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segunda-feira, 13 de junho de 2016

260. Casillero del Diablo - Manchester United Legendary Collection - CS - 2012

Neste último domingo participamos de um delicioso almoço comemorando o Dias dos Namorados.
Toda a preparação foi muito caprichada e todos os detalhes pensados com muito carinho, Ótima comida, decoração impecável e um clima realmente acolhedor. Mas o grande momento do dia foi a chegada de nosso amigo Júnior que teve alta e se recupera de uma intervenção cirúrgica importante.
Esse grande cara, logo após recobrar suas forças, escreveu alguns "conselhos" que com muito orgulho reproduzo aqui:
1. A família é o bem mais precioso que temos.
2. O outro bem mais precioso é aquela família que a gente escolhe: Os amigos.
3. Você aprende a dar valor as coisas mais simples que antes nem notava.
4. A felicidade está, realmente, nas pequenas coisas da vida.
5. Existem enfermeira(o)s e existem anjos.
6. Após uma semana de UTI você nunca mais vai reclamar do tempero da comida de ninguém.
7. Cada hora dentro da UTI equivale a 10 horas aqui fora.
8. Seja bom com as pessoas. Isso faz a diferença.
9. A 1 minuto de entrar em uma cirurgia desse tipo, você consegue refletir sobre sua vida toda, pede desculpas por ter magoado alguém, se arrepende dos pecados e pede uma segunda chance.
10. Ao acordar de uma cirurgia assim, você tem a real sensação do que é estar vivo e simplesmente chora.
11. A vida é muito valiosa pra não ser aproveitada, e você percebe quanto tempo já perdeu.
12. Você percebe que, mesmo sem querer, complica a vida ao invés de facilitar. Facilite sua vida. Não crie problemas onde não existem.
13. Seja doador. De uma segunda chance a alguém. O mundo precisa dessa conscientização.
14. Sempre que possível, ouça a história de luta de alguém. Isso pode ser tudo o que ela precisa naquele momento e ainda pode te ajudar com seus próprios problemas.

Meu grande amigo, desejo a você a melhor recuperação e toda sorte que você merece!

Quanto ao vinho, oferecimento do compadre Fabiano, merece aplausos.
Trata-se de uma linha limitada produzida em parceria com o Manchester United, trazendo inclusive em seu rótulo a assinatura de três grandes atletas relacionados ao clube inglês.
Sua coloração é fechada e intensa, aroma marcado por frutas e cassis. Aveludado, elegante e com ótimo final de boca. É envelhecido por quatorze meses em barricas  de carvalho francês e americano.


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terça-feira, 24 de março de 2015

258. Casa Amada - Cabernet Sauvignon - 2014

Agora meu amigo/compadre/irmão Fabiano também está trilhando os caminhos tortuosos para encontrar vinhos bons e baratos. Desta vez o cara acertou na mosca com esse ilustre desconhecido. Produzido pela famosa vinícola Casa Silva, uma das mais conceituadas e tradicionais bodegas do Chile, não tem nenhuma referência no site oficial. As pesquisas na web também mostram que este rótulo é absolutamente novo e, provavelmente direcionado ao mercado externo. Comprado no Muffato por R$19,90 é a verdadeira pechincha que todos procuramos.
Um vinho muito bem feito, simples, justo e com o claro propósito de ser o vinho do dia a dia.
Na taça é límpido, brilhante e vívido. Este Cabernet não é muito aromático mas possui o toque vegetal esperado nesta casta. No paladar é firme, regular, comportado e muito discreto. A grande sacada deste vinho realmente é sua modéstia. O winemaker estava totalmente convencido de que seu produto final seria apreciado pela grande parcela de consumidores do varejo.
Estou me sentindo muito bem por bebericar este vinho pensando em analisa-lo para esta postagem.... fazia tempo que isto não acontecia.


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domingo, 15 de fevereiro de 2015

257. La Joya - Gran Reserva - Cabernet Sauvignon- 2013



Aproveitando que a Karla está com um projeto em Santiago e precisa fazer viagens praticamente mensais a capital chilena, não deixo de fazer minha lista de "encomendas". Esta condição realmente me animou para reativar o blog, parado a mais de um ano.

