Depois de ter sido excomungado da blogsfera dos vinhos com minha avaliação baixa e simplista do Toro Loco Tempranillo, voltei a pensar nos conceitos que eu mesmo tinha quando comecei no Mundo Vitis. O primeiro é que se é caro é bom. O segundo está diretamente ligado a opinião de algum famoso ou entendido. O terceiro, e pior de todos, é não aceitar a própria opinião e confiar no seu paladar. O ato de beber um vinho é ocasião, momento, clima, estado de espírito, pois pode ser percebido de forma completamente diferente se bebido em situações diferentes. Tenho um carinho especial pelo post que fiz sobre o Lote 43 a quase dois anos (relembre). Certamente é um ótimo vinho nacional, talvez um dos melhores. Mas a grande diferença foi todo o conjunto de situações que me levaram a bebê-lo: visitei a adega subterrânea onde ele fica maturando, comprei na própria loja da Miolo durante uma deliciosa viagem a Serra Gaúcha, foi aberto durante um jantar onde o prato principal foi preparado pensando nele. Ou seja, foi criado um clima mais do que favorável onde era praticamente impossível não gostar deste vinho.
Voltando aos espanhóis, talvez seja novamente defenestrado, pois minha opinião sobre este Valdecaz Tempranillo é ainda menos empolgante. A garrafa é até bastante atraente com um design bem sóbrio e discreto. Mas as boas notas terminam no visual. Pouco aromático com notas frutadas e alcool em evidencia no nariz. No paladar novamente fruta porém com uma adstringência excessiva. Neste caso, diferente do Toro Loco, é muio aparente o desequilíbrio do conjunto. Enfim, um vinho que não agradou nenhum dos paladares durante a noite em que foi aberto, sobrou na garrafa.
Em tempo: espero que este rótulo não seja futuramente premiado em algum concurso mundial e novamente eu fique com a "cara no chão" :-)
tomei este há alguns dias, e gostei muito!
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