domingo, 3 de julho de 2011

109. Chianti - Ruffino - 2007


Este talvez tenha sido o único vinho não canadense que tomei em Toronto.
No caminho entre nosso apartamento e a estação Wellelsley do subway, diariamente passávamos pela simpática construção em estilo inglês. Na entrada algumas mesas que ficavam quase na calçada sempre haviam alguns clientes que, na sua grande maioria, era formada por senhores e senhoras da melhor idade. Como esse pessoal mais experiente sempre sabe das coisas, decidimos experimentar o jantar. Na chegada fomos muito bem recebidos e escolhemos uma mesa no pequeno salão elevado no fundo do restaurante. O estilo sóbrio da fachada era repetido no interior com mobiliário clássico em madeira escura, muita prataria, quadros, cortinas e luz indireta. Duas curiosidades: nos restaurantes canadenses a água não é cobrada e geralmente é servida fresca com folhas de hortelã (opcional). Outro aspecto interessante é que os carros não devem ficar estacionados em vias públicas após determinado horário. Por isso quando você chega em um restaurante a noite a primeira pergunta é sobre seu carro, pois existem tickets pagos que permitem uma maior permanência do veículo. Alguns fornecem esses tickets como cortesia aos clientes. Na periferia de Toronto a regra é a mesma, deixar o carro estacionado na rua em frente a sua casa é passivo de multa e até recolhimento do veículo. Lugar de carro é na garagem.

Voltando ao nosso jantar optamos por massas: a Karla e o Felipe escolheram um Penne Rose (Penne com cubos de frangos salteados com legumes em molho rose - CA$16); eu escolhi uma Lasagna al Forno (massa caseira de quatro camadas com carne moida ao molho ragu e queijo fresco - CA$15). A carta de vinho era bastante variada e com opções interessantes para taça.
Como estávamos passeando pela gastronomia italiana aquela noite decidi pelo Chianti Ruffino. Produzido na região da Toscana, no centro da Itália, as regras quase sempre obrigam uma grande proporção da Sangiovese, minha uva preferida, na produção do Chianti. Na chegada a generosa taça estilo globe francês já transbordava aromas de frutas e flores. A cor é de um rubi intenso, pouca transparência e um brilho contido. Ao aproximar do nariz muita fruta, notas de avelâ e uvas passas. Algumas notas florais mistas também completavam o complexo bouquet e convidavam ao primeiro gole. Na boca intenso, completo, refrescante e fresco. É difícil descrever o paladar de um vinho tão completo. Álcool imperceptível e a acidez na medida certa para a gastronomia. A profusão de sabores passa do frescor da fruta até o retrogosto picante que lembra pimenta branca. Certamente não tem passagem por madeira.

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