terça-feira, 13 de dezembro de 2011

164. Veranda - Cabernet Sauvignon / Carmenére - 2005

Acredito que me enquadro na maioria dos consumidores que, quando entra em uma determinada loja, não importando o tipo de produto que vende, gosto de observar e escolher sem ser incomodado. Tendo alguma dúvida quando as características ou preço do item, também gosto de ter um profissional por perto para esclarecê-la.
O problema é mal entrar e já ser abordado com o famoso "Posso ajudar?". Pessoalmente tenho essa pergunta como retórica e devolvo imediatamente com o famoso "Estou apenas olhando, obrigado". Outro dia fui até uma loja de vinhos e recebi várias indicações do vendedor. A totalidade delas exaltando as qualidades de cada rótulo, os padrões de fabricação, os prêmios do produtor e do vinho, etc e tal. Porém foi tudo muito mecânico, muito decorado, sem coração, sem convicção, parecido com o simbólico "Posso ajudar?". Resumindo a ópera: o vinho que escolhi sob a influência do "amigo" vendedor, além de caro (R$55) foi uma bomba.
De cara já não entendi o comprimento da rolha, parecia sem fim e cheguei ao final do ângulo do abridor (tipo dois tempos) que inevitavelmente torceu e quebrou a rolha. O pedaço de aproximadamente dois centímetros que ficou entalado precisei empurrar para dentro da garrafa. Quando fui peneirar o vinho para separar os pedacinhos de cortiça, outra surpresa, uma borra grossa e interminável começou a sair da garrafa. Na taça muito escuro, turvo e sem brilho. No aroma as frutas brigavam contra as notas vegetais demasiadamete presentes. Na boca intenso, encorpado, pesado, adstringente e com o vegetal do nariz em destaque. O final de boca médio parece que deixa resíduos desagradáveis e uma sensação de aspereza que incomoda. Toda esta falta de equilíbrio foi confirmada pela análise do confrade Anderson, com quem compartilhei este rótulo. Não gostei e se voltar na loja vou "comentar" com o vendedor minhas impressões.

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