Este rótulo foi uma indicação do pessoal local.
A vinícola Bisquertt tem característica familiar e foi fundada em 1978 por Don Osvaldo Bisquertt.
Localizada na região costeira do Colchagua exporta para mais de 30 países em quatro continentes.
Este La Joya Cabernet Sauvignon é bastante aromático trazendo um aroma carregado de especiarias como pimenta preta e cravo. Na boca é bastante intenso com ótima acidez e taninos ainda jovens. Com final longo e marcante, pode descansar por mais alguns anos para refinar o conjunto. Não fez feio diante de uma deliciosa carne de panela com tempero e sabor tipicamente caseiros.



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quinta-feira, 30 de maio de 2013

255. Latitud 34 - Cabernet Sauvignon - 2011

Este é mais um rótulo muito barato, na casa dos R$13, que podemos colocar na categoria "cotidiano". Certamente não é um vinho para um jantar com amigos, acompanhar aquele prato mais elaborado e sim para beber sozinho, sem nenhum compromisso.
Fabricado pela Bodega Carelli com uvas provenientes da região de Rivadavia, Mendoza, tem indicação de 100% Cabernet Sauvignon. Possui bela coloração rubi com algum reflexo de violeta. O aroma é bastante frutado mas com alcool em destaque. Na boca inicialmente é intenso e "picante". Já em segundo plano o alcool continua incomodando e trazendo um pequeno amargor no final de boca. Média persistência e corpo.
É um vinho simples com proposta bem definida em oferecer o mínimo de qualidade por um preço bem acessível. Caso, assim como eu, você não tenha condições de beber uma taça de um "bom" vinho todo dia, compre algumas garrafas deste discreto mendocino para sua adega.


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domingo, 28 de abril de 2013

252. Hemisfério - Cabernet Sauvignon - 2011

Comprei este rótulo na Wine.com por R$27 e posso afirmar que foi um bom negócio. Aliás, aqui vale uma consideração pois tenho utilizado frequentemente este portal para adquirir vinhos, algo muito possível pois o frete não é cobrado. A grande barreira para compra de vinhos on-line sempre foi o alto valor de entrega.
Produzido pela vinícola Miguel Torres é um varietal 100% Cabernet Sauvignon com uvas provenientes do Vale Central e metade da produção com passagem em barricas de carvalho francês por 06 meses. Tanto a madeira quanto seus 14% de alcool estão muito bem integrados ao conjunto. Não é dos mais aromáticos mas ainda assim entrega frutas negras frescas sobre uma sutil nota vegetal. Na boca mostra mais intensidade com bom corpo, final médio e bastante agradável. Gostei da proposta onde a passagem por madeira apenas afinou o vinho e não chegou a atribuir-lhe características de baunilha ou tabaco. O vinho é jovem, fresco, frutado e muito equilibrado. A indicação é de guarda entre 3 e 5 anos.
Outro ponto interessante é a preocupação da Miguel Torres com a sustentabilidade e o meio ambiente. A garrafa é bem mais leve que o habitual, a papelaria do rótulo é feita a partir de material reciclado e em suas vinhas utilizam técnicas de manejo orgânico.



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quarta-feira, 13 de março de 2013

249. Lauquita - Cabernet Sauvignon - 2010

Esta semana terminou a licença maternidade da Karla e ela voltou a trabalhar. Assim temos uma nova rotina que confesso ser bastante agitada e com poucas possibilidades de sobra de tempo. A noite as coisas são ainda mais complexas pois todos estão cansados e querendo algum tipo de atenção. Não sei exatamente como, mas as coisas fluíram bem neste primeiro dia e conseguimos até fazer um risoto al funghi e bebericar um vinho no jantar. Milagres realmente acontecem.
Este vinho faz parte do lote que comprei no Selo Reserva e já comentei o Merlot desta mesma linha (relembre).
Sua coloração é bastante consistente e fechada, com certo brilho e reflexos em violeta profundo.  No aroma inicialmente apresenta notas vegetais picantes que lentamente vão dando lugar a nuances frutadas. O detalhe que considero negativo é a pouca persistência destes aromas. Na boca é leve, com acidez equilibrada, taninos macios e pouco corpo. Com o álcool em 12,6% é bastante leve e fácil de beber. Este rótulo não é necessariamente gastronômico e pode servir tranquilamente como vinho de entrada para um jantar mais elaborado. Seguindo a mesma linha do Merlot, é fresco, jovem e não terá nenhuma melhoria com a guarda. Com nosso risoto encaixou como uma luva na harmonização e ficou até aquele gostinho de quero mais, pois a garrafa era de 375 ml.


