sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

167. Miolo - Gamay - 2011

Recentemente conversei com um conhecido que entre as muitas bobagens que falou, deu a entender que escolhe os vinhos pelo preço. É evidente que não podemos negar que a qualidade tem seu custo e na maioria das vezes não é pequeno. Porém, iniciar a análise do rótulo considerando apenas seu preço e status junto aos "pontuadores" internacionais não me parece muito sensato. O recente escândalo envolvendo Jay Miller, pupilo de Robert Parker (Wine Advocate), que foi pego aceitando viagens e outras mordomias em suas visitas a famosas vinícolas, levantou a lebre sobre os sistemas de avaliação. A experimentação de vinhos é uma experiência sensorial singular e gostar ou não é uma opinião muito particular. Devemos ter sempre em mente que o melhor vinho é aquele que gostamos.
Fiquei impressionado com a publicidade feita aqui em Curitiba sobre a chegada da safra 2011 do Beaujolais Nouveau, onde as garrafas deste vinho leve e jovem foram vendidas sempre acima dos R$100. Quando eu bebericar um destes comentarei a história bacana que envolve este tipo de vinho francês. Quanto ao nosso Miolo Gamay a relação com o primo europeu está em sua uva. Feito para ser bebido ainda jovem, apresenta cor rubi com muito brilho. Os aromas de frutas vermelhas estão em destaque com algumas notas florais mais discretas. Ao paladar é leve, ligeiro e fresco. Pouco corpo com final curto e adocicado. Para quem gosta de beber vinho tinto mesmo no verão (como eu) é uma ótima pedida. Outra dica é resfriá-lo um pouco mais do que o normal. Paguei a pechincha de R$17 na Adega Brasil aqui em Curitiba.


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