Confesso que aos poucos estou conseguindo superar meu preconceito com relação as uvas brancas e adequando meus sentidos para aproveitar melhor suas características delicadas. Quando o blog chegou aos 50 posts sem nenhuma variedade branca decidi que era hora de "tomar" uma atitude.
Já se foi o tempo que a Torrontes era utilizada para produzir vinhos em quantidade ou apenas encorpar o rendimento de outras castas também consideradas menos nobres na Argentina. Atualmente podemos dizer que esta uva tem grande destaque e pode até ser considerada emblemática para aquele país. Certamente isto é devido a sua ótima aclimatação nas regiões mais altas como La Rioja e Salta. A principal característica dos vinhos produzidos a partir da Torrontes são a intensidade aromática, a leveza e o frescor. Já comentei no blog outros dois rótulos de torrontes: o El Cipres (relembre) e o Gamela (relembre).
Assim que você coloca o vinho na taça seu perfume começa a preencher o ambiente. Realmente sua grande característica está no intenso bouquet com frutas cítricas frescas e floral. Ao aproximá-lo do nariz uma profusão com diversas notas de flores brancas impressiona. No paladar ele não consegue trazer todo esse mix aromático, porém apresenta certa densidade, suavidade, frescor e um toque adocicado. Bastante particular neste rótulo foi algo amandegado que se sobrepos a acidez. Nesse aspecto se o vinho não estiver na temperatura correta pode ficar enjoativo. Comprei por R$12 no Condor.
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