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terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

242. Sonata - Cabernet Sauvignon - 2011

Este rótulo é produzido pela Vina Maipo (não tem referência a esta linha no site) e já passou aqui pelo Mundo Vitis na versão Carmenere (relembre). Comparativamente, desconsiderando a grande diferença entre as uvas, o Cabernet Sauvignon apresentou menos destaque na madeira (?) e no álcool. Porém, da mesma forma que seu antecessor demonstra todas as características de um vinho para ser bebido jovem, se possível antes de seu terceiro aniversário. Mostrou bom corpo com coloração muito fechada e brilhante. Apesar de pouco persistente possui aroma frutado intenso. Na boca destaque para as especiarias, que não aparecem no nariz, boa acidez e algum dulçor. Final médio, trazendo no retrogosto um toque amargo, como açúcar queimado. É o famoso vinho para cozinhar, ou seja, beber sem prestar muita atenção nele e concentrar-se na atividade principal.

O site da vinícola está apresentando o lançamento de uma nova linha Reserva de varietais chamada Vitral, não sei se chegará ao Brasil, de qualquer forma achei o vídeo muito bacana.



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domingo, 13 de janeiro de 2013

240. Antu Ninquem - Cabernet Sauvignon - Carmenere - 2010


Após diversos estudos numerológicos e cálculos escalafobéticos decidimos, eu e a Karla, que três é o número de filhos perfeito e alinhado com nossos ascendentes astrológicos. Nossa casa parecer pequena, termos trocado nosso carro por outro de sete lugares e os valores triplicados da escolinha também auxiliaram um pouco neste processo. A ideia de planejamento familiar faz todo sentido agora, sendo assim, como genitor, macho e cabra da peste que sou, e também com a imposição da Karla, "decidi" pela vasectomia. 
Definida como uma cirurgia de esterilização voluntária (nem sempre!) é feita através da ligadura (secção) dos canais deferentes do homem apenas com anestesia local. Este método torna o homem estéril sem interferir na produção de hormônios nem em seu desempenho sexual. Sinceramente o procedimento cirúrgico no meu caso foi muito tranquilo e os 30 minutos que fiquei esticado na maca conversando com o Dr. Samir passaram rapidamente. Saí do hospital sem problema algum e voltei dirigindo para casa. Desconsiderando o fato de, após umas duas horas da cirurgia, eu ter a sensação que levei um chute do Anderson Silva no saco, minha recuperação foi bem aceitável.
Este vinho chileno ganhei de presente de aniversário do compadre Fabiano, que também já passou pelas "mãos" do Dr. Samir. Além disso quebrei uma de minhas regras de ouro, onde deveria beber o vinho com quem me presenteou. Como não fiz isso, vou esmerar nos detalhes para que minhas impressões sejam suficientes para matar a curiosidade do grande amigo. 
Com conjunto externo composto por uma garrafa pesada, rótulos elegantes e discretos, ótimo material que protege a longa rolha de cortiça natural, já demonstra o cuidado do produtor em causar boa impressão. Sua cor é fechada, densa, de um rubi intenso e profundo. A profusão de aromas preenche o olfato com notas de amoras e ameixas maduras, pimentão, baunilha e nota final tostada lembrando tabaco. Ao paladar continua entregando frutas negras maduras com muita suculência  Os taninos ainda muito vivos certamente seriam acalmados com maior tempo de descanso. Penso que seja um vinho para 5 anos de guarda ou mais. Muito corpo, com um conjunto equilibrado e final de boca longo.
Consultando a página do produtor observei a indicação que 100% do vinho passa por estágio de 14 meses em barricas. Sendo estas 20% de carvalho americano e 80% de carvalho francês, metade novas e metade de segundo uso. A ficha técnica ainda revela composição de 70% Cabernet Sauvignon (uvas colhidas em 5 de maio de 2010) e 30% Carmenere (uvas colhidas em 20 de maio de 2010) sendo as vinhas com idade de 13 anos. Este mesmo rótulo, mas com safra de 2009 obteve 90 pontos na avaliação de Robert Parker e do Descorchados (mais importante guia de vinhos do Chile).



