Após dois Pinot argentinos resolvi buscar na origem a essência deste elegante vinho. A tarefa de encontrar um vinho francês nos supermercados não é nada fácil, principalmente quando colocamos um limite baixo para o preço. Pesquisei na web e descobri que a região do Languedoc, sul da França, é uma das maiores produtoras de vinho porém com pouca notoriedade mundial. Provavelmente os fatores que relegaram o Languedoc a uma segunda escala foram : o estrelato de outras regiões como Bordeaux e Borgonha e a "fama" de produzir vinhos médios (vinho do Midi) que por muitos anos atribuiu-se aquela região. Atualmente com a troca de grande parte dos vinhedos por plantas de maior qualidade, implementações tecnológicas na fabricação do vinho e a nova geração de enólogos, ampliou o status da região e despertou o interesse de grandes companhias como Philippine de Rotschild e a australiana BRL Hardy.
Sobre o vinho que comprei no Condor por R$18, a indicação é de produção em Limoux, comuna francesa que administra a região de Languedoc-Roussilon com 100% de uva Pinot Noir da safra 2009. Busquei mais informações técnicas mas no site da vinícola Aimery Sieur D'Arques não faz referência a este rótulo.
A garrafa e a rotulagem são bastante simples e a rolha sintética com material de qualidade questionável. Mostrou cor rubi brilhante com limpidez e alguma transparência. Formou muitas lágrimas finas e lentas (bom sinal) nas paredes da taça. Visualmente era isso que eu esperava de um pinot. Já no nariz a expectativa continua pois os aromas de morango e ameixa estão muito discretos. Alguma nota de baunilha ao fundo é quase imperceptível.
Na boca tem boa acidez e taninos equilibrados. É leve, ligeiro, discreto e muito fácil de beber. Para acompanhar a segunda taça as fatias de gouda casaram perfeitamente.
Avaliação ..:: Mundo Vitis ::.. :
Nenhum comentário:
Postar um comentário