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quinta-feira, 27 de maio de 2010

Vinho Tinto: Fonte de Juventude

Você já ouviu falar em resveratrol?
É uma substância com propriedades antioxidantes e antiinflamatórias encontrada na casca e nas sementes das uvas vermelhas.
O resveratrol pode ser encontrado em bons vinhos e em sucos de uva orgânicos.
O enólogo Ivan Regina esclarece sobre este e outros benefícios do consumo de vinho para a nossa saúde:

O que é resveratrol?
Revesveratrol é um potente polifenol encontrado na casca das uvas, especialmente das tintas (vermelhas)e faz parte do sistema imunológico da fruta.
Quando o vinho tinto é produzido, as cascas ficam em contato com o sumo das uvas, concentrando o polifenol.

Quais são os benefícios?
Os principais são a redução do LDL, conhecido como "mau colesterol" e o aumento do HDL, o "bom" sendo assim ocorre a diminuição de riscos de acidentes cardiovasculares e derrames cerebrais.
Outros benefícios potenciais permanecem em estudo, como a diminuição do risco de alguns tipos de câncer, como o de pulmão, de pele e de próstata.

Uva e sucos de uva também têm propriedades benéficas?
Uvas tintas e suco de uvas tintas também contêm o resveratrol, mas ainda não se sabe se o álcool, que só existe no vinho, potencializa a ação benéfica do resveratrol nos seres humanos.

Qual a quantidade de vinho indicada para consumo diário?
Um consumo aproximado de 250 mililitros (um terço de uma garrafa normal) diário para os homens e de 200 mililitros para as mulheres.
Para se beneficiar do resveratrol, cerca de 150 mililitros diários são suficientes, consumidos com regularidade.
Sempre é bom consultar seu médico para estabelecer se você pode beber vinho e qual a melhor quantidade para sua condição física.

Existem outros benefícios do consumo de vinho?
Ainda está sendo estudada a extensão dos benefícios do vinho, mas já sabemos que seu consumo, junto a uma dieta nutricional sadia e equilibrada, aumenta a expectativa de vida e sua qualidade. Só para exemplificar, os habitantes da Ilha de Creta (dieta mediterrânica e consumo regular de vinhos), têm 98% menos de chance de morrer de um ataque cardíaco que um norte americano.

Quais são boas opções de vinho?
Aqui no Brasil podemos escolher vinhos do mundo inteiro. Os brasileiros, argentinos e chilenos têm boa relação custo/benefício. Na Europa os países mais tradicionais na produção dos vinhos são: França, Itália, Espanha e Portugal. Há, portanto, possibilidade de escolhermos bons vinhos em todas as faixas de preço, lembrando que os tintos são mais recomendados para a saúde, mas os brancos também são ótimos companheiros de mesa.

Com quais alimentos podemos combinar vinhos?
A harmonia dos vinhos pode ser simplificada em: vinhos brancos para peixes e frutos do mar, vinhos tintos para carnes. Vinhos mais leves para pratos mais ligeiros, vinhos mais encorpados para pratos mais potentes. Com o tempo você vai vendo as combinações entre vinho e alimento, não só as clássicas como aquela que o seu paladar mais aprecia.


Fonte:
Amanda Buonavoglia
Nutricionista especialista em "Personal Diet" e Nutrição ampliada pela Antroposofia. Atua em consultório, escolas e ensinando pessoas a cozinhar de uma maneira mais saudável.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Frisante x Espumante

As dúvidas surgem em grandeza exponencial quando iniciamos no Mundo Vitis.
Para incluir este primeiro post na categoria dúvidas frequentes, utilizei a pergunta de meu nobre amigo Everton Silvério: qual a diferença entre frisante e espumante?
Segundo o enólogo da vinícula Aurora, Christian Bernardi, a diferença mais importante está no gás carbônico. No frisante é adicionado artificialmente, enquanto que no espumante esse gás é originado naturalmente, através de uma segunda fermentação. Durante esse processo, o gás carbônico é retido para que a bebida fique gaseificada, com o famoso perlage. Existem dois métodos de fermentação: o champenoise, feito dentro da própria garrafa,e o Charmat, feito fora dela.