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sexta-feira, 30 de novembro de 2012

232. Tutunjian - Cabernet Sauvignon - 2008


Normalmente guardo o vinho que ganho dos amigos para posteriormente compartilhar com o "pai da criança". Isto gera uma situação interessante pois coloca frente a frente criador e criatura. No caso deste Cabernet chileno, que ganhei do confrade Jeferson em meu aniversário, contrariei minhas regras e saquei a rolha sem a presença do ilustre amigo. 
Particularmente gosto muito quando retiro o invólucro que protege a rolha e observo um bom material. A própria rolha, neste caso de cortiça maciça, também indica especial cuidado do produtor com a nossa primeira impressão. Somado a estes detalhes a pesada garrafa em formato bordalês impecável e o sóbrio rótulo, fecham um belo conjunto visual externo.  
O contra-rótulo indica informações importantes sobre os vinhedos e o processo de fabricação. O texto ressalta o cuidado na colheita manual das uvas, que provém de plantas com mais de 30 anos, bem como o envelhecimento em barris de carvalho por 12 meses e em garrafa por mais 6 meses antes de ser comercializado. 
Na taça é escuro, brilhante e intenso. Aromas frutados e notas de baunilha se destacam. Na boca é muito quente e picante. O final de boca mantém a intensidade inicial, infelizmente com destaque para álcool.  Neste ponto parece estar o único defeito deste rótulo, onde o álcool deixa a pulga atras da orelha a partir da análise olfativa. Quando percebi esta característica deixei o vinho em decanter por mais de 2 horas e ainda assim o álcool parece estar "grudado".


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quarta-feira, 15 de agosto de 2012

220. D.V. Catena - Cabernet/Malbec - 2007

A última viagem para Foz do Iguaçu fez um bem danado a adega do compadre Adriano. Ele conseguiu agrupar uma coleção interessante com rótulos tradicionais como o Ventisquero Grey e o próprio D.V. Catena. Além de outros tintos mais acessíveis, um fortificado e alguns espumantes que compõem uma paleta bacana que atende vários gostos e ocasiões. Enquanto a pizza não chegava e as crianças brincavam, aproveitamos para colocar a conversa em dia. Fiquei ainda responsável pela abertura e o serviço do vinho.
A garrafa pesada e o material de ótima qualidade que protege a longa rolha de cortiça compoem o elegante conjunto externo. Na taça mostra-se muito aromático, intenso e com certa complexidade. Na boca preenche o paladar de forma uniforme, trazendo as especiarias, frutas maduras e baunilha do olfato. Taninos, acidez e álcool em perfeita sintonia, formando o equilibrado conjunto que certamente é a marca registrada do vinhos da Catena Zapata. Pesquisando na web encontrei referencia de 12 meses de estágio em barricas de carvalho 90% francesas e 10% americanas. Acredito que seja um vinho que suporte guarda entre 8 e 10 anos. Já comentei outro D.V. Catena (relembre) , coincidentemente também bebericado com o confrade Adriano.


