em Curitiba. Ótima compra!


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sábado, 21 de abril de 2012

190. Terra Boa - Branco - 2010

Na sexta-feira santa fomos com o compadre Fabiano comer um bacalhau no restaurante Potte Chop. Almoço animado com toda criançada e a comida estava ótima. Também foi uma espécie de aquecimento para o almoço de domingo que será com toda família em nossa casa. Escrevo "aquecimento" pois a bacalhoada será preparada pela minha sogra, Dona Dinacir, e quando ela resolve fazer um prato especial o negócio é sério. Tentei me preparar com o vinho e comprei no Supermercado Angeloni este branco português.
Produzido pela gigante portuguesa, Aliança Vinhos de Portugal, mostrou-se leve e fresco, com aroma floral muito delicado. Ao paladar também é bastante sutil, pouca acidez e retrogosto médio lembrando alguma mineralidade. Um bom vinho branco para beber sem compromisso. Mas que não foi páreo na harmonização com o prato principal.
Somente a visão da travessa gigante,com seus fartos pedaços de bacalhau do porto e a borbulhante guiza de ingredientes, era impossível controlar a água na boca. Isso sem contar no aroma inconfundível que uma bela bacalhoada deixa no ar. Certamente a ocasião e o prato mereciam algo muito mais elaborado e, arrisco indicar, um espanhol granreserva como o Montecillo (relembre) que já passou aqui no blog.

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sexta-feira, 16 de março de 2012

183. Adega da Herdade - Alentejo - 2008

Todos que acompanham o blog sabem do mix entre o Mundo Vitis e fatos de minha vida pessoal que procuro demonstrar nos textos. O mundo do vinho, para mim, é composto de 70% momentos e 30% degustação dos rótulos propriamente ditos. As circunstâncias em que o vinho é bebido, os amigos, a família, situações alegres e importantes, são o principal combustível que movimentam o blog. Neste exato momento estou tentando encontrar uma referência do alentejano Adega da Herdade na web e não encontro absolutamente nada. Possivelmente eu esteja com a cabeça tão cheia de pensamentos que não estou procurando corretamente. Olho ao redor da sala e vejo brinquedos e mais brinquedos espalhados por todos os cantos, sobras de pão e bolacha no tapete, alguns respingos de suco de uva na capa do sofá e os mini chinelos do homem-aranha jogados embaixo da mesa. O Felipe realmente marca sua passagem pelos cômodos da casa de forma inconfundível. Mas agora, também começo a imaginar a possibilidade de ter entre os carrinhos, caminhões, bolas, soldados e monstros, outros brinquedos como cestinhas rosas, bonecas e todo tipo de pequenos e delicados brinquedos de menina. Depois que a Karla me deu a notícia da nova gravidez, esta é uma possibilidade no mínimo real.
Mas se for outro menino, será que tudo que estou vendo será multiplicado por dois? Bem, daqui a uma semana faremos a primeira ecografia e talvez eu fique um pouco menos apreensivo. Quanto ao sexo do bebê, terei que esperar um pouco mais para descobrir.
Quanto ao vinho é um bom representante do Alentejo e possivelmente tem em sua composição a Trincadeira, Alicante e talvez a Castelão, uvas permitidas e necessárias na formatação da origem controlada. No aroma muita fruta e no paladar a acidez bastante destacada, que talvez não agrade todos os paladares. De qualquer forma ele tem exatamente o que eu gosto e admiro em um vinho de Portugal: personalidade própria.


Para minha eterna amada Karla... como diz a música: "Não se preocupe, porque cada pequena coisa, vai ficar bem. Vai ficar tudo bem!"


