domingo, 8 de julho de 2012

212. Marques del Nevado - Carmenere - 2010

Quando pagamos R$12 por uma garrafa de vinho logo pensamos: lá vem bomba!
Esta pré-concepção de que o barato não é bom está enraizada no mundo do vinho de maneira quase cancerígena. É evidente que os vinhos com preços mais baixos são oriundos de processos industrializados em verdadeiras linhas de produção dentro das vinícolas. As uvas não foram selecionadas e desengaçadas manualmente, nem o proprietário experimentou uma uva de cada videira ou utilizou processos artesanais seguindo tradições familiares. Porém, atualmente a tecnologia empregada da fabricação de vinhos, principalmente no Novo Mundo, permite produzir grandes quantidades com ótima qualidade. Quando falamos em tecnologia não é apenas uma referências ao maquinário empregado na colheita, produção e engarrafamento, mas também aos avanços genéticos das plantas, o melhor entendimento e monitoramento nas condições do solo e clima, melhoramentos nos processos químicos e biológicos da fermentação, maturação e conservação do vinho, além das observâncias nas questões ambientais na produção dos vinhos orgânicos. Bem, todo este discurso pode ser resumido no seguinte: este vinho de R$12 é muito bom.
Na taça uma ótima cor rubi brilhante e límpida. No aroma muita fruta vermelha jovem, ervas frescas e alguma nota herbácea mais ao fundo. Médio corpo, taninos equilibrados, boa persistência e apenas um pequeno destaque do álcool que inicialmente incomoda. Nada que algum tempo de taça não resolva e bebê-lo sem pressa parece ser o segredo. Fiquei satisfeito com o vinho e feliz, pois ressurgiu minha esperança de beber bons vinhos a preços honestos.

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