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domingo, 8 de julho de 2012

211. Santa Carolina - Cabernet Sauvignon - 2010

Utilizar um determinado material para cada ano e indicar esta etapa com uma comemorção faz parte da cultura ocidental. Completando doze anos de casamento estamos (eu e a Karla) fazendo "Bodas de Seda". Passamos pelos últimos anos (alumínio e aço) com ótimas perspectivas e curtindo o crescimento do Felipe. Para os dois próximos anos (renda e marfim) o propósito é o mesmo, mas agora além do Felipe as gêmeas Marina e Larissa entraram nos planos. Deixamos o baixinho na casa da Vovó e partimos para um tranquilo jantar comemorativo. A dúvida estava entre comida japonesa e o fondue, mas a noite gelada de Curitiba decidiu por nós.
O restaurante Petit Chateau fica em Santa Felicidade, bairro sinônimo de gastronomia em Curitiba. Fundado em 2007 possui ótimas opções no meu a la carte e no inverno o tradicional rodízio de fondue. Este último inicia com o de queijo, acompanhado de pães e batatas, seguido pelo fondue de carne, frango e lombo suíno com vários tipos de molhos. O fechamento fica por conta dos doces: chocolate preto, branco e doce de leite com diferentes frutas e marshmallows. O único detalhe que o restaurante pode melhorar é a calefação, pois em noites frias com janelas fechadas o ar fica bastante pesado, principalmente pela "fritura" do fondue de carne.
Como a Karla não esta bebendo e ainda buscaríamos o Felipe a opção para o vinho ficou na meia garrafa. Diante de poucas opções escolhi o Santa Carolina - Cabernet Sauvignon - 2010. Confesso que fui bastante conservador pois o vinho esta noite estava em segundo plano.
De qualquer forma não decepcionou e mostrou-se digno representante dos cabernets chilenos. Sutil e discreto nos aromas (frutados). Na boca é leve, com a mesma fruta discreta do nariz, taninos suaves e agradável retrogosto. Eu já havia experimentado este vinho em outras oportunidades e realmente merece a fama de campeão de vendas nos supermercados. Já comentei um outro Santa Carolina no blog (relembre).

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sexta-feira, 15 de junho de 2012

209. Lunar - Cabernet Sauvignon - 2010

Venho deixando este post no final da lista de publicações já faz quase um ano. Isto porque escrever que não gostei de um determinado vinho é muito chato. Neste caso específico ainda carrego o pesado fardo da vergonha, pois levei esta garrafa para um almoço de domingo na casa de meus vizinhos. A comida estava ótima, mas o grande diferencial foi a companhia, pois o Everton e sua esposa Rosane, são incrivelmente simpáticos, atenciosos, prestativos e bem-humorados. Além disso a pequena Beatriz é sem dúvida a melhor amiga do Felipe. Ter vizinhos como eles é como ganhar na loteria, precisa de muita sorte. Talvez todos estes itens positivos tenham minimizado um pouco a impressão negativa deste rótulo nacional.
O vinho na taça é até bonito, com coloração escura sem transparência. Ao circular o líquido nas paredes da taça é onde começam os problemas. Além de não formar lágrimas ele escorre de maneira muito irregular, formando figuras e formatos que normalmente não vemos. Apresenta pouco corpo. No olfato as notas vegetais estão em destaque, assim como a fruta "morangos não maduros". Outras notas ainda mais verdes compõem o bouquet. Na boca é onde o desencanto é maior, acidez exagerada e os taninos travam as papilas gustativas de forma muito destacada. O retro gosto é curto, seco e adstringente. Definitivamente não é o estilo de vinho que gosto.

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207. La Palma - Cabernet Sauvignon - 2010

Este rótulo foi oferecimento do camarada Ernesto. Por falar nele, o Ernesto, tenho uma grande simpatia pelo seu jeitão tranquilo e equilibrado. É um cara muito carismático que aceitou serenamente todas as provocações de nossa turma. Explico melhor: temos certa semelhança física que foi motivo de inúmeras piadas e brincadeiras.
A Viña La Rosa é uma das mais antigas do Chile, fundada em 1824 pela família Ossa. Este vino é produzido com uvas do Valle Del Cachapoal que fica ao sul de Santiago e é considerada a região onde a Cabernet Sauvignon teve a melhor adaptação. Na taça cor intensa com destaque para o violeta. No nariz é jovem, frutado e com certo destaque para o alcool. Intensas notas de baunilha com pimentão em um fundo de madeira. Inicialmente mostrou-se quente (alcool) e com a madeira exagerada, desequilibrando um pouco o conjunto. Na sequencia acalmou e ficou menos agressivo ao paladar. Particularmente não gosto quando a madeira fica em destaque sobre a frutosidade do vinho. O final de boca traz novamente a baunilha, agora com algum tostado.Certamente este jovem chileno será beneficiado com uma aeração prévia.