O famoso Prosecco (que é um tipo de uva da região do Veneto, Itália), trata-se de um vinho branco espumante. Este vinho tem as mesmas características do champanhe francês. Porém, não pode ser assim chamado por ter sua Denominação de Origem Protegida (veja DOP Wikipédia). A temperatura para consumo deve ficar entre 5 e 8 graus. É ótimo como aperitivo ou no acompanhamento de pratos mais leves como saladas, massas leves, pratos a base de peixes, sushi, etc.

Um vinho frisante bastante comum nas prateleiras dos supermercados é o Lambrusco, produzido a partir de uvas com mesmo nome, que pode ser branco ou tinto. A indicação "Dell'Emilia" que encontramos em seus rótulos, indica a região de Emilia-Romagna, norte da Itália. Frutado, refrescante e normalmente com acidez acentuada, é ideal para abrir o apetite.
Porém, pode acompanhar uma grande diversidade de pratos, inclusive os mais "gordurosos" como carne de porco. A característica desse vinho auxilia na digestão. Servir entre 9 e 12 graus.

domingo, 23 de maio de 2010

Caminhos do Vinho - Final (30/07/2010)

Continuamos com sorte quando o assunto é a meteorologia. Mesmo com todas as previsões para chuva nosso último dia amanheceu com sol e uma temperatura muito agradável.
Nosso passeio esta manhã será no Caminhos de Pedra. Esse roteiro turístico inclui várias propriedades particulares de descendentes de imigrantes italianos.
Paramos na Casa da Ovelha onde assistimos um filme sobre o processo de industrialização dos produtos: queijos, iogurte, doce de leite.

A degustação é personalizada e o atendimento muito bom.

Seguimos em frente até a Casa e Cantina da família Strapazzon. Possui um conjunto de casas históricas, algumas em madeira e outras em pedra, que serviram em 1995 para algumas filmagens do filme "O Quatrilho". Fizemos degustação de vinhos e produtos coloniais.

A casa onde foram feitas cenas de "O Quatrilho".

Na loja é difícil decidir o que levar.

A última parada foi na Vinícola Salvati e Sirena. Fomos muito bem recebidos e degustamos alguns vinhos com as uvas Goethe, Moscato, Barbera Piemonte e Peverella. Esta última estava praticamente extinta e foi resgatada pela vinícola. Seu nome vem de pevero que significa pimenta, em função de seu sabor levemente picante.

Dentro do salão central uma grande mesa em formato octogonal.

A tarde, saímos do hotel e andamos apenas três quadras para conhecer a Vinícola Aurora.
A visitação é gratuita e dura cerca de 30 minutos. Inclui os tanques de concreto revestidos de fibra de vidro, os corredores com barris de carvalho, tanques de inox e enormes pipas de madeira. Após passarmos por longos corredores subterrâneos, alguns passam por baixo das ruas da cidade, chegamos a Cave di Bacco, onde é oferecida a degustação de vários produtos.

A fonte, que fica dentro da sala de degustação, possui
corante na água que passa a impressão de ser vinho.

Nossa aventura está chegando ao seu final. Nosso pequeno comportou-se muito bem e demonstrou ser um ótimo parceiro de viagem.

A partir da próxima semana o "Mundo Vitis" volta com sua programação normal: posts com considerações e análises sobre vinhos. A boa notícia é que na bagagem, além de souvenirs e chocolates, estou trazendo 15 garrafas de bons vinhos para degustar.

Grande abraço a todos!


