sexta-feira, 1 de abril de 2011

Sonata - Carmenere - 2010


Quarta-feira a noite tem futebol na TV e normalmente a melhor opção é uma cervejinha com amendoim torrado. Porém, com a chuva e o frio que está fazendo em Curitiba um vinho me pareceu uma ótima idéia.
Abrindo a garrafa lembrei do tempo em que achar o abridor na gaveta da cozinha era uma aventura. Entre peneiras, conchas, pegadores e facas afiadas normalmente ele estava lá no fundo, embaixo de tudo. Meu primeiro saca-rolhas foi o famoso modelo "T", também chamado de bate-coxa pois normalmente colocamos a garrafa entre as pernas antes de começar a fazer força. Me lembro de algumas vezes, com a mão doendo e as veias do pescoço saltando de tanto esforço, pensar em desistir de abrir a garrafa. Sem contar os inúmeros acidentes quando a rolha é arrancada bruscamente: cotovelo na parede, pulso deslocado e vinho para todos os lados. Apesar de toda essa triste e real descrição, sempre me pareceu um luxo desnecessário comprar um saca-rolhas decente. O tempo foi passando e começamos (eu e a Karla) a consumir mais vinho. Como minha profissão me obrigava a viajar bastante e antes que a Karla resolvesse pedir para algum vizinho para abrir o vinho, compramos uma saca-rolhas de alavanca dupla.
Mesmo não sendo o melhor modelo, quando usamos pela primeira vez foi como descobrir o fogo ou inventar a roda. Desta forma, mesmo eu não estando em casa ela poderia abrir o vinho sozinha. Somente muito recentemente, por curiosidade adquiri o modelo de alavanca simples e o alavanca simples com dois estágios, meu preferido. Este último é conhecido como modelo sommelier ou amigo do garçom. Também existem os modelos contra-rosca (screwpull) que com apenas um movimento a hélice penetra e retira a rolha.

Outros acessórios como o cortador de cápsula e a gola (salva gotas) que não deixa o vinho escorrer pela garrafa, procuro manter sempre por perto. Deixando as ferramentas de lado vamos ao vinho.

Olhando o rótulo observei que é produzido pela Vina Maipo. Fundada em 1948 e está localizada no vale de mesmo nome, fica a 40km de santiago e na década de sessenta foi comprada pela Concha y Toro. Atualmente exporta para 60 países principalmente para Inglaterra, Suécia, Estados Unidos, Japão e México. O site é muito bacana e tem alguns vídeos bem interessantes, vale uma visita.
Sua coloração é violeta e brilhante mostrando sua juventude. No aroma muita fruta, baunilha e madeira. Na boca é leve e bastante mentolado. O álcool incomoda no final. Pouco corpo e persistência mediana. O excesso de madeira talvez seja um ponto negativo, porém de maneira geral é um vinho barato (R$12 no Wallmart) e fácil de beber.

Avaliação ..:: Mundo Vitis ::.. :



Clique para mais detalhes e preço nas lojas on-line:

Nenhum comentário:

Postar um comentário