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sábado, 9 de junho de 2012

204. Intipalka - Cabernet Sauvignon - Petit Verdot - 2009

A última categoria de país que abri no Mundo Vitis foi do Domaines de Carthage da Tuísia (relembre). Enquanto bebericávamos este Intipalka, eu e o compadre Anderson tentávamos lembrar alguma referência de vinhos do Peru. Não que a memória nos falhasse mas realmente não tínhamos conhecimento da história vitivinícola deste país andino. Porém, o Peru foi um dos primeiros países da América do Sul a produzir vinhos e exportá-los. Em 1560 haviam 40.000 hectares de vide plantadas e produzindo, com exportação garantida para a Espanha. Em meados de 1890 a filoxera e outras pragas associadas destruíram pratiamente todos os vinhedos do país, sendo que somente na década de 70 voltaram a ser replantados.
Este Intipalka é produzido pela Bodega Santiago Queirolo, fundada em 1880 em Lima, Peru. Inicialmente com forte atuação na produção de pisco e somente em 1906 lança seu primeiro vinho no mercado interno. Em 2004 passou por uma total remodelação em sua estrutura, adquiriu novas tecnologias e maquinários modernos, passando a produzir vinhos nos moldes e padrões internacionais. Intipalka significa Vale do Sol em quechua, antigo idioma do império Inca, e foi uma impressionante surpresa por sua elegância e grande estilo. Aromas bem definidos de frutas vermelhas muito maduras e algumas notas "adocicadas" que lembram compota. Na boca confirmou a fruta com taninos e acidez na medida certa. Final médio e agradável. É um vinho realmente interessante e diferente, onde o corte com a Petit Verdot encaixou perfeitamente na Cabernet Sauvignon. Agradeço muito ao confrade Anderson por ter trazido e compartilhado este ótimo rótulo.

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segunda-feira, 21 de maio de 2012

198. Montes - Cabernet Sauvignon - 2009

Estávamos ansiosos pela definição do sexo de nossos bebês. O Felipe e o Vovô apostavam todas as fichas nas meninas, enquanto os outros palpites, inclusive a mamãe estavam tendendo ao casal. Impressionante é que poucos acreditavam que seriam dois meninos. Já na primeira ecografia o obstetra da Karla mandou o recado que acreditava serem gêmeas. Essa opinião mais técnica começou a pesar e influenciar alguns palpites. Mas finalmente veio a confirmação de que a Marina e a Larissa estão a caminho.
É bastante aceitável que esta ótima notícia mereça um bom vinho. Passei na Casa da Azeitona onde comprei este Montes - CS - 2009, mais alguns petiscos e convidamos os padrinhos da Marina, Fabiano e a Valéria, para uma pizza em nossa casa. Como sempre o jantar teve um animado bate-papo e a criançada brincou até altas horas.
A qualidade do vinho inicia sempre na análise visual e este Montes não decepcionou. Bela cor rubi, intensa, fechada e com ótimo brilho. Muitas lágrimas nas paredes da taça, finas e lentas. No aroma as típicas notas herbáceas da Cabernet Sauvignon, muito frutado e com algum tostado no final. Na boca é agradável e intenso. Equilibrado e elegante, retornou mais fruta e baunilha no retrogosto. Os taninos ainda são bastante firmes e acredito que este vinho suporte mais alguns anos sem perder suas características mais marcantes. Toda essa potência (controlada) é cortada por uma parcela de 15% da Merlot incorporada ao conjunto. No site da Vina Montes indica maturação por 6 meses em carvalho americano e sugestão de guarda para 5 anos. Seu preço médio é de R$45.
Um brinde a nossas meninas que estão chegando!