Caminhos do Vinho - Parte III (29/07/2010)

Saímos de Bento Gonçalves com destino a Gramado as 08:00h pontualmente.
O dia ensolarado e as belas paisagens fizeram os 120 km de distância passarem rápido. Durante esse trajeto é possível perceber claramente a transição da colonização italiana da região serrana para a presença marcante dos alemães nas regiões mais planas. Passamos também pela cidade de Feliz, um lugarejo com raízes germânicas indicada por várias vezes como a melhor qualidade de vida do país.


Gramado: na chegada a foto obrigatória no portal da cidade.

Em Gramado nosso primeiro compromisso foi com o produto ícone da cidade: o chocolate.
Na Prawer fizemos uma pequena tour pela linha de produção que terminou com algumas comprinhas na loja. O chocolate é excelente mas o preço achamos salgado.

O chocolate é um dos símbolos de Gramado.

Na segunda visita, a fábrica Lugano, as compras foram maiores pois o preço ficou bem melhor. As instalações decoradas são uma atração a parte. O Felipe adorou o lugar.

A entrada temática da Lugano é muito bacana.

Nosso almoço foi no restaurante Kilo a Kilo no centro da cidade. A comida é muito boa e o preço, para os padrões da cidade, é bastante justo. O centro de Gramado é muito charmoso com seu estilo europeu, lojas de malhas, chocolates, artesanatos, etc. A Rua Coberta fica em frente ao centro de eventos onde é realizado o famoso Festival do Cinema nacional e também é um pequeno núcleo gastronômico.

A Rua Coberta marca o centro de Gramado.

Fechamos o passeio com uma volta no Lago Negro, local cercado por muita história e tradição, e o Mini Mundo, outro ponto de visitação obrigatório.

O Mini Mundo é uma espécie de legado passado através de gerações na família Hoppner.

No final do dia retornamos a Bento Gonçalves.
Banho, jantar e cama para todos.

Amanhã faremos o Caminho de Pedras e a Vinícula Aurora.


Caminhos do Vinho - Parte II (28/07/2010)

Nosso dia começou as 09:00h quando saímos do hotel Dall´Onder Vitória onde estamos hospedados em direção a Estrada da Vindima. O Vale dos Vinhedos é uma região serrana distante 130 km de Porto Alegre composta pelos municípios de Bento Gonçalves, Garibaldi e Monte Belo do Sul. Nosso passeio pelo vale incluiu a visita a cinco vinícolas que vou descrever de maneira rápida.
Posteriormente farei posts específicos e detalhados sobre cada uma delas.

Iniciamos pela gigante da região: a Miolo. Para a visita guiada pelas instalações é cobrada taxa de R$10 por pessoa, que posteriormente podem ser revertidos em bônus na loja. Inclui explicação detalhada sobre as uvas utilizadas, forma de plantio, locais, tipos mais utilizados, influência do solo e clima na qualidade dos vinhos, etc. Conhecemos os grandes tanques de aço, as caves com suas barricas de carvalho francês e americanos, onde o vinho "descansa", a linha de envaze e finalmente a degustação. Durante a prova de alguns vinhos o enólogo que acompanha a visita propicia um mini curso sobre degustação e análise dos vinhos. Este programa é obrigatório para quem vem em busca de conhecimento sobre o Mundo Vitis. Durante a degustação foram oferecidos cinco tipos de vinhos.

Vinícola Miolo: a Karla e o Felipe também aproveitaram a visita.

A linha de produtos é muito grande e convidativa. Compramos seis rótulos diferentes e despachei via transportadora para Curitiba.

Saímos da Miolo e fomos para outra vinícola, esta de médio porte: a Cordelier.
Conhecida pelos seus vinhos licorosos, preserva nas suas instalações o ambiente rústico e acolhedor. Também fizemos a degustação de quatro vinhos finos e dois licorosos (conhecidos como Vinhos do Porto).

Vinícola Cordelier: O atendimento foi personalizado e os licorosos realmente são um diferencial.

A hora do almoço foi muito bem vinda pois o dia ainda prometia várias experiências enológicas.
Nosso guia, o "sotero-paulistano-gaúcho" Edgar, indicou o restaurante Canta Maria, com comida típica italiana. Visita obrigatória para quem vem a região. Outra indicação do Edgar foi o pedido de uma taça de vinho cabernet sauvignon da Valmarino para acompanhar a refeição.

