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sábado, 11 de junho de 2016

259. Altivo - Malbec - 2014


Difícil começar a escrever depois de um ano e três meses de total abstinência aqui no Blog.
Minha vida muda muito e sempre em um curto espaço de tempo. Reativando os posts pretendo contar algumas boas histórias que sempre foram frequentes neste espaço.
Hoje depois da festa junina das crianças a Karla resolveu fazer uma lasanha e quem contribuiu diretamente para o sucesso dessa empreitada foi nossa querida amiga Ana.
Enquanto isso eu, o compadre/cunhado/irmão Adriano e o amigo Elton bebericamos dois vinhos, um deles foi esse sincero Malbec.
No paladar bem frutado e condimentado com alguma madeira. Os aromas de baunilha , chocolate e café são muito discretos porém perceptíveis. Um vinho muito justo e certamente acompanhamento ideal para carne assada e massas ao molho vermelho.
A propósito, a lasanha da minha adorada Karla (com ajuda da Ana) estava sensacional!


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segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

256. Latitud 33 - Syrah - 2011

Depois de sete meses sem postar nada no blog não fiquei surpreso por ter esquecido a senha de acesso.
Problemas técnicos a parte, o maior impeditivo para que eu simplesmente abandonasse a escrita sobre vinhos foi minha rotina diária. Neste período, não deixei de forma alguma de beber vinhos. Continuei experimentando e aceitando as mais diversas ofertas enológicas, bebericando e oferecendo minha modesta opinião sobre os diversos rótulos. Porém, as gêmeas estão crescendo e o Felipe está na fase mais crítica,  pois se acha um mini-homem absoluto e cheio de razão, com quatro anos. Nossa nova casa está quase pronta em contraponto a nossa conta bancária, que já está no vermelho. Depois de um período de muita apreensão meu novo emprego está se mostrando exatamente o que eu esperava e a expectativa agora é a melhor possível. Muitas novidades, novos amigos e colegas, estrepolias das crianças, são tantas coisas novas que decidi reativar o blog imediatamente para partilhar novamente minhas histórias.
Voltando para o assunto vinho, este Latitud 33 realmente é surpreendente. Muito simples e absurdamente honesto, traz todas as características positivas que eu aprecio: bom preço (cerca de R$30), discrição, equilíbrio e principalmente caráter.
Não é o tipo de vinho que arranca elogios rasgados entre os convivas, porém se torna unânime e uníssono no tocante ao conjunto harmonioso. Aos olhos é de cor intensa e brilhante. No nariz é capaz de oferecer um orgulhoso bouquet de frutas vermelhas e chocolate. Ao cair sobre a língua oferece ao palato um dulçor agradável e com ótima duração.
Realmente um vinho muito interessante.


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quinta-feira, 30 de maio de 2013

255. Latitud 34 - Cabernet Sauvignon - 2011

Este é mais um rótulo muito barato, na casa dos R$13, que podemos colocar na categoria "cotidiano". Certamente não é um vinho para um jantar com amigos, acompanhar aquele prato mais elaborado e sim para beber sozinho, sem nenhum compromisso.
Fabricado pela Bodega Carelli com uvas provenientes da região de Rivadavia, Mendoza, tem indicação de 100% Cabernet Sauvignon. Possui bela coloração rubi com algum reflexo de violeta. O aroma é bastante frutado mas com alcool em destaque. Na boca inicialmente é intenso e "picante". Já em segundo plano o alcool continua incomodando e trazendo um pequeno amargor no final de boca. Média persistência e corpo.
É um vinho simples com proposta bem definida em oferecer o mínimo de qualidade por um preço bem acessível. Caso, assim como eu, você não tenha condições de beber uma taça de um "bom" vinho todo dia, compre algumas garrafas deste discreto mendocino para sua adega.