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segunda-feira, 7 de maio de 2012

193. Réserve Sainte Olive - Cabernet Sauvignon - 2009

Os vinhos franceses para mim ainda são um grande ponto de interrogação. Estou certo de que será necessário dedicar mais tempo e "recursos" na busca de um melhor entendimento. Este rótulo é produzido pela Vignerons de La Mediterranée que fatura cerca de 50 milhões de euros e produz mais de 25 milhões de garrafas por ano. São 2.000 produtores, formados por mais de 85 "châteaux" e "domaines" e ainda 15 cooperativas de produção.
Quanto a sua classificação, Vins de Pays d’Oc, são produzidos no sul da França em Languedoc-Roussillon em quatro subregiões certificadas: Pyrénées Orientales, Aude, Hérault e Gard.
Este vinho me pareceu entrar na categoria "de mesa", pois mostrou-se bastante simples em todas as suas características. Pouco corpo, um tanto ligeiro e com aromas discretos. O alcool inicialmente ficou em destaque. Boa acidez porém pouco tânico. No site do importador (www.barrinhas.com.br) consegui algumas informações adicionais como a indicação de guarda para dois anos, volume alcóolico de 13 graus, sem passagem por barrica e a confirmação de 100% Cabernet Sauvignon.
Possui tampa rosqueável e foi comprado no Carrefour em Curitiba por R$19.


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quarta-feira, 11 de abril de 2012

189. Leaping Horse - Cabernet Sauvignon 2009


A história da Vinícola Ironstone começou em 1948 fundada pelo jovem agricultor John Kautz. Atualmente está entre os dez maiores produtores de vinho da Califórnia. Além das modernas instalações, uma gigantesca adega, com capacidade para mais de 1 milhão de litros, entre tanques de aço e barris de carvalho e um centro de visitantes, em 1998 foi concluído o Anfiteatro Ironstone. Com cinco níveis e seu formato de ferradura, totalmente ao ar livre, abriga a cada verão atrações da música nacional e internacional. Pelo palco do Ironstone Vineyards Amphitheatre já passaram nomes como Lynyrd Skynyrd, UB40, Coldplay, Diana Krall, Alan Jackson, Steve Miller Band, Willie Nelson e ZZ Top.

Todas estas informações me deixaram bastante animado para experimentar o vinho. Fora a estranhíssima rolha de cor azul o restante da experiência com o rótulo do "cavalo saltando" foi bastante agradável. Com uma bela coloração rubi escura com muito brilho e profundidade, mostrou na taça uma ótima aparência. O aroma carregado de frutas escuras como ameixa, amora e cereja madura. No final de taça deixa algumas notas de carvalho e tabaco. Na boca bastante é intenso preenchendo de maneira linear o paladar. Os taninos estão bastante contidos e a acidez também controlada. O alcool não incomoda em nenhum momento. O retrogosto é agradável e com boa duração. Realmente um vinho muito "saboroso" e fácil de beber. Por esta garrafa paguei R$26 no supermercado Muffato em Curitiba. Vale cada real gasto.


Este show do ZZ Top de 1992 não foi no Anfiteatro
Leaping Horse, mas é um grande clássico!


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segunda-feira, 2 de abril de 2012

189. Oak Leaf - Cabernet Sauvignon

Não, eu não esqueci de colocar a safra no título do post. É que este tinto californiano não demonstra em nenhum lugar de seus rótulos o ano da safra. Certamente também não foi esquecimento da Oak Leaf Vineyards, o que me leva a pensar na possibilidade de ter mais de uma safra compondo a fabricação do vinho. Achei bem bacana que todo o site desta vinícola indica grande preocupação em oferecer produtos de qualidade com preços baixos. Na página que descreve o enólogo responsável pela produção, esta idéia fica clara quando ele menciona que podem existir grandes degustações com garrafas de vinho de até US$5 (cinco dolares!). Em outras frentes também procuram reduzir custos como as garrafas produzidas com 25% menos de vidro, que despendem menos matéria-prima, por serem mais leves gastam menos combustível no transporte e consequentemente produzem menos emissões de carbono.
O vinho na taça demonstrou certa transparência e cor pouco intensa. Visualmente já demonstrou pouco corpo. O aroma também é bastante discreto, com notas frutadas de ameixa e cereja. Também entregou algo que lembra romã e alguma coisa de baunilha. Na boca confirmou a pouca consistência do conjunto sendo leve e ligeiro. É para ser bebido descontraidamente, sem compromisso ou combinações gastronômicas. Outra sgestão: bermuda, chinelo e com o vinho um pouco mais resfriado que o normal. Este bebericamos com uma pizza durante um animado bate-papo na casa dos compadres Fabiano e Valéria.

