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sábado, 23 de fevereiro de 2013

244. Lindemans - Shiraz/Cabernet - 2009

Resolvi impor um pequeno desafio a minha capacidade de comprar vinhos de custo acessível. Com R$25 no bolso entrei na adega da Casa da Azeitona, em Curitiba, determinado em encontrar a melhor relação de qualidade até este valor. Inicialmente, por impulso, identifiquei alguns argentinos e chilenos bem interessantes. Logo percebi que ficaria relativamente fácil transitar entre estes compadres sul americanos, pois uma das suas principais características é agradar nosso viciado paladar oferecendo ótimos preços. Franceses e italianos bons e "baratos", quase lenda. Briga boa entre portugueses e espanhóis, principalmente por serem vinhos com muita personalidade e tipicidade. Mas ainda não era o desafio que esperava e continuei buscando. Parado diante da prateleira com a identificação da Austrália e observando os poucos rótulos disponíveis, lembrei que o blog também é bastante carente de exemplares da terra  dos cangurus. Assim, encontrei este Lindemans por R$26,50 e na minha grande inocência, imaginei que não seria difícil conseguir um descontinho de R$1,50 no caixa. Ainda bem que eu tinha algumas moedas no console do carro que fecharam o valor, caso contrário este post não existiria.
Henry Lindeman plantou as primeiras vinhas (Riesling, Verdelho e Shiraz) em 1843 na região de Hunter Valley, Austrália. Dez anos depois seu galpão de produção e adega estavam prontos , começando oficialmente a comercializar seus vinhos. Devido a grande expansão das atividades, em 1870 transferiu seus negócios para Sydney. Nas Olimpíadas de 2000 foi o vinho oficial do evento. Atualmente é um dos maiores produtores do país.
Este rótulo é produzido com o corte de Shiraz (65%) e Cabernet Sauvignon (35%) mostrando ótima coloração rubi e brilho intenso.  No aroma muita fruta com ameixa e cereja maduras, notas temperadas com baunilha e algum tabaco (muito sutil). Bom corpo, agradável ao paladar com taninos redondos e acidez muito equilibrada. Final médio.


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domingo, 26 de fevereiro de 2012

181. Bear Crossing - Shiraz - 2008

Este é o terceiro rótulo australiano do Mundo Vitis e vou passar mais algumas informações sobre a terra dos cangurus. Nos últimos anos a Austrália se mantem sempre entre os doze maiores produtores mundiais de vinhos com cerca de 900 vinícolas distribuídas por toda a extensão de seu território, principalmente sul e sudeste. Inicialmente a cepa mais difundida era a Cabernet Sauvignon, mas com o passar dos anos a Shiraz ganhou destaque e atualmente é o ícone nacional. O clima australiano em virtude das dimensões "continentais" é bastante variado, porém parte de duas características básicas: ao Sul possui chuvas no inverno e primavera, com temperaturas entre 25o e 35o com pouca influência marítima; e no restante do território chuvas intensas, temperaturas e umidade bastante elevados.
A vinícola Angove Family foi fundada em 1886 pelo médico inglês Willian Thomas Angove. No início dos anos 50 a Adega sofreu uma total remodelação e passou a produzir também vinhos premium. Atualmente exporta para mais de 30 países sendo uma das maiores produtoras de vinhos do sul da Austrália. A linha Bear Crossing foi desenvolvida especialmente para auxiliar a AKF (Australian Koala Foundation) na preservação dos coalas selvagens. As uvas foram produzidas na região de Riverland, talvez a maior região vinícola do país, que possui clima especialmente quente, pouco chuvoso e com solo de calcário e argila vermelha. Com estas características de terroir associadas as técnicas de irrigação, poda e controle da produção, os frutos possuem qualidade excepcional com grande quantidade de polpa e açúcar.
Na taça mostra cor granada fechada e carrancuda, demosntrando visulamente bastante corpo. Nos aromas muita fruta madura como ameixas e amoras, com algumas notas mais vegetais como pimentão. O álcool que não é tão exagerado no olfato atinge o palato de forma bem agressiva, causando aquela sensação de "calor" na boca e vias aéreas. Independente desta característica quente os taninos são macios e a acidez bastante controlada. Se este vinho tem passagem por madeira é bastante discreta pois não pude perceber nenhuma nota mais característica. Tenho certeza que os 14,5% de álcool desequilibram um pouco o conjunto, mas de qualquer forma o antepasto de berinjela que preparei para acompanhá-lo deu conta do recado. A Karla e o compadre Adriano aprovaram a combinação. Abaixo a receita deste fácil e rápido aperitivo.