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terça-feira, 14 de maio de 2013

253. Bodegas Reservadas - Malbec - 2011

A cada dia que passa se torna mais difícil encontrar vinhos baratos e que proporcionem alguma satisfação em bebê-los. Quando menciono baratos estou pensando em rótulos na casa dos R$13 aos R$18, pois acima desta faixa é possível encontrar opções bastante interessantes. Em outra categoria, acima de R$30 (até R$50) existe um universo a parte no mundo dos vinhos, onde poderia beber um vinho por dia e minha terceira geração ainda não repetiria uma garrafa.
Este varietal engarrafado pela Peñaflor, o mesmo grupo que detém as marcas Trapiche, Santa Ana, Las Moras, Michel Torino, tem uma proposta interessante: um vinho de preço muito acessível sem ter nenhuma falsa pretensão em oferecer um vinho de médio/alto padrão. O conteúdo da garrafa entrega exatamente o que os R$13,90 podem oferecer. Pouco corpo, aromas muito discretos que trazem alguma fruta vermelha com alguma nota herbácea ao fundo. Ao paladar a discrição continua, leve e ligeiro, possui retrogosto curto de final rápido. Um vinho que deixa poucas lembranças e recordarei dele muito mais pela garrafa com vidro fosco do que pelo seu conteúdo.
Certamente valeu para desenferrujar um pouco, já que faz algum tempo que não paro para analisar um vinho.

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quarta-feira, 3 de abril de 2013

251. Balbo - Malbec - 2011

O risoto de funghi e os medalhões de mignon ao molho de mostarda não são um almoço tão complexo para se preparar. Quando feitos a quatro mãos, como eu e a Karla fizemos torna-se ainda mais tranquilo. O mignon seria feito na churrasqueira, mas com o tempo nada agradável com vento, chuva e um friozinho fora de época, o jeito foi colocar azeite e manteiga na frigideira e mandar bala na fritura. Sabemos que esta modalidade além de não ser a mais saudável, também provoca uma certa sujeira no fogão. Mas de qualquer forma o resultado foi melhor que o esperado e o conjunto da obra compensou a pequena bagunça na cozinha.
O companheiro para este saboroso almoço foi um Malbec simples e com ótima relação preço x qualidade. 
Com uvas provenientes do Valle de Uco, San Carlos e La Consulta, que possuem diferentes solos e climas o vinho é bastante correto. Sua cor mostra intensidade, pouca transparência e tonalidade rubi fechada. Aroma agradável trazendo boa fruta madura e alguma passa. O alcool inicialmente incomoda um pouco. Com mais tempo de taça, apesar do aroma diminuir de intensidade o vinho fica mais equilibrado. Não tem muito corpo porém apresenta persistência regular, o retrogosto traz um certo amargor que não encaro como defeito e sim característica deste jovem argentino.


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terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

245. Casa Boher - Malbec - 2010

A Rosell Boher foi criada em 1996 com o objetivo principal de produzir espumantes de alta qualidade seguindo rigorosamente o método "champenoise". Possui vinhedos próprios no Valle de Uco e Agrelo, duas das melhores regiões produtoras de vinho de Mendoza. A partir de 2002, utilizando  o mesmo padrão de qualidade e produção quase artesanal, iniciou a distribuição de duas linhas  varietais: o Viñas de Narvaez e o Casa Boher.
O rótulo em questão é composto 100% com uvas Malbec provenientes do Vale de Uco e tem indicação que 60% do vinho passa por barricas de carvalho francês de primeiro uso. A orientação da vinícola é de guarda mínima de três anos, porém não faz referência ao tempo máximo para abrirmos a garrafa. 
Sua cor é extremamente escura sem nenhuma transparência. Ao nariz o alta percentual de álcool (14,5%) em sua composição mostrou-se destacado e a necessidade de aeração (entre 1 e 2 horas) é evidente. Trouxe notas frutadas muito agradáveis lembrando ameixas e cerejas muito maduras. Ao fundo é possível sentir algumas notas de café e baunilha. Na boca é intenso, marcante, com taninos muito bem definidos e acidez jovial. O álcool novamente aparece e traz a sensação de um vinho quente e um pouco "áspero".
O final é longo e persistente. Ficamos, eu e os compadres Anderson e  Adriano, com a sensação de que este vinho pode ficar por mais 2 ou três anos descansando na adega.



