Além das seis crianças na família, agora o pequeno Gustavo chegou para somar ao time dos primos. Particularmente não vejo motivo melhor para abrir um vinho do que a chegada de um novo integrante no clã. As mulheres "babavam" sobre o pequeno, tentavam identificar e associar cada traço a alguém da família; os olhos da mãe, a boca da vovó, o nariz do avô, o queixinho da bisa e por ai vai. Quanto aos homens, que por questões genético-evolutivas não conseguem visualizar semelhanças entre um recém nascido e um adulto, resta sorrir, balançar positivamente a cabeça e sair de fininho. Esta retirada é estratégica e necessária pois a qualquer momento alguém pode perguntar sua opinião sobre a semelhança e, nestes momentos, a sinceridade masculina pode quebrar todo o clima.
Agora na sala e acomodados para um bate-papo, o compadre Anderson sacou este simpático vinho sul-africano. Seu nome faz referência a famosa região bem ao sul do país no encontro dos dois oceanos. A formação rochosa propicia uma proteção natural do vento frio que sopra do Atlântico na primavera e os vinhedos encontram um excelente micro-clima.
Na taça boa coloração rubi com reflexos cereja, límpido e brilhante. Aromas típicos da Merlot com fruta muito madura e alguma nota vegetal ao fundo. Na boca é agradável com médio corpo e retrogosto frutado.
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