A utilização da madeira na fabricação do vinho tem seus inimigos e admiradores. Particularmente estou no segundo grupo quando se trata de rótulos argentinos e principalmente chilenos. Entendo que isso seja uma forma de conferir estilo e características próprias. Hoje quando bebemos um vinho "amadeirado" fica fácil identificar sua origem sulamericana, pois o sabor é muito definido e marcante.
É o caso deste excelente rótulo chileno que possui em sua composição 59% Cabernet Sauvignon, 30% Carmenère, 10% Syrah e 1% Merlot. O balanceamento entre as várias uvas utilizadas me pareceu perfeito. Gerou um vinho robusto, concentrado, com coloração intensa, escura, um rubi quase sem transparência. Assim que a rolha é retirada as notas de fruta e madeira começam a preencher nosso olfato. O bouquet demonstra muita juventude com baunilha, tabaco e pimentão verde. No paladar é muito estruturado, bom volume e intensidade, taninos suaves e boa persistência. O final de boca traz novamente a madeira característica. Na ficha técnica desta safra, disponível no site do produtor, indica que 100% do vinho estagia por 12 meses em barricas de carvalho francês e americano.
Esta garrafa ganhei de meu irmão Wesley no meu aniversário. Acertou em cheio no presente!
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