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sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

235. Graffigna Centenario - Chardonnay - 2010


A Bodega Graffigna foi fundada em 1870 pelo imigrante italiano Santiago Graffigna em San Juan, Argentina.
Mesmo sendo uma das vinícolas mais antigas da Argentina, nas últimas décadas vem apostando na implementação de modernas técnicas de produção, novas tecnologias e conceitos rigorosos de qualidade. Em 2009 foi eleita "Winery of the Year" nos Estados Unidos e o Graffigna Gran Reserva Malbec 2007 recebeu 90 pontos de Robert Parker em 2010. Suas vinhas estão localizadas entre 600 e 1.300 metros de altitude distribuídas nos Vales de Tulum e Pedernal.
Gostei muito da apresentação da garrafa com os rótulos dispostos de forma independente, sendo possível visualizar com maior abrangência a bela cor amarela com reflexos dourados. O aroma é delicado trazendo notas de maçã-verde e amêndoas. A sutileza continua no paladar com algum amanteigado e final agradável. A indicação é que 50% do vinho descansa em barris de carvalho francês durante 5 meses.

Como o mundo não acabou e certamente teremos que comprar os presentes de Natal, estou listando algumas sugestões de rótulos que já passaram no Mundo Vitis.


 Las Moras - Malbec - 2011
(Argentina - Tinto - de 20,00 a 25,00)

 Antaño - Crianza - Rioja - 2007
(Espanha - Tinto - de 25,00 a 30,00) 

 Monte da Peceguina - Alentejo - 2007
(Portugal - Tinto - de 65,00 a 75,00)

 Chianti - Ruffino - 2010
(Itália - Tinto - de 60,00 a 70,00)

 Matilda Plains - Cabernet \ Shiraz - 2009
(Austrália - Tinto - de 55,00 a 65,00)

 Cellier du Rhone - Millésime - 2009
(França - Tinto - de 30,00 a 40,00)

 El Cipres - Torrontes - 2009
(Chile - Branco - de 20,00 a 25,00)

 Vasa Valduga Premiun - Gewurtraminer - 2011
(Brasil - Branco - de 25,00 a 35,00)



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quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

234. BB Balbo - Torrontes - 2010


Estava lendo um jornal on-line aqui de Curitiba e um título me chamou a atenção: "Casal é expulso de casa por ataque de vespas". Na matéria disponibilizada em 11/12/12, além da história da invasão dos insetos e o possível ataque aos moradores, também foram dadas dicas de segurança. Mas a frase mais emblemática do texto para mim era "Sempre o ideal é chamar os bombeiros". Explico: por três vezes tivemos a mesma visita inesperada quando vespas fizeram seu ninho na janela de nosso sobrado. Em apenas uma delas conseguimos que os bombeiros viessem até o local. A justificativa é de que se o ninho é dentro da residência eles não podem atuar, inclusive referenciam os números das leis que os impedem de fazer o atendimento. Como moramos em condomínio fechado, a única vez que eles nos atenderam foi preciso mentir e dizer que o enxame já havia picado e estava atacando as pessoas. Nas outras duas tivemos que contratar um apicultor para realizar a retirada dos vesperos. Então, na verdade, a frase correta seria "Sempre o ideal, é que alguém seja atacado e picado, para depois chamar os bombeiros". 
Quanto ao rótulo em questão, foi trazido pelo grande compadre Adriano em sua última viagem a fronteira e certamente não encontramos este vinho nas lojas do Brasil. Na taça mostrou uma bela cor amarela brilhante. No aroma, como a maioria dos exemplares de Torrontes argentino, entrega intenso aroma com flores e frutas brancas. Na boca frescor, jovialidade e boa acidez. É realmente uma ótima pedida para dias e noites quentes como as que estamos tendo estas últimas semanas.
Assim como o fim do mundo o Natal também está próximo e, em meu próximo post, darei algumas dicas para quem quer presentear com vinhos.