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domingo, 1 de abril de 2012

188. Misiones D Rengo - Cabernet Sauvignon - 2009

A Vina Misiones de Rengo está localizada na comuna de Rengo na província de Cachapoal, cerca de 115 kilometros da capital Santiago. O entorno da vinícola foi todo preservado para manter viva a rica história da região, mantendo prédios muitos antigos como um convento, uma escola apostólica e outras construções com mais de 200 anos. Desta forma procura manter a tradição aliada a mais moderna tecnologia de fabricação e produzir vinhos de altíssima qualidade. Sua capacidade de produção atinge 8.000.000 litros por ano, além de contar com uma sala de armazenamento climatizada para 1.500 barris.
O vinho tem cor rubi bastante profunda com reflexos violeta. No aroma muito vegetal, café, alguma nota de chocolate, com grande destaque para o pimentão verde. Ao paladar é quente e com o álcool bastante perceptível. Taninos duros e acidez moderada. Encorpado e com seu final trazendo o alcool novamente em destaque. Na minha modesta opinião o conjunto está um pouco desequilibrado, pois com os três anos de garrafa o alcool deveria estar menos evidente.
Porém, se servido um pouco mais fresco e com 1/2 hora de aeração, ficará ótimo. Este rótulo ganhei de presente do inestimável amigo Julio.

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sábado, 31 de março de 2012

186. Cosecha Tarapaca - Cabernet Sauvignon - 2010

Beberiquei este vinho com meu grande amigo Julio. Entre uma taça e outra relembramos momentos engraçados e pitorescos nas duas oportunidades que trabalhamos juntos. Em uma destas memoráveis desventuras em nossos clientes conhecemos uma jovem senhora que carinhosamente apelidamos de "Pangeia". Responsável pelo setor financeiro, a famosa tesoureira, carregava uma história de mais de 20 anos na empresa. Muito metódica e sistemática cumpria suas rotinas e horários de forma criteriosa. Uma pessoa comum, simples e discreta, que passaria desapercebida se não fosse pelo pacote de presente que diariamente carregava consigo. Entrava na empresa logo cedo, carregando a bonita embalagem de papel colorido amarrado com uma fita azul. No final do expediente ela cumpria o mesmo ritual e passava pela portaria com seu belo embrulho. Depois de discutirmos muito sobre este caso, eu e o camarada Julio, concluimos que era tão óbvio que ela carregava o dinheiro da empresa na caixa, que ninguém em sã conciência faria esta suposição. Certamente esta estratégia era para driblar possíveis investidas criminosas noturnas ao cofre da empresa. Ficamos no cliente durante um mês e a rotina da simpática "Pangeia" permaneceu imutável.

Quanto ao vinho é bastante simples e representa bem a Cabernet Sauvignon com suas características notas vegetais. É jovem e frutado, sem complexidade, leve, fresco e não parece ter maior capacidade de guarda. Certamente deve ser bebido em até 3 anos e sempre na temperatura entre 16 e 18 graus. Inicialmente o alcool ficou em destaque mas logo integrou-se ao conjunto. Médio corpo, boa acidez e retrogosto curto. O preço foi outro ponto que não decepcionou, paguei R$13 no Supermercado Mercadorama em Curitiba.
Já contei um pouco da história desta vinícola aqui no blog (relembre) e também destaquei alguns rótulos como os tintos Organico Plus (relembre) e o Gran Reserva (relembre).

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