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sexta-feira, 11 de novembro de 2011

154. Escolha - Dão - 2009

Com a Karla a semana toda fora, em uma viagem a trabalho, eu e o Felipinho aproveitamos para colocar a conversa em dia. Ele com sua inseparável mamadeira noturna e eu com uma taça deste bom vinho português. Olhando este figurinha de apenas dois anos e meio montando sua cidade imaginária com girafas, leões, soldados, carrinhos e uma série de bugigangas e pedaços de brinquedos, fiquei pensando o quanto complicamos coisas simples em nossas vidas. Mesmo o Sr. Cabeça de Batata sem um olho, o caminhão de lixo sem a caçamba, o Ben 10 sem pernas e braços e o Schrek sem roupa e sujo de comida, todos estavam participando de animadas conversas e aventuras. Deveríamos manter esta capacidade de nos contentarmos com coisas simples mas que nos fazem felizes. Agora o baixinho está dormindo, estou analisando o vinho e escutando Jack Johnson. É evidente que bateu aquela saudade da primeira dama.
Quanto a este rótulo comprei no WallMart por R$18 e deve ser um lote gigante pois as prateleiras estavam recheadas de garrafas. Fiz várias buscas na web para encontrar alguma pista sobre a "Escolha" estampada no rótulo. Nada, nem no site da Aliança que produz o vinho.
Feito a partir de um corte Touriga Nacional (40%), Tinta Roriz (40%) e Jaen (20%) apresentou cor fechada sem muito brilho. Aroma discreto com notas de ameixa-preta e passas. Ao paladar é agradável e muito leve. Baixa acidez com retrogosto frutado de média persistência. É o típico vinho que você pode oferecer para os seguidores dos tintos de mesa, que eventualmente queira trazer para o lado dos tintos finos.


"Red Wine, Mistakes, Mythology" - Jack Johnson


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terça-feira, 8 de novembro de 2011

153. Vidigal - Dão - 2008

Não é a toa que o número de rótulos portugueses vem aumentando no Mundo Vitis. A cada nova garrafa que abro tenho uma grata surpresa e com este Dão Vidigal não foi diferente. A região demarcada do Dão fica no centro-norte de Portugal e tem cerca de 20.000 hectares de vinhas. As castas permitidas nesta DOC são a Touriga Nacional, Jaen, Rufete, Alfrocheiro e Aragonez. A principal característica dos vinhos desta região são o baixo teor alcoolico, suavidade, bela coloração rubi um pouco mais clara, elegante e aveludado.
Confirmando e complementando as características que identificam a região, este rótulo apresentou aromas que lembram geléia de frutas vermelhas (framboesa), nozes, avelãs e uma sutil nota floral. Na boca novamente muita fruta, boa acidez, leveza e sedosidade. Corpo médio com final curto mas muito agradável. A tradição dos portuguses em fazer excelentes cortes mostrou-se muito feliz nesta combinação de Jaen (40%), Touriga Nacional (30%) e Alfrocheiro (30%). Seu preço gira em torno dos R$20. Quer experimentar ou presentear alguémcom um vinho português equilibrado e elegante? Aqui está sua chance. A garrafa da foto mostra safra 2005, mas o rótulo não mudou em nada para a 2008.


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domingo, 23 de outubro de 2011

143. Costa do Pombal - Douro - 2008

Não faço idéia de quantas vezes já peguei nas mãos um Costa do Pombal e por causa da simplicidade de seu rótulo acabei devolvendo a prateleira. Esta questão visual é realmente algo que merece muito estudo dos marketeiros de plantão.
Este representante português, da região do Douro, que possui um dos rótulos mais "sem sal" que eu já vi, é produzido pela Vallegre Vinhos do Porto S/A. Esta empresa legitimamente portuguesa tem em seus acionistas a quinta geração de uma tradicional família dourense. Sua sede está na Quinta da Vista Alegre e sua origem data do século XIX. Atualmente exporta para mais de 25 países com diversas premiações internacionais.
É um corte a partir das castas Touriga Franca, Touriga Nacional, Tinta Roriz e Tinta Barroca. Possui passagem parcial por barricas de carvalho por 9 meses e tempo de guarda estimado entre 4 e 6 anos.
Apesar de sua simplicidade externa, após aberto, mostra as características típicas de sua região de origem: um vinho com aroma contido porém agradável, corpo médio, leve e fácil de beber. Não apresenta defeitos ou desequilíbrio, representando uma ótima relação preço x qualidade. Posso recomendar sem medo nenhum este rótulo para quem deseja ter um primeiro contato com os vinhos da região do Douro.