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quarta-feira, 26 de setembro de 2012

227. Las Moras - Malbec - 2011


Alguns itens importantes para abrir este post: primeiro paguei R$18 nesta garrafa na Casa da Azeitona, certamente uma pechincha. Segundo, eu já havia experimentado outro rótulo da Finca Las Moras, também Malbec porém Reserve, com passagem por madeira (relembre). Como último e mais importante detalhe, este é o vinho inaugural de minha nova adega climatizada. O modelo da Electrolux para oito garrafas foi meu presente de aniversário antecipado e não tenho palavras para agradecer minha cara metade por mais esta surpresa! Inicialmente pode parecer que uma adega para oito ou doze garrafas é insuficiente no quesito quantidade. Mas quando evocamos o saudoso Saul Galvão e lembramos de uma famosa frase sua "Garrafas de vinho devem ser abertas e não guardadas", certamente pensamos melhor no assunto armazenamento. Recordo ainda que o ponto alto de minha coleção de vinhos foi quando retornamos do Vale dos Vinhedos e somei 18 garrafas em minhas fileiras. Não duraram três meses. Vamos ao vinho...
Este Malbec faz parte da linha de entrada da Finca Las Moras que também disponibiliza outros varietais nas cepas Bonarda, Cabernet Sauvignon, Shiraz, Shiraz Rosé, Chardonnay, Sauvignon Blanc, Viognier e Pinot Grigio. Apesar de ser bastante básico mostra em sua produção com garrafa, rótulo e fecho uma ótima apresentação. A rolha mesmo sendo sintética é de boa qualidade. Visualmente límpido, brilhante e com bela cor rubi  escura. Formação de lágrimas grossas que escorrem lentamente pelas paredes da taça. Aroma frutado intenso trazendo frutas negras maduras, cravo com alguma nota herbácea ao fundo, muito discreta. Na boca mostra intensidade com taninos equilibrados e boa acidez. Encontrei uma promoção na Adega Curitibana deste rótulo por R$30 duas garrafas, vale muito a pena.

Sobre a adega climatizada fica uma dica para a compra de produtos da Electrolux via e-commerce. No programa chamado "Quem indica amigo é" funcionários oferecem senhas de acesso e compra com descontos interessantes. Abaixo algumas senhas para o caso de consultas e compras.
0026783012756 ou
0026783012725 ou
0026783012718

PS.: caso apresente mensagem que as senhas já foram utilizadas posso fornecer outras.


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segunda-feira, 3 de setembro de 2012

223. Amalaya de Colomé - 2010

A Adega Colomé foi fundada em 1831 por Nicolas Severo de Isasmendi e Echalar. Perteceu a família de seu fundador por quase 170 anos e antes de ser adquirida pelo grupo suísso Hess , passou 13 anos (1969 a 1982) sob o comando da família Rodó. Atualmente elabora mais de meio milhão de litros e exporta seus vinhos para 25 países. Outra característica muito peculiar desta vinícola é ter seus vinhedos considerados os de maior altitude do mundo entre 2.300 e 3.100 metros. As uvas cultivadas em grandes altitudes tem maior exposição aos raios ultravioletas, para se proteger a vide acaba gerando um fruto de casca mais escura e grossa, este fato pode favorecer a composição do vinho oferecendo maior intensidade no sabor e aroma. Além do fator altitude, o solo arenoso e pedregoso aliado as grandes amplitudes térmicas (dias quentes e noites geladas) também impõem um stress positivo a planta, que direciona toda sua força para os frutos.
O contra-rótulo indica composição de 75% Malbec e complemeto de Cabenet Sauvignon, Tannat e Syrah, sem mencionar as proporções. Na taça é escuro de cor rubi muito fechada. No nariz é frutado, maduro e com algum tostado como última nota. No paladar é intenso, concentrando e confirmando o olfato. Quente com pequeno destaque para o álcool, mas sem incomodar. Taninos vibrantes com boa persistência. O conjunto é equilibrado e bastante consistente, deixando apenas como dúvida, se a sobreposição das outras castas sobre a Malbec é um estilo ou um defeito.
Este ótimo vinho foi gentilmete oferecido pelo meu amigo (e vizinho) Marcelo.