Antepasto (vapt-vupt) de Berinjela

- 02 berinjelas
- 1/2 pimentão amarelo
- 1/2 pimentão vermelho
- 01 cebola média
- 04 dentes de alho
- Azeitonas pretas
- Uva passa branca
- Amendoim torrado sem casca
- Azeite de oliva
- Oregano e pimenta preta

... Descasque as berinjelas e corte em fatias bem fininhas no sentido do comprimento.
Acomode as tiras em um escorredor de macarrão intercalando com camadas de sal.
Este seria o processo mais demorado pois quanto mais tempo a berinjela ficar no escorredor, mais água vai soltar. Após isso lave bem as tiras em água corrente. Em um pano limpo coloque a berinjela e esprema até tirar todo excesso de água.
Em uma panela aqueça o azeite para dourar a cebola e os dentes de alho. Acrescente o pimentão também cortado em tiras fininhas e refogue até ficar cozido. Acrescente a berinjela para uma leve refogada, as azeitonas, a uva passa, o amendoim, o orégano e a pimenta preta.
Deixe esfriar um pouco e acomode em um vidro ou pote regando com azeite.
Importante: se for guardar no refrigerador toda a berinjela deve ficar imersa no azeite para não estragar.


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terça-feira, 15 de março de 2011

First Step - Shiraz - 2006

Enquanto as crianças brincavam na sala e as esposas colocavam a conversa em dia, levei os confrades Fabiano e Paulo até a cozinha para abrirmos a garrafa deste representante australiano. Com a tampa rosqueável (screwcap) o serviço fica simplificado. Taças brilhando e o vinho na temperatura adequada vamos a prova.
Possui uma cor violeta intensa, bastante escuro. A paleta aromática é variada partindo da fruta muito madura, passando por algum tipo de especiaria negra, húmus e couro. Na boca é interessante pois parece oferecer sensações distoantes como sedosidade e rusticidade ao mesmo tempo. Unanimemente não conseguimos perceber madeira tanto no olfato quanto no paladar. Os taninos são macios com acidez bastante controlada. Apresenta persistência média e o álcool está
equilibrado.
Este ótimo vinho é produzido pela Step Road Winery localizada na região de Langhorne Creek, a 70 km de Adelaide, no sul da Austrália. Foi fundada em 1985 e responde também pelas linhas Step RD e Beresford.


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quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Matilda Plains - Cabernet Shiraz - 2009

Este vinho foi um presente do grande camarada Aquino. Sempre muito atento, observou que o ..::Mundo Vitis::.. não tinha nenhum rótulo australiano em suas resenhas. Mandou muito bem com este ícone do novo mundo.
Produzido pela vinícola Bremerton, localizada em Langhorne Creek, no sul da Austrália, é considerada uma das mais antigas do país. É dirigida pelas irmãs Rebecca e Lucy Wilson e além da qualidade dos vinhos tem como principal preocupação a produção sustentável e o meio ambiente.
O vinho é elaborado com 64% de Cabernet Sauvignon, 24% Shiraz e 12% Merlot. É bastante alcoolico com 14,5% e envelhece durante 10 meses em barricas de cavalho americano.
Na taça apresenta muitas lágrimas e cor vermelho rubi intensa. O aroma é bastante agradável com notas de goiaba e baunilha. No paladar é generoso e entrega um sabor frutado, maduro com taninos redondos e firmes. Realmente um ótimo representante australiano. Pelo que percebi na degustação poderia suportar um tempo de guarda muito mais prolongado. Na web seu preço varia entre R$55 e R$65.


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