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quarta-feira, 19 de outubro de 2011

141. Cume do Pereiro - Douro - 2009

Neste último final de semana visitamos o compadre Adriano. Recém chegado de uma temporada em New York novidades não faltavam, a criançada também estava com saudades e a brincadeira comeu solta entre os três primos. Para celebrar a visita, regar a conversa e acompanhar as sopas apareceu o distinto português Cume do Pereiro.
Vinho da região demarcada do Douro, protegido pela Serra do Marão, mais especificamente da zona do Baixo Corgo, que possui 50% de sua área ocupadas por vinhas, mostra um rótulo pra lá de controverso. Normalmente os vinhos produzidos nesta região demonstram em seu visual tradição e sobriedade, marca registrada do Douro.
Apresentou bela coloração com um rubi límpido e brilhante. No aroma fruta com alguma nota floral bem difícil de identificar. Bom corpo com a típica acidez viva e destacada deste tipo de vinho português. Não tem passagem por madeira e é fabricado com as uvas Tinta Roriz, Touriga Franca, Tinto Cão e Touriga Nacional (não encontrei a proporção que são usadas).
O vinho, as novidades, os presentes, tudo estava ótimo. Mas o mais importante mesmo foi matar a saudades da família toda!


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quinta-feira, 25 de agosto de 2011

118. Sandeman - Porto Branco


Lá se vão duas semanas sem escrever uma linha sobre vinhos. Não que eu esteja sem beber mas o tempo para me dedicar ao blog é que parece ter encolhido.
Tenho anotado e guardado várias considerações sobre rótulos e momentos importantes em que foram degustados. Um desses momentos foi no último final de semana quando ganhei da Karla uma garrafa de vinho do Porto branco.
Quando George Sandeman, um jovem escocês, comprou uma adega em Londres no ano de 1790, ele não imaginava que esta marca seria conhecida no mundo do vinho como referencia de qualidade e prosperidade. No início do século XX foi uma das primeiras empresas de vinho a investir pesadamente em propaganda. Com anúncios criativos e a imagem de "Don", vestido como um cavaleiro espanhol com uma capa de estudante português e um enorme chapéu de abas largas, surpreendeu toda Europa. Na década de 80, Sandeman aliou-se a empresa Seagram com sede no Canadá e uma nova era começou. A última grande movimentação foi em 2002, quando entrou para o Grupo Sogrape. Atualmente a cada minuto uma média de 21 garrafas de Sandeman são comprados. É uma marca mundial, com distribuição em mais de 55 países.
O vinho do porto branco é feito apenas com uvas brancas e descansa em grandes balseiros de carvalho. Este Sandeman Porto Branco apresenta um coloração amarela ouro com muito brilho e carregada com reflexos de âmbar. No aroma é evidente as frutas em compota como abacaxi e pêssego. Na boca é bastante adocicado com pouca acidez. Acredito que deve ser servido fresco pois sua doçura pode torná-lo enjoativo. É um vinho licoroso que casa perfeitamente com sorvete ou outras sobremesas cremosas. Normalmente é produzido para ser bebido jovem, entre 2 e 3 anos, e após aberto permanece fresco por até quatro semanas (conservar sob refrigeração).
Minha recomendação, por experiência própria, é que não se deve exceder as duas ou três taças, pois com alto teor alcoolico e grande residual de açúcar, a dor de cabeça é garantida.

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domingo, 24 de julho de 2011

114. Herdade das Albernoas - 2008

O local onde costumamos comprar vinho influencia sobremaneira nosso estilo de beber e determina de forma impressionante a tendência de consumo. Meu amigo, cunhado, compadre e também confrade Adriano compra regularmente vinhos no Supermercado Mercadorama, pela proximidade e facilidade de acesso. O Mercadorama é uma rede de supermercados paranaense com quase 100 anos de história. Em seu site é possível fazer compras on-line, inclusive com uma boa carta de vinhos e obter receitas do renomado chef Jorge Nascimento. Particularmente uso o site para, vez por outra, dar uma geral nos preços e promoções. Também possui uma característica interessante por privilegiar os rótulos portugueses que são abundantes em suas prateleiras.
Este tinto da região do Alentejo indica sua composição com as seguintes uvas: 60% Aragonez, 20% Trincadeira e 20% Castelão. Tenho pouca experiência com rótulos e regiões portugueses mas acredito que suas características representem muito bem seu terroir. Na boca é seco e com o alcool destacado. Possui um amargor rústico que aos poucos é substituído por uma boa acidez. Corpo médio e pouca persistência. Talvez aerar por 1/2 hora consiga trazer o aroma e sabor que parecem estar escondidos nesse rótulo.