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sábado, 25 de agosto de 2012

222. Cavas de Los Andes - Malbec - Gran Reserva - 2008

Churrasco no quintal da casa, meio-dia, quase 30 graus com sol a pino, samba de raiz ao fundo. Aquela fumaça dando o clima, o pessoal tomando aquela cerveja gelada enquanto belisca um tira gosto que acabou de sair da grelha e você rodopiando sua taça de vinho tinto. Atenção, muita atenção pois você está com claros sintomas do enochato. Caso você não tenha conseguido nenhum companheiro e está bebendo o vinho sozinho, a situação é ainda pior. Tenho observado, com muita alegria, a expansão da cultura do vinho nos mais diversos grupos de amigos e em alguns tenho a satisfação de ter sido o maior incentivador. O vinho gera assunto, discussão, comparação, alguns gostam de chilenos, outros de argentinos, tintos, brancos, rolha de cortiça ou tampas de rosca, cada um tem sua opinião pois a diversidade desta bebida é gigantesca. Porém, não se deve exagerar e quando for convidado para um churrascão com pagode e cerveja gelada, aproveite para variar um pouco, relaxe e entre no clima compartilhando o momento de descontração. Fica a dica.
Este Cavas de Los Andes foi eleito, em sua categoria, um dos cinco melhores vinhos argentinos em 2009. É produzido em tiragem limitada e pelo que pesquisei na web exportado apenas para o Brasil. A origem de suas uvas é Lujan de Cuyo, Mendoza, a 1.000 metros de altitude, com vinhas de quase 30 anos de idade. É um vinho intenso, profundo, com cor violeta escura e brilhante. Complexo e de muito corpo. Elegante e potente mostra traços de carvalho e baunilha que se alinham com a acidez equilibrada e taninos redondos. O final de boca traz ainda um tostado interessante. Outro detalhe está nas frutas do conjunto, muito mais para maduras e compotadas. Realmente um ótimo representante argentino na linha Gran Reserva.

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quarta-feira, 15 de agosto de 2012

220. D.V. Catena - Cabernet/Malbec - 2007

A última viagem para Foz do Iguaçu fez um bem danado a adega do compadre Adriano. Ele conseguiu agrupar uma coleção interessante com rótulos tradicionais como o Ventisquero Grey e o próprio D.V. Catena. Além de outros tintos mais acessíveis, um fortificado e alguns espumantes que compõem uma paleta bacana que atende vários gostos e ocasiões. Enquanto a pizza não chegava e as crianças brincavam, aproveitamos para colocar a conversa em dia. Fiquei ainda responsável pela abertura e o serviço do vinho.
A garrafa pesada e o material de ótima qualidade que protege a longa rolha de cortiça compoem o elegante conjunto externo. Na taça mostra-se muito aromático, intenso e com certa complexidade. Na boca preenche o paladar de forma uniforme, trazendo as especiarias, frutas maduras e baunilha do olfato. Taninos, acidez e álcool em perfeita sintonia, formando o equilibrado conjunto que certamente é a marca registrada do vinhos da Catena Zapata. Pesquisando na web encontrei referencia de 12 meses de estágio em barricas de carvalho 90% francesas e 10% americanas. Acredito que seja um vinho que suporte guarda entre 8 e 10 anos. Já comentei outro D.V. Catena (relembre) , coincidentemente também bebericado com o confrade Adriano.