Restaurante Canta Maria: A taça provavelmente veio com 500ml de vinho.

Revigorados pelo excelente almoço continuamos nossa tour em busca dos melhores vinhos do Vale. Próxima parada: Casa Valduga.
Com conceito similar a Miolo, possui uma diversidade de negócios em torno do vinho como pousada, restaurante, complexo enoturístico, etc. Dedica especial atenção aos espumantes e atualmente possui a maior adega deste tipo de vinho da América Latina. Graças a intervenção de nosso guia Edgar recebemos uma atenção mais do que especial no momento da degustação.

Casa Valduga: a maior quantidade de bons vinhos degustados.

Deixamos a casa Valduga com dois excelentes vinhos e duas taças de cristal de recordação. Nosso próximo destino: Dom Cândido.
Agora sim estávamos em casa. Fomos recebidos pelo simpático Leandro que tornou nossa visita um ótimo bate papo, evidentemente regado a prova de ótimos vinhos e uma cachaça pra lá de especial. A nova loja possui uma ótima estrutura e o atendimento foi realmente de tirar o chapéu.

Dom Cândido: eu, Edgar e Leandro, boa conversa e ótimos vinhos.

Com esta última visita certamente poderíamos encerrar nosso tour pelo vale. Mas faltava ainda a singular uva Barbera Piemonte, utilizada pela pequena Vinícula Michele Carraro.
Esta visita foi um pouco diferente pois não lembrei de tirar fotos ou fazer qualquer anotação sobre os vinhos que experimentamos. Sorte minha a Karla ficar a meu lado nesses momentos onde minha memória enfraquece.

Vinícula Michele Carraro: a loja em forma de barrica é muito rústica e
a Karla a esta altura foi meu anjo da guarda.

O dia se aproximavava do fim quando voltamos para o hotel com o sentimento de dever cumprido. Conversamos bastante sobre vinhos e experimentamos ótimos exemplares nas principais vinículas da região. Diante dessa experiência foi possível concluir que temos vinhos excepcionais, porém com preços ainda pouco competitivos em relação aos importados.

Amanhã o roteiro é Gramado e Canela.



Caminhos do Vinho - Parte I (27/07/2010)

Tudo pronto!
Hoje, terça-feira 27/07, partimos para Bento Gonçalves na região dos vinhos na serra gaúcha. Saímos de Curitiba com o voo da Gol direto para Caxias do Sul as 13:55h.
O clima ajudou, o Felipinho estava tranquilo e dormiu durante os 45 minutos da viagem.
No aeroporto de Caxias conhecemos o Edgar, nosso guia para os próximos dias, que nos levou para Bento Gonçalves. Após o trajeto de 1/2 hora chegamos ao hotel Dall´Onder Vitoria onde fomos muito bem recebidos com um ótimo espumante de boas vindas.
Após estabelecermos o acampamento fizemos um rápida visita ao pequeno shopping em frente ao hotel. Compramos um brinquedo, um livro para o Felipe e alguns mantimentos.
Jantamos no restaurante do hotel: risoto de funghi, risoto de escarola com aspargo e um filet ao molho madeira com cogumelos (exageramos!).


Nosso jantar foi excelente: boa comida, bebida e a família unida.

Para entrar no clima o vinho foi o Miolo Reserva Cabernet Sauvignon 2008. Segundo o contra rótulo, este vinho estagia por 1 ano em barricas de carvalho. Possui cor rubi muito intenso com traços de violeta que marcam a taça. O aroma de frutas vermelhas e baunilha é bastante evidente. Na boca é ácido e com taninos marcantes. Achei excessivamente adstringente. Pagamos R$33,00 considerando a taxa de serviço.
Amanhã o dia promete e tentaremos visitar o maior número de vinícolas possível.