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quarta-feira, 4 de maio de 2011

Bairrada Reserva - Aliança - 2007

Lá se vão 11 dias da última postagem. Não me recordo de ficar tanto tempo sem atualizar o blog com um novo rótulo. A justificativa para esta ausência tem seus números: fazem 16 dias que estou sozinho com o Felipinho pois a Karla está no Canadá. As boas novidades são que daqui a dois dias estamos embarcando para encontrá-la, chegaremos em Toronto no domingo "dia das mães". Outra notícia bacana é que o próximo post será o número 100 e possivelmente trará um vinho Canadense!

A Bairrada é uma região de Portugal que possui legislação específica e uma DOC (Denominação de Origem Controlada) para padronizar a produção dos vinhos. A Baga é a uva permitida e utilizada tendo como principal característica a rusticidade e aspereza ao paladar.
Na taça apresenta cor escura, sem brilho e com boa formação de lágrimas. O aroma é bastante particular e lembra algum tipo de tempero escuro. Na boca é seco com uma adstringência destacada. Bom corpo e prolongada persistência. É um vinho simples, rústico que certamente não agrada a todos os paladares.

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segunda-feira, 11 de abril de 2011

Quinta do Cachão - Douro - 2008

Meu grande camarada Junior e sua esposa apareceram para comer uma pizza no último sábado. Mesmo afastado temporariamente do pequeno prazer de beber, porém sempre muito atento as postagens do Mundo Vitis, troxe uma garrafa do excelente Nieto Senetier Merlot Reserva 2006. Vou deixar descansar na adega e em breve será comentado.

Aproveitei a ocasião para abrir um rótulo português, um DOC do Douro. Esta região fica no nordeste de Portugal rodeada por montanhas e talvez seja a mais importante daquele país (também é nela que são produzidos os vinhos do Porto).
O Quinta do Cachão - Douro - 2008 é produzido com as cepas Touriga Franca, Touriga Nacional, Tinta Barroca e Tinta Roriz. Passa por barricas de carvalho frances e americano e conforme determinação de sua DOC deve ficar engarrafado pelo menos 18 meses antes de ser comercializado.
Normalmente não transcrevo informações que encontro, mas neste caso o contra-rótulo descreve tão bem o vinho que vou utilizar: "Cor rubi intensa, aroma complexo com notas de fruta seca, passa de uva, figo e cereja. Rico, suave e harmonioso, com um fim longo e frutado." Acrescento apenas que os 14% de alcool passam desapercebidos e o retro-gosto traz algum tabaco e tostado. Um conjunto muito bacana! Seu preço varia de R$25 a R$29.

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domingo, 6 de fevereiro de 2011

Porto Almiro - Ruby

Já comentei outro vinho licoroso (relembre) que por ser produzido no Brasil não pode receber a identificação de vinho do Porto. Para receber este título o vinho deve ser produzido exclusivamente de uvas da região do Douro, norte de Portugal. Sua principal característica é a doçura, gerada pela interrupção precoce da fermentação e a adição de aguardente vínica. Existem vários tipos de vinho do Porto, mas os principais são: o Porto Branco, produzido a partir de uvas brancas; o Tawny que durante a produção oxida e envelhece rapidamente e o Porto Ruby, que tem menor contato com madeira durante sua fabricação e mantém com mais evidência suas características iniciais (normalmente é mais escuro que o Tawny).
Este Porto Almiro é produzido com as castas Touriga Nacional, Touriga Franca, Tinta Roriz, Tinta Barroca, e Tinta Cão, com 19% de graduação alcoolica. Apresenta uma cor bastante escura, sem nenhuma transparência, com certo brilho. No nariz é simples demonstrando alguma fruta madura e uva passas. Destaque maior para o álcool, infelizmente. Na boca é intenso, doce, com alguma secura e um toque caramelado ao final. Comprei esta garrafa de 375ml por R$12 no Carrefour.