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segunda-feira, 6 de agosto de 2012

219. Nuscaa - Torrontes Chardonnay - 2010

Eu e a Karla sempre temos no freezer alguma peça de carne do tipo coringa, que não perde muito de seu sabor pelo congelamento.
A costelinha de porco é uma ótima opção para um domingo que não queremos sair de casa e estamos com preguiça de preparar algo muito elaborado.
Tempero pronto, limão e algumas ervas são suficientes para a marinada. Enrolar no papel alumínio e colocar no forno pré-aquecido também não requer nenhum conhecimento avançado de culinária. Aproveitamos a mesma fôrma e colocamos alguns legumes com sal e azeite de oliva, também no papel alumínio, para assar. O arroz branco bem soltinho talvez seja o único desafio para os menos experientes. O molho com laranja e mel já requer um pouco mais de destreza e pode ser substituído por outro tipo de tempero agridoce. Diante do menu acima me pareceu oportuno abrir este branco bivarietal argentino.
Produzido pela vinícola Dominio Del Plata, em Mendoza, possui uma relação preço qualidade bastante interessante (paguei R$12). Além desta inusitada combinação de cepas brancas, apresentou coloração amarelo palha com muito brilho, certamente em função da Chardonnay.
Aroma cítrico e frutado. Na boca boa acidez, fresco, leve e com retrogosto médio. Inicialmente até respondeu bem ao tempero de ervas finas e a pouca gordura da costelinha. Porém, aos poucos foi sucumbindo ao sabor destacado da carne de porco e também ao molho agridoce. De qualquer forma é um ótimo vinho de entrada e certamente com pratos leves como saladas e peixes terá maiores chances de harmonização.


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quarta-feira, 1 de agosto de 2012

218. Etchart - Privado - Malbec - 2010

A Bodegas Etchart foi fundada em 1850 em Cafayete, província de Salta. Situada na base da Cordilheira dos Andes, a 1.800 metros de altitude, teve a uva Torrontes (branca) como as primeiras mudas plantadas. Posteriormente adquiriu vinhedos em Luján de Cuyo (Mendoza) sendo considerada uma das mais importantes vinícolas da Argentina. Nos anos 90 foi vendida ao grupo frances Pernord Ricard.
Este rótulo "Privado" é uma linha básica e possui uma apresentação bastante simples. Com indicação de 100% Malbec não tem passagem por madeira.
Na taça mostra cor violeta de boa intensidade. Aroma frutado com ameixa preta, passas e cassis. No paladar decresce e não demonstra a mesma característica aromática. Também incomoda o excesso de açúcar (residual) que deixa o vinho chato. Sinceramente não gostei. Tentarei repetir este rótulo para dar uma segunda chance a esta renomada vinícola.
Experimentei este vinho quando jantamos no Restaurante Dona Ambrozina, famoso pelo seu buffet de sopas aqui em Curitiba.

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sexta-feira, 20 de julho de 2012

216. Tonada - Syrah - 2007

Experimentei este rótulo na casa do confrade Paulo. É um vinho muito interessante, acredito que seja uma nova tendência para vinhos argentinos, pelo menos os apresentados em cortes (mais de uma uva). Sempre temos em mente a associação: Argentina, Mendoza, Malbec, potência e muita fruta, com carne vermelha suculenta para acompanhar. Parece que não é o caso deste vinho que até possui Malbec (30%) em sua composição, porém creio que não é o principal propósito. Com mais 12% de Cabernet Sauvignon e 58% de Syrah em seu caldo, a sedosidade, maciez e elegância parecem ser a principal característica.
Sua cor é intensa e fechada, quase sem transparência. O aroma inicialmente fechado posso até atribuir ao fato de termos resfriado a garrafa um pouco além do ideal, pois depois de meia hora as notas frutadas e de baunilha tomaram conta da taça. Na boca é agradável, com certa cremosidade e sedosidade, com álcool e madeira integrados e discretos no conjunto. Não é dos mais gastronômicos pois achei a acidez um tanto baixa, mas de qualquer forma fez bonito frente ao estrogonofe de carne e champinhons feito com capricho pela Valquíria (esposa do Paulo). Isso sem falar na safra 2007 que é, como sempre costumo destacar aqui no blog, minha preferida para vinhos argentinos e chilenos.


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terça-feira, 17 de julho de 2012

214. Trapiche Broquel - Petit Verdot - 2006

Recebemos noite dessas nossos amigos Magnus, Heloisa e a pequena Malena em nossa casa. São aqueles visitantes que todos gostamos de receber pois não ligam se vamos servir um banquete ou fritar ovos. Gostam de bater papo, dar boas risadas, relembrar os velhos tempos, sem pressa, compromisso ou qualquer tipo de frescura. Apesar de nossos encontros não serem tão constantes, somos amigos antigos e o clima é sempre de descontração. O Magnus é o tipo cidadão do mundo, morou fora do país, fez carreira como professor, ingles fluente, sempre antenado e atualizado nos mais diversos assuntos. Tai um cara que gosto de conversar, tanto para adquirir cultura geral quanto uma opinião sempre muito direta sobre assuntos importantes. Nesta noite em que a pizza já estava marcada, eu fiquei responsável pelos acepipes e ele pelo vinho. Mandou muito bem com este Trapiche Broquel - Petit Verdot, primeiro por ter saído dos vinhos tradicionais: CyT, Santa Carolina, Santa Helena, etc, e segundo por ter escolhido uma uva muito específica que não é normalmente encontrada nas prateleiras das adegas. Este é o tipo de rótulo que um apreciador de vinhos espera ganhar de presente. Valeu camarada!
Normalmente a Petit Verdot é utilizada em cortes com outras castas para agregar maior estrutura e força, além de aromas frutados e de compotas negras. Seu nome é uma referência a sua maturação muito tardia e que algumas vezes causa desenvolvimento pouco uniforme nos frutos. Normalmente quando utilizada sozinha (varietal) produz vinhos de muita potência e algumas vezes rusticidade.
Confirmando este histórico, o Broquel apresentou na taça cor escura, densa, com profundo vermelho em tons de púrpura. Ótimo brilho porém pouquíssima transparência, indicando grande corpo. Aroma trazendo notas de cassis e compota de ameixas negras. Ao fundo notas esfumaçadas de baunilha e tabaco. No paladar é firme e ao mesmo tempo elegante, boa textura, com taninos calmos mas muito presentes. Trouxe ainda no final de boca, além do toque tostado do carvalho, algum tempero escuro ou casca de fruta seca que não consegui identificar. A potencia do conjunto se completa com seus 14% de alcool, sem comprometer ou ressaltar sobre suas qualidades. Um vinho muito bem elaborado que ouso dizer que bebemos em seu ponto ideal de consumo (6 anos).


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sábado, 9 de junho de 2012

205. Uxmal - Malbec - 2010

A Bodega Uxmal foi fundada em 2003 em Rivadavia, Mendoza. Com uma área de 12.170m2 e capacidade de produção de 8 milhões de litros, atualmente exporta para mais de 20 países. Uxmal é um sitio histórico localizado no México e seu nome significa "construída três vezes". A principal característica desta antiga cidade do Império Maya era sem dúvida seu sistema de irrigação interconectado, muito similar aos sistema atuais utilizados em Mendoza.
Este rótulo foi um ótimo acompanhamento para a pizza de tiras de mignon e molho barbecue que comemos na casa de minha mãe. Diga-se de passagem ela, minha mãe, adorou o vinho e foi grande companheira até o final da garrafa. O vinho realmente é muito bom e representa a uva Malbec em todo seu potencial. Aromas frutados e marcantes com um leve toque de baunilha. Na boca é intenso, concentrado, confirmando a fruta do nariz. Correto, sem arestas, equilibrado e com final prolongado. No site da Uxmal, que tem versão em português, indica que este rótulo é feito com 100% uvas Malbec, sendo que 20% do vinho descansa por 3 meses em barricas de carvalho francês e 5% em carvalho americano. Indica também guarda de 3 anos. Comprei aqui em Curitiba na Adega Franco por R$29.