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segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Casal Garcia - Vinho Verde (Branco)

Aqui temos uma típica confusão no MundoVitis: o vinho verde pode ser branco, rosé e até mesmo tinto (!). A nomenclatura "verde" no caso deste vinho português está associada ao ponto de maturação das uvas e não a sua cor propriamente dita. É produzido em região demarcada e controlada (DOC) seguindo padrões determinados pela Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes. É o segundo vinho de Portugal mais exportado, perdendo apenas para o vinho do Porto. As principais cepas utilizadas são a Loureiro, Alvarinho, Trajadeiro, Vinhão e Espadeiro. É um vinho leve, fresco, com alta acidez e feito para ser bebido ainda jovem, preferencialmente bem resfriado. É o acompanhameno ideal para pratos leves e dias (ou noites) quentes.

Este rótulo, Casal Garcia Vinho Verde Branco, possivelmente é o mais conhecido no Brasil e facilmente encontrado nas prateleiras dos supermercados. Pelo que pesquisei é feito do corte de Trajadura, Loureiro, Arinto e Azal, vinificado pela Sociedade Agrícola Quinta da Aveleda. Possui cor palha, transparente e muito límpido, forma ainda uma pequena efervescência quando na taça. O aroma é muito delicado e discreto com um leve frutado cítrico. Sua alta acidez traz harmonização ideal com para saladas, mariscos e culinária japonesa. Também pode ser desfrutado sem acompanhamento em um bate papo na varanda ou a beira da piscina.

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segunda-feira, 31 de maio de 2010

Vista TR - Tinta Roriz - 2007

Mesmo após vasculhar o site da Aliança Vinhos de Portugal e todo o resto da web, encontrei poucas referências sobre este vinho. Assim, restou o contra-rótulo que mostrou um serviço razoável. Indicou a passagem por barricas de carvalho francês e a Tinta Roriz como casta predominante com 85%, além da adição de Touriga Nacional com 15%. Apresentou também selo de garantia com controle da CVRB (Comissão Vitivinícula da Região Bairrada) e algumas sugestões de harmonização: "Acompanha diversos tipos de carne, especialmente assados, mas também diversos tipos de queijos".
Na taça mostrou um intenso rubi. Infelizmente a maior qualidade na minha opinião ficou apenas na bela coloração. Com modesto aroma frutado, não consegui perceber madeira. Pouco corpo, taninos suaves e retrogosto agradável. É um vinho quente com seus 13,5% de álcool.
Esta garrafa comprei por R$16 no Carrefour.


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sábado, 22 de maio de 2010

Porca de Murça - Tinto - 2006

Receber presentes é ótimo. Quando é algo que gostamos então...
Meu amigo/irmão Adriano, noite dessas, apareceu para jantar e trouxe consigo um vinho português, o Porca de Murça. A primeira curiosidade certamente refere-se ao nome. Dentre vários textos que explicavam a origem, o que me chamou mais atenção foi o blog do Sequetin, onde indicava que o povoado de Murça era constantemente atacado por javalis e ursos. Sendo que, o mais feroz desses animais foi abatido pelo Senhor do lugarejo. Para eternizar a façanha, ergueu um monumento em pedra do centro da vila. Esta escultura monolítica passou a ser utlizada como referência turística da região.
Produzido pela Real Companhia Velha é uma das marcas mais antigas da região do Douro. É feito a partir das castas touriga nacional, touriga francesa, tinta roriz, tinta barroca e tinta cão.
A partir de 2006 os rótulos não trazem mais a famosa imagem da "porca", que foi substituída por um arco dourado.
Mostrou violeta intenso na cor. Aroma lembrando frutos vermelhos e especiarias. Macio, acidez equilibrada e álcool um pouco evidente, sem tirar a harmonia do conjunto. Preço entre R$20 e R$25. Passou muito bem pela prova de fogo: a pizza de tomate seco, palmito e catupiry.

A rolha traz as iniciais da bicentenária produtora
de vinhos de Portugal, fundada em 1756.


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