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terça-feira, 5 de junho de 2012

202. Crotta - Malbec - 2009

A Bodegas e Viñedos Crotta foi fundada na década de 40 por um imigrante italiano, José Eduardo Crotta, sendo que inicialmente era apenas uma distribuidora de bebidas. Com o passar do tempo, a tradição familiar na vitivinicultura falou mais alto começando a produzir e comercializar vinhos. Atualmente a vinícola está localizada a 35 kilometros de Mendoza no distrito de Palmira. Sua principal marca é a torre com mais de 30 metros de altura que antigamente abrigava um tanque de vinho. Hoje é ponto turístico servindo como mirante cercado de vinhedos e com a Cordilheira dos Andes ao fundo. Com produção de 18.000.000 de litros, são processadas cerca de 10.000.000 de kg de uva anualmente, sendo 50% destas uvas de vinhedos próprios e o restante adquirido de propriedades vizinhas.
Quanto ao Crotta Malbec é um vinho bastante simples e frutado. Corpo médio, estrutura leve mas com sabor intenso e agradável. Sem nenhum traço de madeira possui uma adstringência no final de boca que incomoda um pouco. Pensando no seu preço, cerca de R$15, posso dizer que tem uma relação custo x benefício interessante.

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segunda-feira, 30 de abril de 2012

191. Séptima - Malbec - Cabernet Sauvignon - 2009

Já tomei outros vinhos da Bodega Sétima pois meu camarada Fabiano é grade admirador destes rótulos. Localizada em Mendoza ao pé da Cordilheira dos Andes, a Septima produz grande variedade de vinhos e espumantes. Possui um estilo arquitetônico muito particular, com suas paredes de pedras empilhadas utilizando o estilo inca que marca a maioria das construções antigas da região. Ocupa uma área de 5.500m2 com uma capacidade de aproximadamente 3 milhões de garrafas. Foi fundada em 2001 e pertence ao Grupo Codorniu, recebeu este nome por ser a sétima vinícola desta companhia espanhola.
Este bivarietal (60% Malbec, 40% Cabernet Sauvignon) passa por 3 meses de barrica e possui aromas de cereja, ameixa, baunilha e carvalho. No paladar é bastante saboroso e equilibrado. A passagem por madeira fica bastante evidente com seus taninos redondos e final de boca macio com um leve toque tostado. Adquiri na Casa da Azeitona aqui em Curitiba por R$20.


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sábado, 31 de março de 2012

187. La Chamiza - Shiraz - 2008

Sem dúvida uma das melhores relações entre preço e qualidade do mercado. Já comentei outro La Chamiza aqui no blog (relembre) que também considerei uma pechincha.
A Finca La Chamiza foi fundada em 2003 com o objetivo de promover internacionalmente os vinhos argentinos. Com um compromisso constante na busca da qualidade total, busca transmitir a máxima expressão do terroir e de quebra enaltecer o Polo, um esporte com forte tradição na Argentina. Inclusive toda a estrutura da vinícola foi criada em uma área histórica utilizando como base um antigo haras. Seus vinhedos estão localizados em Tupungato (1.100m), Luján de Cuyo (950m) e Maypú (850m), com grande diversidade de solos e microclimas particulares.
As uvas Shiraz de nosso rótulo são dos vinhedos de Tupungato, em Mendoza. Na taça é escuro, denso, sem transparência. Os aromas são intensos com frutas negras muito maduras, cassis, ameixa preta, figo em compota e como nota final chocolate. No paladar entrega todas as características sentidas no olfato de maneira pura e limpa. Elegante, equilibrado com alcool e acidez controlados. O único ponto negativo ficou por conta da (muito) rápida evolução em taça e, igualmente (muito) rápida queda das principais características aromáticas e gustativas. Ou seja, o viho manteve por pouco tempo seus aromas que tanto chamaram a atenção quando abrimos a garrafa. Não percebi nenhuma madeira no conjunto. Paguei nesta garrafa R$21.

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